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domingo, 18 de março de 2012

Araguari ganha nota baixa na qualidade da gestão fiscal

No post anterior, reproduzimos um resumo nacional do Índice Firjan da Gestão Fiscal (IFGF). Vimos que 65% dos municípios brasileiros estão com dificuldades na gestão fiscal. A classificação da qualidade da gestão é a seguinte:
Conceito A (Gestão de Excelência): resultados superiores a 0,8 pontos.
Conceito B (Boa Gestão): resultados compreendidos entre 0,6 e 0,8 pontos.
Conceito C (Gestão em Dificuldade): resultados compreendidos entre 0,4 e 0,6 pontos.
Conceito D (Gestão Crítica): resultados inferiores a 0,4 pontos.
E Araguari? Como está?
Araguari recebeu o índice 0,4985 (clique aqui para ver detalhadamente os indicadores). Ganhou conceito "C". Isso, obviamente, não é bom. Analisei os dados, comparando a cidade com outras próximas e cotejando a atual gestão com a anterior. Extraí as seguintes conclusões:
1º. Araguari está entre os 43,7% dos municípios brasileiros com dificuldades na gestão fiscal;
2º. Araguari está abaixo da média nacional de qualidade da gestão fiscal, que é de 0,5393;
3º. dos 820 municípios examinados em Minas Gerais, Araguari se classificou em 502º lugar, ou seja, está entre as 317 piores do estado,
4º. em nível nacional, a cidade ocupa o 3198º lugar entre os 5.266 municípios examinados, isto é, encontra-se entre as 2.068 piores do país;
5º. comparando com algumas cidades da região, Araguari não vai bem. Vejam: Uberlândia: 0,8064 (4º lugar em Minas e 81º no Brasil), Patos de Minas: 0,5749 (325º lugar em Minas e 2260º no Brasil) , Ituiutaba: 0,5757 (322º lugar em Minas e 2245º no Brasil), Araxá: 0,6435 (164º em Minas e 1340º no Brasil).
6º. comparando-se a média do índice na gestão atual com a da anterior, houve uma queda. Os índices até hoje coletados pela Firjan no município são: 2006: 0,5367; 2007: 0,5302; 2008: 0,4215; 2009: 0,4795; e 2010: 0,4985. Em outras palavras, a média do índice nos três últimos anos da gestão Marcos Alvim foi de: 0,4961. Já nos dois primeiros da gestão Marcos Coelho foi reduzida para 0,4890. Houve uma queda de 1,43% na média da qualidade da gestão fiscal segundo a Firjan.

Resumo da história.
Os indíces da Firjan retratam aquilo que temos falado aqui desde maio de 2009, quando criamos o blog. Espelha também o posicionamento dos veículos de comunicação social sérios da cidade, que, frequentemente, noticiam falhas na gestão municipal. Mais que isso, comprovam, em números, o porquê de grande parte da população não estar satisfeita com a qualidade dos serviços públicos oferecidos pelo município. Normalmente, os governantes descuidados com o rigor da gestão fiscal  acabam contribuindo para a deterioração da qualidade dos serviços públicos. Deixam de arrecadar os tributos de quem deveria; incham a máquina pública, deixando faltar servidores qualificados nos lugares mais necessários; contraem dívidas além da capacidade de pagamento do município; etc.
Também, esses indicadores contradizem a opinião de alguns bajuladores descompromissados com a verdade, que repetem a ladainha de que o atual prefeito é rigoroso na execução e fiscalização dos gastos públicos. Sabidamente, o governo anterior, do prefeito Marcos Alvim, foi um dos mais questionados quanto à qualidade da gestão fiscal. O caso do "Hospital Municipal" e as diversas irregularidades ainda em apuração comprovam isso. Tristemente, vê-se, agora, que o governo Marcos Coelho não é diferente. Conseguiu piorar, em termos de qualidade da gestão fiscal, o que já não era bom.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Caso de Política ou de Polícia?

Na pacata Serras Azuis, a tarde de quarta-feira (10/03) não foi das mais tranquilas. Polícia e política (ou politicagem?) se misturaram perigosamente. Tudo porque certos políticos não sabem (ou não querem?!) distinguir o que é interesse público e o que é particular.
Por volta das 16 horas, a Polícia Militar compareceu à Av.Minas Gerais, esquina com Rua Padre Anchieta, para atender a uma ocorrência de suposto atentado violento ao pudor. Segundo informações das vítimas, que distribuem panfletos no local, o senhor R. A. teria passado varias vezes por ali, expondo o seu órgão genital. Ao notar a presença da Polícia, o suspeito tentou fugir, mas não logrou êxito, tendo sido preso por militares daquela corporação, conforme consta do BO nº 5325/10.
Tudo poderia ter terminado aí. Mas não foi o que aconteceu. Logo em seguida, entrou em cena o senhor prefeito da cidade, Marcos Coelho, que, acompanhado da irmã do suspeito, se dirigiu à delegacia tentando impedir a prisão do suposto autor, que coincidentemente trabalha na empresa (privada) do alcaide. Segundo informações, nessa missão "pública" teriam sido mobilizados, em pleno horário de expediente na Prefeitura, além do prefeito, outros funcionários do município (secretários, procurador, advogado).
Ainda segundo informações recebidas pelo blog, o senhor prefeito teria se utilizado da autoridade do cargo para tentar "abafar o caso", interferindo no trabalho da Policia Militar e ameaçando verbalmente os policiais que, no estrito cumprimento de um dever legal, efetuaram a prisão do suposto autor.
Pois bem, aí está a notícia. Restam, no entanto, algumas indagações:
1º Utilizar-se de cargo público para tentar interferir no trabalho policial é atividade do prefeito de uma cidade?
2º Podem os agentes públicos, durante o expediente, deixar o seu local de trabalho para defender interesses de particulares a mando do prefeito?
3º O prefeito goza de algum tipo de imunidade que lhe permita obstruir, impunemente, o trabalho policial?
4º Até que ponto vai a ingerência do chefe do Executivo sobre o comando da Polícia Militar em Araguari?
5º O que acontecerá com os pobres policiais que, tentando cumprir a lei, efetuaram a prisão de um suspeito amigo de poderosos?
6º Todo suspeito de crime terá direito a esse tipo de defesa patrocinada pelo chefe do Executivo e sua assessoria?
7º Onde está a imprensa da cidade, que nada falou sobre o assunto?

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