quarta-feira, 15 de junho de 2016

TCDF oferece capacitação para líderes comunitários


A recém inaugurada Escola de Contas do Públicas do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) iniciou, nesta segunda (13), um curso de capacitação para líderes comunitários e integrantes de conselhos populares. É um ato dotado de grande simbolismo, uma vez que esse curso é o primeiro ministrado após a inauguração da escola. 
O objetivo da capacitação é repassar aos cidadãos informações úteis no exercício do controle social da gestão pública. Como afirmado pelo presidente do TCDF, conselheiro Renato Rainha, os órgãos oficiais de controle não têm condições de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Por isso, a participação do cidadão é fundamental para auxiliá-los nessa tarefa. 
Essa, também a minha visão. Entidades e cidadãos que exercem o controle social da Administração Pública devem ser vistos como parceiros, não como inimigos, dos órgãos públicos no combate à corrupção. 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Prefeito de Inaciolândia-GO e outros 12 são denunciados por crimes apurados na Operação Tarja Preta

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Material apreendido no dia em que foi deflagrada a operação
Material apreendido no dia em que foi deflagrada a operação
O Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia criminal contra o prefeito de Inaciolândia, Zilmar Florêncio Alcântara; o ex-secretário de Finanças, Valmir de Andrade Alves; o gestor do Fundo de Previdência Social dos Servidores do Município, Odair Pereira das Neves; a presidente da Comissão de Licitação, Leidyane Bessa do Nascimento, e outras nove pessoas pelos crimes apurados nas investigações da Operação Tarja Preta. Deflagrada em outubro de 2013, a ação desmontou um esquema de venda fraudada e superfaturada de medicamentos e equipamentos hospitalares e odontológicos para prefeituras goianas. 
Os fatos apresentados na denúncia foram apurados em um inquérito específico, desmembrado da investigação principal, que deu origem a 19 procedimentos investigativos. A peça acusatória foi encaminhada à Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, onde tramitam os processos que envolvem chefes de Executivos municipais. 
Os réus ligados às empresas participantes das licitações são Edilberto César Borges, administrador e sócio oculto das empresas J. Médica e Pró-Hospital; a sócia da J. Médica, Jaciara Borges, e os filhos desse casal, Mariana Borges e Edilberto César Júnior, sócios da Pró-Hospitalar, assim como o vendedor Milton Machado Maia. A denúncia do MP aponta ainda a participação do empresário Vanderlei José Barbosa, o Baiano, sócio da Ideal Hospitalar, do vendedor dessa empresa Domingos Amorim da Silva; e, por fim, os advogados Tomaz Edilson Felice Chayb e Mariana Pereira de Sá.
Por envolver prefeito, a denúncia oferecida no TJ-GO é assinada pelo procurador-geral de Justiça Lauro Machado Nogueira; o promotor designado para a Procuradoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos, Marcelo André de Azevedo, além dos membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Luís Guilherme Martinhão Gimenes, Mário Henrique Caixeta e Walter Tiyozo Otsuka.
O esquema 
A Tarja Preta desmontou uma organização criminosa que atuava tanto no pagamento de vantagem indevida a agentes políticos em troca de futura contratações com a administração pública, quanto na simulação de licitação e dispensas indevidas de licitações para compra de medicamentos, materiais hospitalares e odontológicos. Esses produtos eram superfaturados e, em alguns casos, sequer entregues. Os crimes de organização criminosa e formação de quadrilha foram objeto de denúncia em autos separados.
Conforme a denúncia, a forma de atuação da organização foi praticamente a mesma em todos os municípios investigados, com o aliciamento de agentes públicos, como prefeitos e secretários, e candidatos a cargos eletivos em 2012, com o pagamento a estes de vantagem indevida, antes e depois da posse no cargo, mas a pretexto de condicionar a preferência ou exclusividade no futuro fornecimento de medicamentos e similares ao município. Posteriormente, eram simuladas as licitações e sua dispensa, para dar aparência de legalidade.
Atuação no município
No município, o esquema criminoso se desenvolveu da seguinte forma: o prefeito Zilmar Alcântara recebeu vantagem indevida no valor estimado de R$ 50 mil para beneficiar as empresas ligadas a Edilberto, por meio de compras diretas de medicamentos e insumos dessas empresas, conhecidos como “pedidos emergenciais”. As empresas também eram agraciadas com contratos de fornecimento de medicamentos e insumos aos municípios após fraude em licitações, consistente em ajuste entre as firmas para fraudar o caráter competitivo do processo de escolha, com o conhecimento e conivência dos agentes públicos responsáveis.
Além disso, apurou-se que o município contratou os advogados Tomaz Edilson e Mariana de Sá mediante inexigibilidade indevida de licitação, para prestar serviços de assessoria jurídica ao município e intermediar o esquema, como faziam em diversas outras cidades envolvidas nas fraudes. A contratação foi feita mesmo já havendo um contrato do município, em vigência, com outro escritório de advocacia.
A peça acusatória é instruída com os elementos de prova coletados durante a operação, como, por exemplo, depoimentos dos investigados, cópias de anotações e documentos apreendidos, fotografias, transcrição de escutas telefônicas.
Os crimes 
O prefeito Zilmar Alcântara foi denunciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude e dispensa indevida de licitação e pela contratação ilegal do escritório de advocacia. Confira aqui a relação individualizada dos crimes pelos quais os demais réus foram denunciados. (Texto: Cristina Rosa - foto: João Sérgio/ Assessoria de Comunicação Social do MP-GO) 

terça-feira, 7 de junho de 2016

MPGO investiga irregularidades em contratos do transporte coletivo


O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) instaurou inquérito civil público em Goiânia para apurar irregularidades na prorrogação, por parte da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), dos contratos com 12 empresas que operam as linhas do transporte coletivo intermunicipal de Goiás sem a realizar licitação, conforme noticiado nesta quinta-feira (2/6) pelo jornal O Popular.

Segundo informado na matéria, a autorização para a prorrogação dos contratos com as empresas deu-se por um decreto do governador do Estado, Marconi Perillo, o que, para a promotora, estaria em confronto com a Constituição Federal, que exige licitação para contratação de empresas prestadoras de serviços públicos. 

A regularização da contratação foi, inclusive, motivadora de ação civil pública, ajuizada no ano de 2010 em face do Estado de Goiás, da AGR e das empresas de transporte intermunicipal, que objetivava a realização de licitação para contratação de prestadoras do serviço. Isso porque, conforme consta, dentre as 35 operadoras desse tipo de transporte em Goiás, algumas possuem contrato vigente há mais de 50 anos sem nunca terem participado de procedimento licitatório.

Para a promotora, essa “omissão do Estado de Goiás causaria prejuízos a milhares de goianos”, tendo ela, inclusive, recebido relatos narrando o descaso do transporte, como a superlotação e a situação precária dos ônibus. Ressalta ainda que, caso sejam comprovadas as irregularidades, estas podem configurar atos de improbidade administrativa, conforme os artigos 9, 10 e 11 da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92).

Clique aqui e leia a reportagem na íntegra.


PITACO DO BLOG

Em Araguari, desde 2013, a situação do transporte coletivo é precária. Tanto na qualidade quanto na legalidade. Contratos emergenciais vêm-se sucedendo. Somente agora, acena-se com a possibilidade de licitação. Tudo isso acontece nas barbas da sociedade e dos órgãos de controle.

O blog já fez diversas denúncias sobre suspeitas de ilegalidades nessas contratações. Como a péssima qualidade dos serviços costuma ser um dos sintomas da prática de irregularidades, convêm disponibilizar alguns links sobre o tema.

EMPRESAS INIDÔNEAS (monografia citando a ausência de segregação de funções como um dos indícios de fraudes em licitações e contratações).
Ônibus em precárias condições.

Saudades da ditadura?


Estão em curso no Brasil diversas tentativas de calar a imprensa e as redes sociais. Para piorar, parte desses atentados contra a liberdade de expressão estão partindo de agentes públicos, ou seja, justamente de quem deveria cumprir as leis e se sujeitar ao controle da sociedade. Deve ser saudade do período das trevas que se abateu sobre o Brasil durante o regime militar.

A partir de hoje, irei postar várias notícias sobre o tema. A matéria é relevante. A liberdade de expressão foi conquistada a duras penas. Muito sangue foi derramado para que ela figurasse como um direito fundamental do cidadão. Retroceder é pecado irremissível. Equivale a jogar o processo civilizatório na lata de lixo.

Uma dessas tentativas de mordaça figura entre as manchetes de hoje da Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, alguns jornalistas do Paraná estão sendo alvo de dezenas de processos judiciais por terem publicado reportagens sobre os altos salários de juízes daquele estado. As ações foram ajuizadas em pelo menos 15 cidades, obrigando os jornalistas a se deslocarem para diversas audiências (pulverizaram as ações para dificultar a defesa). O valor total da indenização pedida corresponde a R$ 1,3 milhão.

Clique aqui e leia a reportagem da Folha de S. Paulo.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Terceirização da saúde: Estado tem capacidade de fiscalização? IV


Fonte: A gestão da saúde pelas Organizações Sociais de Saúde. Reflexões, críticas e propostas sob o olhar da Defesa do Patrimônio Público. Seminário: A gestão hospitalar compartilhada é o melhor caminho para a efetiva construção social do SUS? Reflexões para o seu aprimoramento.
Autor: Luciano Moreira de Oliveira, Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais, 
Mestrando em Saúde Pública pela UFMG, Especialista em Direito Sanitário pela ESP/MG

domingo, 5 de junho de 2016

Terceirização da saúde pública: Estado tem capacidade de fiscalização? III


Fonte: A gestão da saúde pelas Organizações Sociais de Saúde. Reflexões, críticas e propostas sob o olhar da Defesa do Patrimônio Público. Seminário: A gestão hospitalar compartilhada é o melhor caminho para a efetiva construção social do SUS? Reflexões para o seu aprimoramento.
Autor: Luciano Moreira de Oliveira, Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais, 
Mestrando em Saúde Pública pela UFMG, Especialista em Direito Sanitário pela ESP/MG

sábado, 4 de junho de 2016

Ônibus em precárias condições




A má qualidade dos serviços públicos é um dos sintomas da falta de controle. Ônibus em más condições e insuficiente número de linhas e veículos fazem parte  da rotina dos usuários. A população, como sempre, é a grande prejudicada. Afinal, paga impostos e a tarifa, mas não recebe a devida contrapartida. E quem deveria fiscalizar?! Esse simplesmente não usa o transporte coletivo.

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