CLI deve ser aberta para apurar as denúncias.
Servidora pública pediu investigação e foi destituída do cargo (Foto: Reprodução/TV Integração) |
A Câmara Municipal de Araguari, no Triângulo Mineiro, vai abrir Comissão Legislativa de Inquérito (CLI) para apurar irregularidades no Pronto Socorro da cidade. A intenção foi anunciada nesta quarta-feira (25) depois de denúncias apresentadas pela ex-diretora da unidade de saúde. Segundo ela, houve pagamentos de serviços não realizados na unidade.
A funcionária pública Miriam de Lima foi destituída do cargo em agosto do ano passado, dois dias depois de ter protocolado pedido de investigação junto a Procuradoria Geral do Município.
“Eu já havia procurado meus superiores várias vezes para que fossem tomadas providências. Não obtendo sucesso e diante dos fatos, achei por bem buscar esclarecimentos e orientações na Procuradoria. Aguardei em casa até o dia 20 de dezembro. Nesse período, mais de quatro meses, recebi salário. No dia 21 de dezembro retornei, mas afirmo que não faço nada. Estou em uma sala apenas cumprindo carga horária. Acredito que isso seja perseguição”, disse ela.
Ainda segundo a servidora pública, em março de 2011, ela recebeu para assinar uma relação do PS com 90 refeições, sendo 45 no almoço e a mesma quantidade no jantar, enquanto deviam constar apenas 60 refeições. Ela pediu a correção, no entanto, descobriu depois que, constavam no arquivo, naquele mesmo mês de referência, duas listas, uma com a relação de 60, outra com 90, assinada por uma outra pessoa.
Miriam também verificou que foram encaminhadas notas de manutenção dos aparelhos de raio-x e mamógrafo, cujo trabalho não havia sido realizado. “Naquela data, janeiro de 2011, justamente quando eu assumi, o mamógrafo se encontrava interditado. Foi comprovado que a manutenção estava sendo paga enquanto os equipamentos estavam parados”, afirmou.
Para o vereador da oposição Werley Macedo (PDT), as denúncias são suficientes para abrir uma comissão de investigação. “As denúncias são consistentes. São indícios suficientes para que a gente possa exercer nosso papel de fiscalizar. Não e a primeira vez que temos denúncias semelhantes. Vamos apresentar pedido da instauração da CLI”, disse Macedo.
Para o vereador do PTC, Rogério Bernardes Coelho, a servidora está convicta e os erros vão ser apurados. “Percebemos que houve erros. Vamos ver qual a gravidade deles e se alguém tiver que ser punido vai ser de acordo com a lei”.
Já o político da situação Hamilton Tadeu de Lima Jr. (PMDB) acredita que é necessário aguardar o final da sindicância. “Ainda não é um procedimento administrativo. A sindicância vai apurar possíveis irregularidades e possíveis autores. Depois formaremos nossa convicção sobre os fatos”, argumentou.
De acordo com o procurador do município, Leonardo Henrique de Oliveira, tão logo as denúncias chegaram à Prefeitura foi aberta sindicância para apurar o caso. Ele afirmou que realmente há indícios de irregularidades sobre as denúncias feita pela funcionária pública. "Desde agosto ouvimos várias pessoas. Foram 17 reuniões para tratar do assunto. É um caso melindroso e precisa ser bem apurado. Pretendemos concluir as investigações em 15 dias", disse
Transcrito do Portal G1 Triângulo Mineiro
Pitaco do Blog
Mais uma vez, Araguari vira notícia na mídia regional. Não é a primeira, nem será a última. Enquanto nossos governantes continuarem cometendo os mesmos erros, a cidade permanecerá sendo motivo de reportagens retratando problemas.
Obviamente, integrantes do governo dirão que esse tipo de notícia é "coisa" de quem não gosta da cidade, fruto de maus araguarinos que, por motivos pessoais ou políticos, ficam questionando a gestão atual. Não é bem assim. Quem costuma denunciar esse tipo de fato são justamente as pessoas prejudicadas pela péssima prestação de serviços públicos em alguns setores.
No caso, não devemos ver apenas o lado ruim da notícia. Temos que valorizar a atuação da denunciante. Inconformada com o que os seus olhos viram no Pronto Socorro Municipal, ela, num gesto cidadão, ousou questionar aquilo que considerou errado na gestão da saúde pública. Pode parecer pouco, mas essa atitude é extremamente significativa. Traduz a possibilidade e o direito que cada um de nós temos de participar, ativamente e sem medo, do controle da gestão pública. Tomara que o ato da servidora Mirian de Lima nos contagie. Sejamos mais exigentes na fiscalização dos gastos públicos e da qualidade dos serviços públicos. É preciso entender que estamos nas duas pontas desse sistema: o dinheiro sai dos nossos bolsos por meio dos impostos, mas nunca deixa de nos pertencer, devendo voltar às nossas mãos por meio de serviços públicos de qualidade que devem ser prestados a todos os cidadãos.
6 comentários:
Eu acredito na idoneidade da Iolanda, quando aconteceu esses fatos, ela não era a secretária de saúde.
Qualquer pessoa do bem não conseguiria trabalhar naquele pronto socorro como chefe..
ver as pessoas morrendo por falta de socorro e omissao, falta de planejamento e amor ao proximo, nao pelos funcionarios , mas pela falta de seriedade com que os "chefoes" levam as coisas, esquecem que ali se lidam com vidas, foi o que fez a Mirian tomar essa atitude, ela nao aguentou ver tudo isso e ficar omissa.
Hamilton Tadeu fica levando a coisa na maciota, acorda Hamilton Junior,
nao queima seu filme com politica não, você nao precisa disso, seu pai é tao querido na cidade, foi um otimo profissional como delegado, só deixou lembranças boas.. voce deveria fazer o mesmo.
Lembre-se: o pior cego é aquele que que nao quer ver.
Não era a secretária, mas mandava tanto quanto, ou mais.
Me lembro muito bem em meados de 2010 quando comeram a nos perseguir na dengue e logo após as leições em outubro daquele ano a perseguição se concretizou, pois sempre fomos um grupo forte e não se admirem ainda somos, me lembro bem quantas reuniões tivemos com a cúpula da saúde, e argumentamos qual a adequada forma de trabalho que da forma como imaginavam não funcionava não iria ser bom para a saúde pública da cidade e eles tripudiaram usaram de seus "rotativos" carguinhos para perseguir o grupo quebrar sua força, disarticular idéias benéficas ao trabalho, pois não poderiam admitir que "simples agentes de endemias" entendiam mais do trabalho que toda a cúpula da secretaria de saúde. Agora pergunto. Quem estava com a razão? Qual a melhor forma de trabalho? Porque antes com menos funcionários se cumpriam metas e agora com um número bem maior não? Será que a gestora da época e toda sua equipe está satisfeita com os resultados do controle da dengue? Ou será que mais uma vez a culpa é do AGENTE DE CONTROLE DE ENDEMIAS? SERÁ QUE O GESTOR MUNICIPAL ESTÁ SATISFEITO? RESPONDA QUEM PUDER OU QUISER.
Mirian , fiquei sabendo por alto que houve exoneraçao de alguns medicos do pronto socorro ultimamente... esses medicos resolveram fazer alguns desabafos e denuncias sobre o pronto socorro, que lá esta realmente um caos, faltando remedios basicos, ouvi de um desses medicos que foi demitido, que existem tres tipos de remedio que se dá pra um paciente que chega com pressao muito alta, porém no pronto socorro no momento, só existia um desses remedios, e que o medico tinha que se virar... que foi um alivio ter saido do pronto socorro.
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