Rádio Viola - Araguari-MG - 100% caipira!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

PULULA UM REINADO

PULULA UM REINADO
(Aristeu Nogueira Soares)

Dilma cresce nas pesquisas
e chego a esfriar a medula.
Vira tsunami o que era brisa
E o culpado é o Lula!

Regina Duarte tinha medo
Do que agora me atribula.
Vão se os anéis e os dedos
Com esta cria de Lula!

O encanto pela guerrilheira
Realmente me encabula:
Não é mais que companheira
A nunca eleita do Lula?

"Nunca na história do País"
A volta por cima se articula.
A popularidade pedirá bis
E tornar-se-á rei o Lula!

Até o filho de Lula está rico
E rico também quem o bajula.
Pouco pão e muito circo
É a plataforma da matula!

Socialismo é ter sócios
E é fácil seguir a bula.
O poder é só negócios
Onde o lucro se acumula.

Comunismo é ser comum
Porém com grande gula
Só vale todos por um
E o contra se estrangula!

Fidelidade é ser Fidel
Ou então o irmão caçula
Donde veio a moeda em papel
Que entronizou o Lula!

Sei que Dilma é brasileira
Dum tanto que não se calcula
Pode dar uma vida inteira
Pra o retorno do Lula!

Dizem que vai à ONU
Pra ser secretário, o Lula.
Então da Terra será dono
ou, no mínimo, o gandula!

Sou minoria, mas berro
Que só a Marina me estimula
E então na urna enterro
O Ciro, O Serra e o Lula!

sábado, 10 de abril de 2010

Semear e fiscalizar é preciso...

Desde o início do blog, venho questionando a forma como o município realiza a contratação de funcionários. Quero deixar bem claro que não se trata de "perseguição" a este ou aquele administrador. Na verdade, as irregularidades não são "privilégio" do governo atual. Vêm sendo praticadas há tempos.
Pois bem, onde estariam essas falhas? Fácil encontrá-las no excessivo número de cargos comissionados, no fato de comissionados estarem exercendo funções próprias de servidores efetivos (concursados), nas contratações temporárias e na admissão de estagiários. Em todos esses casos, percebe-se que os detentores do poder aproveitam-se de leis propositalmente mal feitas e da falta de controle para colocar jabutis na copa das árvores. Como se sabe, esses animais não conseguem chegar lá sozinhos. Por isso, necessitam da ajuda dos poderosos de plantão para ingressarem num cargo público.
Reduzir o problema não é tarefa fácil. Trata-se de uma prática arraigada na administração pública brasileira. Por isso, os ocupantes do poder esforçam-se para mantê-la, na medida em que atende aos seus interesses pessoais, políticos e, quase sempre, escusos.
Apesar dessa dificuldade, tenho tentando fazer algo para mudar esse quadro. Por diversas vezes, na condição de cidadão-contribuinte, cobrei aqui uma mudança de postura dos administradores no sentido de dar tratamento igual (e mais justo) aos interessados em ingressar, por méritos próprios, no serviço público em Araguari.
Súplicas não atendidas, resolvi mudar um pouco a tática. Passei a apresentar requerimentos à Prefeitura visando obter esclarecimentos sobre situações aparententemente irregulares. Na ausência de respostas, noticio tais fatos ao Ministério Público para adoção das medidas porventura cabíveis.
Numa espécie de prestação de contas, quero dizer que já questionei junto à 5ª Promotoria de  Justiça de Araguari dois processos seletivos. No primeiro caso, que cuidava da contratação temporária de profissionais de saúde e de servidores para trabalhar no Departamento de Medicamentos, foi instaurado procedimento investigatório pelo Ministério Público. No segundo,  enviei, na sexta-feira, denúncia à referida Procuradoria acerca de possíveis falhas no processo seletivo para contratação temporária de professores, feito com base numa lei municipal que, aparentemente, contraria a Constituição Federal.
São apenas sementes.  Mas, como dizia Henfil, "se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente.".
Ótimo final de semana a todos!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Limparam a Cidade?

Araguari deve estar mais bela e, sobretudo, mais limpa! 
Conforme consta do Diário Oficial de Minas Gerais, o município contratou, SEM LICITAÇÃO (Bingo!!!), empresa para locação de oito caminhões com caçamba para realização do 1º multirão de limpeza da cidade.
Essa operação deve ter sido um sucesso! Isso porque, segundo a publicação reproduzida abaixo, seriam (ou foram?) limpos 28 bairros, 1.529 quarteirões e 43.095 residências, ou seja, praticamente toda a cidade.
O mais engraçado (ou absurdo?) é que o argumento usado para não realizar licitação foi a alegação de emergência ou calamidade pública. Não sei não, mas a empresa mais eficiente da cidade é a fábrica de emergências da Prefeitura. Ela empurra os problemas com a barriga para, depois, contratar sem licitação.
Vale lembrar que quem foge da licitação é porque não gosta de comprar pelo melhor preço (deve ter dinheiro sobrando no caixa municipal). Além disso, pode ser que a Prefeitura tenha, digamos, uma certa predileção por certos fornecedores...  


Eis a pérola publicada no Diário Oficial de 28/01/2010:
PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAGUARI/MG - RATIFICAÇÃO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO - A Secretaria Municipal de Administração, no uso das suas atribuições legais e através do Decreto Municipal nº 003/2005 ratifica a Dispensa de Licitação nº 006/2010, com base no Artigo 24, inciso IV, da lei 8.666/93. - Objeto: Contratação de empresa para locação de 08 (oito) caminhões com caçamba de 6m3 ou superior, para o 1º (primeiro) mutirão de limpeza de Araguari que acontecerá no período de 01 a 05 de fevereiro e do dia 08 a dia 12 de fevereiro de 2010, perfazendo um cronograma de quatro setores, sendo um total de 28 bairros, 1.529 quarteirões, 43.095 residenciais, tendo em vista as razões contidas na solicitação do Sr. Secretário requisitante e parecer da Assessoria Jurídica. Araguari/MG, 27 de janeiro de 2010. - Levi de Almeida Siqueira - Secretário Municipal de Administração

quinta-feira, 1 de abril de 2010

1º de Abril




Nesta data especial, popularmente consagrada à mentira, faço aqui uma justa homenagem a algumas pessoas que, digamos, perderam uma boa oportunidade de ficar em silêncio. Vamos a elas:

Em entrevista ao Jornal Gazeta do Triângulo (30/01/2010), o Prefeito Marcos Coelho afirmou que não vetaria a  inclusão do asfaltamento do Bairro Vieno no Projeto Somma Infra:
“Queremos apenas garantir o bem estar da população, e para isso pretendemos utilizar o SOMMA para melhorar nossa cidade. Concordo com tudo e não pretendo vetar nenhuma, mesmo porque elas são inócuas. Se o dinheiro sobrar, faremos essas medidas sem problema nenhum, pois esse recurso é para ser aplicado justamente em benefícios para a cidade,”
O responsável pela Coluna Em Foco do Correio de Araguari (edição de 11/03/2010) afirmou:
"A Prefeitura está negativada junto ao Governo Federal por problemas decorrentes da construção do Hospital Municipal."
O Prefeito Marcos Coelho, em entrevista concedida à Radio Onda Viva em 16/06/2009, prometeu:
"o Hospital Municipal estará funcionando dentro de 120 a 150 dias."

Se você, leitor, souber de alguma outra pessoa que faça jus a esta singela homenagem, dê a sua contribuição...


quarta-feira, 31 de março de 2010

Jogando as prioridades no lixo


O Poder Público vem cuidando, como deve, do lixo produzido na cidade? Pelo que se vê na foto acima, mostrando trabalhadores vasculhando o lixo do aterro sanitário em busca da própria sobrevivência, a resposta parece ser negativa.
Além da fotografia, que fala por si só, este blog recebeu informações de que a Prefeitura não vem exercendo o devido controle sobre o local e as atividades nele exercidas. Tal descontrole deve-se, em grande parte, à denominada política de contenção de gastos (será?!) do novo (já não novo) governo.
Explicando melhor, com a desculpa de direcionar os recursos para outras prioridades (algumas discutíveis), o governo, por exemplo, deixou de prestar, via terceirização, o serviço de vigilância armada no local. Com isso, perdeu-se o controle de quem tem acesso ao aterro e de que materiais são ali descarregados.
Além disso, com a rescisão pela Prefeitura do contrato de locação do imóvel que era a sede da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Araguari (ASCAMARVA), os catadores vinculados a essa associação passaram o buscar o seu sustento diretamente no aterro.
A questão, sem dúvida, merece uma melhor atenção por parte dos órgãos competentes da Prefeitura e do próprio Ministério Público. Isso porque a experiência tem demonstrado que o descontrole das atividades desenvolvidas nos denominados "lixões" acarretam diversos problemas, tais como: submissão de trabalhadores a condições degradantes, utilização de trabalho infantil, danos ambientais, surgimento de invasões próximas aos aterros por pessoas que sobrevivem às custas da coleta de lixo.
A pergunta que fica é a seguinte: Por que um governo que gasta milhões enriquecendo os empreiteiros responsáveis pelo péssimo serviço de coleta de lixo da cidade não pode subsidiar uma  modesta associação destinada a reciclar materiais e a garantir a sobreviência de seus associados?

sábado, 27 de março de 2010

Pinóquio e a Bonequinha de Pano

História: salvar ou deletar?

Os jornais da cidade trouxeram um interessante embate entre aqueles que batalham pela preservação da história e da cultura araguarina e aqueles outros que amam a poeira da implosão de prédios históricos e a terra que cobre os trilhos do nosso passado. Refiro-se aos textos de Edmar César e Paulo Bolsas, publicados, respectivamente, nos jornais Gazeta do Triângulo e Correio de Araguari.

E aí, leitor, com quem está a razão?

Veja os textos:

O silêncio dos trilhos

Edmar César

Ainda levarei um bom tempo para entender o porquê de tanto descaso com os bens que compõem o patrimônio histórico de um Município. Quero crer que a causa de tudo isso seja o desconhecimento da própria história. Ou quem sabe, do sabor temporário do “direito absoluto” em poder tomar decisões ao bel-prazer em detrimento aos anseios coletivos. Enquanto ali e alhures muitos lutam pela preservação, manutenção e resgate dos valores históricos – que são a palavra de ordem do mundo contemporâneo, seja de um espaço físico, de um prédio, de um dormente, de uma linha de trem, de um prego, sei lá, outros desfazem 100 anos de história, resumindo-os em poeira da estrada. Utilizando máquinas pesadas de terraplenagem, em poucas horas de trabalho derrubam muros, rasgam o solo e enterram trilhos, sem se darem conta da gravidade do soterramento de marcos indeléveis e históricos. Ligados tão somente a lampejos ilusórios em busca do crescimento urbano não indo além do conhecimento restrito da história local, desconhecem o valor imaterial, intangível, sem medidas, que transcende nossa imaginação conquistado com luta, dedicação e às vezes com sacrifício.

Desde a revolução francesa e industrial eclodidas no mundo em pleno século XIX, segue-se sistematicamente constante preocupação com a preservação dos patrimônios históricos da humanidade. Essa luta incessante de inúmeros admiradores dos grandes feitos de gerações pretéritas consolidou-se em diversas leis e normas que norteiam, atualmente, a conduta e os procedimentos com tais bens, contagiando até mesmo leigos e anônimos apaixonados pela beleza e riqueza da história de um povo, de uma terra.

Fiquei, confesso, estarrecido, ao receber a foto aqui publicada que retrata a extensão da rua Luiz Schnoor que ultrapassou, recentemente, os muros do complexo ferroviário da imponente e histórica Estrada de Ferro de Goiás a qual assinalou com esplendor o início do progresso de Araguari e região, no início do século XX.

Da mesma maneira que fizeram com os trilhos que ornamentavam, até a década de 80, a majestosa estação ferroviária de Goiânia – ponto final da “Goiás”, cujos trilhos foram cobertos pela terra, fizeram também em Araguari – ponto inicial de tão expressiva ferrovia de interligação dos Estados de Minas Gerais e Goiás, considerada, à época, um dos principais marcos da marcha evolutiva do progresso do Centro-oeste brasileiro.

Não importa se foram 100, 200, 500 metros de trilhos soterrados, o que importa e preocupa-nos é que aos poucos a nossa história ferroviária vai se desfazendo de metro em metro, como ocorreu no passado com a estação da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, de sua vila ferroviária, de sua linha férrea e tantas outras perdas injustificáveis.

Aqui jazem as paralelas de aço que foram assentadas por operários mineiros e goianos que se uniram para a formação de uma das maiores, mais cobiçadas e mais respeitadas empresas ferroviárias do Brasil: Estrada de Ferro de Goiás. Histórias e mais histórias poderiam ser retiradas das 800 laudas transcritas das entrevistas colhidas com mais de 60 entrevistados que colaboram com nosso livro em andamento e que ainda hoje, não escondem as lágrimas ao lembrarem da família ferroviária da “Goiás”.

O que poderia fazer parte de um trecho ferroviário restaurado, sem descaracterizações, onde poderíamos ver turistas e visitantes de todos os quadrantes e gente nossa num passeio indescritível à nossa cidade ferroviária, natural, original, autêntica, invejável, aos poucos está se transformando numa rua de terra batida à espera do primeiro banho de camada asfáltica. Amputaram boa parte de um dos trechos à porta, quem sabe, de um dos maiores museus ferroviários do Brasil.

Hoje, mesmo inanimados - silenciosos - sentem-se os trilhos da “Goiás”, sufocados pelo aterro e pela ignorância, sem sequer ao menos poderem se manifestar. Por essa antiga linha férrea, quero crer que os ouvidos mais aguçados dos araguarinos sensatos poderão ouvir o estalo dos dormentes, o tinido do aço e o clamor da estrada. Triste fim dos trilhos da “Goiás”, a continuar assim, Deus queira que não, talvez meus filhos e netos e as gerações vindouras não terão histórias para contar.

* Membro efetivo da cadeira nº 15 da Academia de Letras de Araguari, nº 16 da Academia de Letras do Triângulo Mineiro e Conselheiro do Memorial Visconde de Mauá.




Paulo Bolsas

Coluna "Acertando o Alvo" (Correio de Araguari)

Patrimônio Histórico

Um atraso para qualquer município este negócio de tombamento pelo Patrimônio Histórico. Nunca na história vimos tanto impedimento de melhoria onde existe o tal tombamento, coisas velhas que não podem ser retiradas, como podemos ver alguns trilhos de ferro que cruzam a cidade, pátio do Palácio que está sujo, mas não pode passar uma máquina para limpar, não sei se foi tão bom fazer deste uma Prefeitura, que tem que receber visitas sem que possam colocar seus carros à sombra de proteção, que não se pode colocar uma calçada decente, com alguns prédios em ruínas, que não podem ser reformados. Será que compensa ter um prédio deste???

Postagem em destaque

Enterro da PEC da Blindagem