domingo, 22 de janeiro de 2012

Então... Olha o saco da viola ali!

Dilson Martins de Oliveira *


Nossas autoridades públicas agem seguindo os limites da estrutura disponível? Os gestores empossados e seus indicados justificam ausências e fracassos face o que não têm e deveriam ter? Alegam delimitações impostas por leis específicas como justificativa pela falta de ação e reação?
Realmente ser gestor não é fácil! Principalmente quando se pretende seguir velhos modelos. E mesmo que os slogans sejam sugestivos, convincentes e atraentes pela criatividade de sua arte, ainda não fomos agraciados com nenhum novo modelo de administração. Ainda não presenciamos nenhuma congruência entre: o que devem dar conclusão; o que comprometem realizar e, o que tentam realizar.
Todos os discursos, sem exclusão de nenhum Pleito eleitoral de cunho público-municipal tiveram nota máxima nos quesitos: amor por Araguari; doação por Araguari; respeito, zelo, honestidade, trabalho... Por Araguari.
E que coisa linda! Com rotina franciscana, andam em meio à poeira e o barro; tomam dores e compram brigas e o mais impressionante, insistem sempre em mais tempo para fazer mais e/ou, se dizem profundamente preocupados com a continuidade da moralidade e honestidade que “construíram”. Razão única de não poderem deixar na sucessão alguém menos sério e comprometido. Ufa, que dureza! Parada para recompor o fôlego.
Vale comentários, relembrar fatos e até factóides, visto que, estão desesperados para novamente se darem à municipalidade e desta forma, por suas personalidades eventualmente públicas, temos que dar aos ditos tratamento VIP.
Comecemos com as perguntas que não querem calar (frase pega emprestada de um valoroso profissional da imprensa e companheiro; Sr. Marques, meus cumprimentos): Hospital Municipal; será à base de marteladas transformado em pronto socorro provisório e pronto? Porque provisório se o prédio é para a referida finalidade, demanda dinheiro do nosso povo e tem liberação aprovada pelos órgãos competentes? Sendo efetivados todos os intentos e estando totalmente funcional, por que futuramente desativar? Afinal, escola e postos de saúde pela lógica e razão constrói-se novos, amplia, moderniza... Ou não? E nossos Promotores, o que demandaram garantindo que todos os projetos na área da saúde realmente ocorram e funcionem? O que estes nossos defensores construíram ou estão construindo para facilitar a identificação em tempo próximo ao real de falhas, infelicidades, irregularidades e principalmente, a amplitude dos custos em cada um dos diversos projetos apresentados (UPA, Pronto Socorro, Policlínica, Postos de Saúde, Equipes de saúde etc.) onde estes sejam ratificados exequíveis e nunca politiqueiros.
Realmente, não é nada fácil administrar uma cidade! Convenhamos, não há que ficarmos presos a nenhum novo velho modelo de administração desprovido de planejamento. Aplaudidos sejam todos os constantes sonhos apontados na direção do progresso da cidade e bem do povo, contudo, lembrem sempre senhores gestores, a Lei garante substituição e até nova eleição. Então... Olha o saco da viola ali!

* Funcionário público municipal e diretor sindical

Artigo publicado origariamente no Gazeta do Triângulo, 20/01/2012.

Um comentário:

Dilson Martins disse...

Mais uma vez agradeço ao Antônio Marcos pela oportunidade que ele dá a pessoas simples da nossa comunidade em expor pensamentos e inquietações.

Cidade bem administrada, trabalhadores dos serviços públicos da Prefeitura operosos e valorizados, transparência em todos os atos dos gestores, planejamento para continuação do desenvolvimento... Se em algum momento tivéssemos tido a mínima intenção de benefício próprio nunca teríamos mantido a retidão do nosso comportamento e desta forma, as colocações claras, objetivas e com nome e endereço do remetente e destinatário.

Este todo poderoso cidadão ou, como outros preferem, este louco continuará exigindo do comandante desta cidade resultados e presença; ações claras e resultados imediatos; informações sem rodeios e seguidas das devidas provas materiais; notícia do paradeiro de cada centavo público e o que mais um breve passeio na Constituição da República Federativa do nosso Brasil permitir!

Ser gestor público não é fácil! Ser Prefeito de Araguari não é coisa que se brinca com a cabeça no travesseiro em repentes cochilos! Sonhar é direito de todos mesmo não estando explícito desta forma na Carta Maior de nosso País, contudo, qualquer menção de acabar com a história, dificultar direitos, bloquear perspectivas de progresso de uma cidade e do seu povo está lá previsto como crime!

Então... Olha o saco da viola ali!

Postagem em destaque

Prefeitura de Araguari: o combate à dengue e a arte de priorizar amizades

Enquanto a epidemia de dengue avança, a Prefeitura de Araguari parece mais empenhada em agradar amigos do que em cuidar da saúde pública. A ...