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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

A equivocada interferência do Ministério Público nas políticas de segurança pública em Araguari

Promotorias de Justiça de Araguari (foto: Diário de Uberlândia).


No dia 24 de outubro de 2023, o Gazeta do Triângulo trouxe à tona uma questão preocupante que merece a atenção de todos os cidadãos araguarinos. A publicação do colunista Adriano Sousa revelou que cerca de 300 mil reais em emendas impositivas de vereadores estavam disponíveis para serem investidos na instalação de câmeras de segurança na cidade. No entanto, o Ministério Público (MP), por meio da 1ª Promotoria de Justiça (1ª PJ) da Comarca de Araguari, decidiu intervir de maneira inapropriada e proibiu a prefeitura de utilizar esses recursos para instalar câmeras no centro da cidade.

A discussão levantada por essa decisão é a seguinte: o Ministério Público possui poderes suficientes para determinar onde devem ser colocadas as câmeras de segurança? Não seria isso uma intromissão indevida nas atribuições do chefe do Poder Executivo? A resposta, ao que parece, é afirmativa.

Em uma democracia, é fundamental que haja uma separação clara de poderes entre os diversos órgãos do governo. O Poder Executivo tem a responsabilidade de tomar decisões administrativas, incluindo a implementação de políticas de segurança pública, enquanto o MP deve atuar como fiscal da lei, garantindo que as ações do Executivo estejam em conformidade com a legislação vigente.

No entanto, a decisão de proibir o uso desses recursos para a instalação de câmeras de segurança no centro da cidade vai além de sua função de fiscalização. Ela interfere diretamente na seara de conveniência e oportunidade do Executivo. A escolha dos locais para a colocação das câmeras deve ser uma decisão técnica, baseada em critérios como índices de criminalidade, áreas de maior vulnerabilidade e necessidades específicas. Isso não significa que o MP não possa opinar ou fornecer informações relevantes, mas a decisão final deve ser do Executivo.

Além disso, é importante destacar que a eficácia das câmeras de segurança na redução dos índices de criminalidade é uma questão controversa. Enquanto elas podem facilitar a produção de provas, não há evidências sólidas de que, por si sós, reduzam significativamente a criminalidade. Portanto, seria mais sensato que o Ministério Público concentrasse seus esforços em áreas em que sua atuação pode ter um impacto mais direto e eficaz na segurança pública.

Por exemplo, o órgão poderia se dedicar ao controle externo das polícias, investigando quantos policiais militares atuam no patrulhamento preventivo no município. A presença ostensiva de policiais nas ruas é comprovadamente uma medida eficaz na redução da criminalidade, e o Ministério Público poderia desempenhar um papel importante nesse aspecto, assegurando que os recursos públicos sejam direcionados para a manutenção e o fortalecimento das forças de segurança.

Em resumo, a intervenção do Ministério Público na decisão de onde instalar câmeras de segurança em Araguari parece ser inadequada e ultrapassar os limites de suas atribuições. É fundamental que os poderes constituídos atuem dentro de seus papéis definidos pela Constituição, garantindo assim o equilíbrio e a eficiência do sistema democrático. O foco deve ser sempre o benefício da sociedade, e isso muitas vezes implica em respeitar a autonomia do Poder Executivo nas questões de administração pública.

A importância de uma investigação minuciosa: o caso dos contratos públicos e a empresa Nutri Nuts



Hoje, é com grande seriedade que discutimos a necessidade premente de uma investigação profunda sobre os fatos que envolvem o Major Renato Carvalho Fernandes e sua conexão com a empresa Nutri Nuts Comércio e Distribuição. Esta empresa, que detinha contratos com órgãos públicos, incluindo unidades do Exército, ganhou destaque devido ao cargo que o militar ocupou na área de licitações e contratos dentro da corporação.

A investigação, atualmente em andamento na Delegacia de Polícia Federal de Uberlândia-MG, foi requisitada pelo Ministério Público Federal. O objetivo é apurar a conduta do militar, atualmente prefeito de Araguari, que supostamente utilizou sua mãe, a senhora Helena de Fátima Carvalho Fernandes, como "laranja" da empresa Nutri Nuts Comércio e Distribuição.

A transparência e a responsabilidade são pilares fundamentais da democracia. A comunidade de Araguari e seus cidadãos merecem saber que as instituições estão trabalhando diligentemente para garantir que nossos recursos públicos sejam utilizados de maneira justa e eficiente.

Continuaremos a acompanhar o andamento deste caso, mantendo nossos leitores informados sobre quaisquer atualizações relevantes. Acreditamos que a verdade e a justiça são elementos essenciais para o fortalecimento de nossa comunidade e de nossa democracia.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Polêmica no Parque das Águas de Araguari: empresa privada paga multa com "concreto" na mesma obra


Uma recente publicação na página "Um Olhar para Araguari" no Facebook, feita pela jornalista Garliene Paiva, trouxe à tona uma polêmica envolvendo o Parque das Águas da cidade. De acordo com publicação oficial datada de 18 de outubro de 2022, o Departamento de Licitação e Contratos da Prefeitura de Araguari licitou quatro empresas para a mesma prestação de serviços no Parque das Águas João Fernandes Filho, e uma empresa privada foi multada por utilizar espaço público. A multa, no entanto, foi revertida em uma medida compensatória peculiar: "concreto" na mesma obra.

As empresas envolvidas na licitação foram as seguintes:

- Brasil Sistema de Irrigação Eireli

- Eletrônica Nuclear Ltda ME

- Elétrica Radiante Materiais Eletrônicos Eireli EPP

- Golden Ambiental e Construção Eireli

O serviço em questão envolvia a "contratação de empresa especializada no fornecimento e execução de iluminação, câmera de monitoramento, paisagismo e irrigação, bem como a prestação de serviço de mão de obra especializada, fornecimento de máquinas, equipamentos e insumos necessários, por sua própria responsabilidade técnica e operacional, no espaço denominado 'Parque SAE'", conforme descrito no edital de licitação.

O valor licitado para a realização desses serviços foi de R$ 2.147.117,83 (dois milhões, cento e quarenta e sete mil, cento e dezessete reais e oitenta e três centavos). No entanto, uma revista distribuída pela Prefeitura apresenta um valor de R$ 3.227.086,53 (três milhões, duzentos e vinte e sete mil, oitenta e seis reais e cinquenta e três centavos) para a obra. É importante destacar que a revista não especifica o responsável pela sua impressão nem fornece informações detalhadas sobre a distribuição no município.

A obra pública no Parque das Águas tem chamado a atenção devido a problemas estruturais evidentes e à falta de limpeza e manutenção. A situação gerou preocupação entre os cidadãos e voluntários locais, incluindo Márcio Magrão e Garliene Paiva. Ambos estiveram na empresa privada e na Secretaria do Meio Ambiente, onde confirmaram a multa aplicada, posteriormente revertida em medida compensatória, consistindo em trabalhos relacionados ao concreto na mesma obra do Parque das Águas.

Todas as informações relacionadas aos valores e à multa estão disponíveis no portal da transparência do município. No entanto, a falta de esclarecimentos sobre o aumento do custo da obra e as questões relativas à revista distribuída pela Prefeitura têm levantado dúvidas na comunidade local. É aguardada uma declaração oficial por parte das autoridades municipais para esclarecer tais questionamentos e fornecer informações adicionais sobre o andamento da obra no Parque das Águas de Araguari.

domingo, 22 de outubro de 2023

O desafio da responsabilidade cidadã: mudando o rumo da administração em Araguari


A cidade de Araguari se vê envolta em uma série de questionamentos acerca da integridade de sua administração pública, com a mais recente acusação feita pelo professor Aurívio Veiga, que lança luz sobre a possível existência de sobrepreço na compra de livros didáticos. Essas alegações provocam uma reflexão fundamental: por que os agentes públicos parecem agir de forma desregrada em nossa cidade? A impressão geral é de que os órgãos de controle não estão cumprindo eficazmente seu papel, gerando sérias dúvidas sobre a transparência e responsabilidade na gestão municipal.

Teoricamente, Araguari possui várias ferramentas para enfrentar suspeitas de irregularidades, especialmente em licitações e contratações diretas. A Câmara de Vereadores, o Ministério Público e o Poder Judiciário deveriam ser instituições capazes de intervir eficazmente para assegurar que os recursos públicos sejam aplicados de maneira correta, em prol dos cidadãos. No entanto, na prática, a ineficiência dessas entidades de controle é alarmante.

É importante destacar que o Poder Judiciário só age quando provocado por cidadãos ou pelo Ministério Público, o que adiciona complexidade ao processo de responsabilização. Mesmo quando instado, este Poder tem deixado a desejar, como demonstrado no caso da ação de investigação judicial eleitoral que envolve o pedido de cassação do prefeito Major Renato. Este processo se arrasta por três anos. Pior: com uma decisão tomada em Araguari contrariando todos os esforços investigativos da Polícia Civil e do Ministério Público Eleitoral, mesmo após o próprio Judiciário  ter autorizado o uso das provas obtidas em outras investigações. Esta demora na resolução de casos desafia a eficiência do sistema judiciário em nosso município.

A impressão geral é de que as instituições de controle em Araguari estão comprometidas a ponto de se tornarem inaptas para cumprir seu papel de fiscalização externa. As causas dessa ineficiência podem não ser precisamente identificadas, mas há indícios que a influência do poder político e econômico de certos grupos locais prejudica seriamente o interesse público.

Para transformar essa realidade, é crucial não apenas a vontade política, mas, sobretudo, o engajamento ativo dos cidadãos. A reforma necessária nas instituições de controle só se tornará possível com o apoio e vigilância ativa da população. Cada cidadão precisa se tornar um verdadeiro fiscal das ações governamentais, questionar suspeitas de irregularidades e pressionar por investigações apropriadas. Somente por meio da ação coletiva dos cidadãos poderemos vislumbrar uma mudança real na forma como nossa cidade é administrada.

Em última análise, a situação em Araguari é um lembrete contundente de que a democracia e a governança responsável dependem do compromisso efetivo de todos nós. Se desejamos uma cidade melhor e mais justa, é fundamental que cada cidadão contribua para a solução, exigindo responsabilidade de nossos representantes eleitos e das entidades de controle. Somente assim poderemos aspirar a um futuro mais transparente e próspero para Araguari.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Operação Gola Alva: Ministério Público de MG denuncia vereadores e empresários por corrupção em Divinópolis



 Após um extenso período de investigação que durou onze meses, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou a denúncia no dia 5 de outubro, relacionada à operação Gola Alva, que foi iniciada em maio com o propósito de esclarecer supostas atividades corruptas envolvendo vereadores, uma servidora pública e empresários na cidade de Divinópolis, localizada na região Centro-Oeste do estado de Minas Gerais. Este caso é resultado de uma colaboração entre a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Divinópolis.

Após a fase ostensiva da operação, as investigações foram intensificadas, incluindo a análise dos materiais apreendidos. Paralelamente, diversas testemunhas e pessoas sob investigação foram ouvidas, levando à conclusão de que havia um esquema criminoso operando na Câmara Municipal. Esse esquema envolvia dois vereadores, que supostamente aceitaram subornos de empresários em troca da proposição e aprovação de projetos de lei de alteração de zoneamento urbano.

Conforme a denúncia, oito empresários investigados confessaram ter efetuado pagamentos ilícitos a vereadores e concordaram em celebrar acordos de não persecução penal com o MPMG, acordos esses que implicam em sanções financeiras que totalizam cerca de R$ 300 mil.

A denúncia atribui a dois vereadores a prática de vários crimes de corrupção passiva, e a um deles, adicionalmente, o crime de lavagem de dinheiro. Um empresário também foi denunciado, embora tenha admitido envolvimento em atividades ilícitas, ele optou por não firmar um acordo de não persecução penal.

Em 4 de outubro, a 2ª Vara Criminal da Comarca de Divinópolis iniciou o processo de acusação. Nessa ocasião, atendendo ao pedido do Ministério Público, o juiz manteve a suspensão do mandato de um dos vereadores já afastado em maio. Além disso, o segundo vereador, que até então estava apenas impedido de exercer a presidência da Câmara Municipal, teve seu mandato suspenso, devido ao uso de seu cargo em atividades ilícitas e à violação das medidas cautelares previamente impostas. Ambos estão proibidos de acessar as dependências da Câmara Legislativa. O juiz também determinou o bloqueio de parte dos bens pertencentes a esses dois vereadores denunciados.

Clique aqui e leia diretamente no site do MPMG.

Araguari: cidadãos excluídos da prestação de contas da Saúde - o que está sendo escondido?



Por Garliene Paiva, para "Um Olhar para Araguari"

Nesta sexta-feira, 20 de outubro, a audiência pública que apresentou a prestação de contas do segundo quadrimestre de 2023 da Secretaria de Saúde de Araguari trouxe à tona uma série de questões preocupantes. O evento, que deveria ser marcado pela transparência e participação da comunidade, viu-se repleto de desafios que suscitam questionamentos sobre a eficiência do uso dos recursos públicos destinados à saúde na cidade.

A audiência pública contou com a presença de vários secretários e autoridades locais. A Secretária de Saúde, Soraya Ribeiro de Moura, assumiu a tribuna para apresentar o relatório de gestão de sua pasta. No entanto, o que se esperava ser um momento de prestação de contas aberta à comunidade revelou-se como um encontro permeado por controvérsias.

Durante a apresentação, o Senhor Aurivio Veiga, presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), e diversos cidadãos presentes manifestaram o desejo de fazer perguntas à Secretária de Saúde, a fim de obter esclarecimentos sobre o uso dos recursos públicos. Entretanto, foram surpreendentemente impedidos de participar da discussão pelo Presidente da Comissão de Saúde, Sebastião Alves Ribeiro Júnior, mais conhecido como "Nego".

A situação levanta questionamentos pertinentes sobre a natureza de uma prestação pública de contas. Espera-se que esse tipo de evento proporcione um espaço para que a população possa participar, fazer perguntas e obter informações claras sobre como os recursos estão sendo utilizados em benefício da comunidade. Infelizmente, não foi o que ocorreu na Câmara Municipal de Araguari nesta tarde.

O relatório apresentado trouxe à tona números impressionantes. De janeiro a agosto de 2023, a Secretaria de Saúde gastou a quantia de R$ 124.000.000,00 (cento e vinte e quatro milhões de reais). Esse montante, que representa uma cifra considerável, levanta questões sobre o controle e a eficácia na utilização desses recursos.

É notável que, apesar dos altos gastos, a realidade de Araguari não parece refletir a aplicação desse valor em benefícios para a saúde pública. A carência de investimentos significativos e a persistente falta de médicos em algumas unidades básicas de saúde são problemas que ainda afligem a comunidade local.

Diante desse cenário, a prestação de contas do segundo quadrimestre de 2023 da Secretaria de Saúde de Araguari desperta preocupações legítimas entre os cidadãos. A busca por transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos continua sendo um desafio crucial para garantir que a saúde da comunidade seja devidamente atendida e que os recursos sejam utilizados de maneira responsável e eficaz.

Clique aqui e acesse a página Um Olhar para Araguari no Facebook.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Escândalo em Araguari: denúncia de superfaturamento na compra de livros didáticos



Na quarta-feira passada, 18 de outubro, uma bomba estourou nas redes sociais e arremessou Araguari no epicentro de um escândalo. O professor Aurivio Veiga, por meio de sua conta no Instagram, "Prosa de Professor," fez uma denúncia que levanta sérias questões sobre a probidade na administração pública da cidade. A alegação principal? Um possível superfaturamento na compra de livros didáticos complementares.

A Prefeitura de Araguari divulgou a aquisição de livros didáticos complementares com um valor estratosférico de R$ 7.365.940,00 (sete milhões, trezentos e sessenta e cinco mil, novecentos e quarenta reais), destinados a beneficiar 5.196 alunos. O custo exorbitante de cerca de R$ 1.417,62 por kit pago pela Prefeitura levanta sobrancelhas e suspeitas.

Porém, a denúncia do professor Veiga expôs uma realidade bem diferente. Durante uma transmissão ao vivo, ele apresentou cotações de três kits de editoras distintas:
- Kit 1: R$ 185,00
- Kit 2: R$ 451,00
- Kit 3: R$ 153,00

Essas cifras revelam uma discrepância assombrosa entre os preços mencionados pelo professor e o montante que a Prefeitura de Araguari pagou por esses kits. Os indícios apontam diretamente para um possível superfaturamento na aquisição do material didático.

Em busca de respostas, a jornalista Garliene Paiva não demorou a agir. Ela entrou em contato com Gustavo Mori Ferreira, Secretário de Governo da cidade, questionando a autoria do caderno informativo que detalha a compra e a omissão de informações cruciais, como o nome da gráfica e a quantidade de tiragens. A resposta do Secretário foi curiosa: o caderno informativo foi produzido pela Prefeitura, e ele considerou desnecessário destacar tais informações.

O Observatório de Araguari está atento a essa denúncia de possível superfaturamento. A administração pública deve ser transparente, responsável e zelosa com os recursos dos cidadãos. Aguardamos ansiosamente por uma investigação completa e medidas apropriadas para esclarecer essa questão e, se necessário, responsabilizar aqueles envolvidos. É um momento crucial para a nossa cidade e sua integridade financeira.

Clique aqui e veja o vídeo com a denúncia do professor Aurívio Veiga

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