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sábado, 15 de maio de 2010

Pastando a história


Antes de mais nada, quero pedir desculpas pelo tom um pouco ácido desta postagem.
Araguari deve muito aos ferroviários. Eles foram os grandes responsáveis por uma fase de grande progresso do município e, em boa medida, contribuíram para a ocupação e desenvolvimento do Triângulo Mineiro e do sul de Goiás.
Conta-se que, no auge da ferrovia, aqui laboravam mais de 2 mil ferroviários da antiga Estrada de Ferro Goiás. Mesmo com o declínio da ferrovia, essas pessoas, algumas ainda presentes entre nós, deixaram um inegável legado cultural e histórico para a cidade.
Pois bem, o que temos a ver com isso? Como cidadãos araguarinos, deveríamos ser guardiões dessa bonita história, preservando a memória da ferrovia e dos ferroviários. Contudo, não é isso o que estamos fazendo...
Desgraçadamente, com a nossa omissão e incompetência dos nossos governantes, inclusive das antas que ocupam o poder atualmente (que me perdoem os integrantes da família dos tapirídeos), o patrimônio da antiga Estrada de Ferro Goiás, a exemplo do que ocorreu com o da antiga Cia Mogiana, está sendo destruído. Engana-se, contudo, quem pensa que essa destruição ocorre em nome do progresso e do atendimento de alguma necessidade urgente da cidade e dos araguarinos.
O que se vê é uma administração pública idiota privilegiando a abertura de ruas onde era o pátio da antiga "Rede". Sepulta-se com asfalto (provavelmente superfaturado) a história e o legado dos ferroviários. Descaracterizam-se os legados cultural, histórico e arquitetônico construídos com o sacrifício dos ferroviários.
Jogo bobo. Resultado previsível. Ganham as empreiteiras; perde a cidade. Isso porque os (des)governantes de plantão, supostamente preocupados em facilitar o acesso dos moradores de alguns bairros ao centro da cidade, esqueceram-se de colocar, no outro lado da balança, não somente a necessidade de preservar o patrimônio cultural da cidade, mas também as perdas que teremos em face da destruição, ainda no ventre materno, do turismo ferroviário.
Pior. Ao lado dessas atitudes infelizes, temos a omissão de um Legislativo integrado por alguns vereadores venais e cegos. Não para aí. A omissão chegou, inclusive, ao Ministério Público, que, por meio de um de seus promotores aprovou a atuação desastrada das cavalgaduras do Executivo. Fica, então, a pergunta chapolinistica: quem poderá nos defender?
Sinceramente, o meu sentimento é de vergonha de parte dessa classe política que insiste em fazer na vida pública o mesmo que faz na privada...

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