Entre tantas irregularidades praticadas até agora pelo novo modelo de administração, destaca-se, por exemplo, o aumento abusivo e inconstitucional dos tributos. Tudo feito sem a participação popular.
Em especial, a majoração do IPTU foi o caso mais escabroso. Para aprová-lo, o atual prefeito deve ter vendido a alma ao diabo, atropelando a democracia participativa e a Constituição Federal. Senhor prefeito, para quê tanto dinheiro se o município não oferece nada em troca à população? Ou o senhor acha que compra de votos é uma espécie de "serviço público"?
Pois bem. Apesar de vivermos uma administração recheada de irregularidades e crimes, o Ministério Público em Araguari permanece inerte. Parece que os representantes da instituição, em especial aqueles que se ocupam da fiscalização da gestão pública, vivem em outro planeta ou numa redoma de cristal inexpugnável. Burocratizados, com olhos e ouvidos e fechados, não sabem o que está acontecendo na cidade.
A postura do órgão fiscal da lei em Araguari parece ser diferente da adotada pela instituição em outros  lugares. É comum ao MP ter um setor próprio destinado a analisar as reportagens de TV, de rádio e de jornais, bem como os blogs, para, a partir dessas informações, adotar as providências administrativas e judiciais para sanar as irregularidades.
O que será que o Ministério Público em Araguari tem feito para defender o patrimônio público e a moralidade administrativa?  Essa, a pergunta que não quer calar. Chega de fazer vistas grossas para irregularidades escancaradas ou de firmar termos de ajustamento de conduta que, todos sabemos, jamais serão cumpridos pelo município. O Ministério Público não precisa ser provocado por nenhum cidadão. Tem uma missão muito nobre a cumprir. Guardião da lei, pode e 
deve agir de ofício (por conta própria). Mãos à obra, senhores!