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terça-feira, 18 de junho de 2019

Lava Jato: todos os advogados do escritório que defende Lula foram grampeados


As revelações bombásticas do jornalismo da The Intercept Brasil começam a resgatar pautas esquecidas pelos veículos de comunicação durante o período de canonização da Lava Jato. Convém relembrar aqui alguns desses temas abandonados.

Inicia-se pela absurda quebra de sigilo telefônico dos advogados do escritório de advocacia que defende o ex-presidente Lula, ocorrida em fevereiro de 2016.

O ex-juiz Sérgio Moro não quebrou o sigilo telefônico apenas de Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente, mas também do telefone central da sede do escritório Teixeira, Martins e Advogados, localizado em São Paulo. Com isso, conversas de todos os 25 advogados da banca com pelo menos 300 clientes foram grampeadas.

Para conseguir a interceptação, o Ministério Público Federal valeu-se de uma dissimulação. No pedido de quebra de sigilo de telefones ligados a Lula, os procuradores da República incluíram o número do Teixeira, Martins e Advogados como se fosse da Lils Palestras, Eventos e Publicações, empresa de palestras do ex-presidente.

Na ocasião, ao fundamentar a quebra, o ex-juiz Moro argumentou que a escuta poderia “melhor esclarecer a relação do ex-Presidente com as empreiteiras [Odebrecht e OAS] e os motivos da aparente ocultação de patrimônio e dos benefícios custeados pelas empreiteiras em relação aos dois imóveis [o triplex no Guarujá (SP) e o sítio em Atibaia (SP)]”.

Embora de notória relevância, o afastamento da garantia da inviolabilidade das comunicações entre advogado e cliente não ganhou a devida atenção das mídias à época. Agora, quando começa a ser escancarado o modus operandi do ex-juiz e de procuradores da República da Lava Jato, esse assunto deveria voltar à baila. Talvez as novas publicações da The Intercept Brasil possam jogar luz sobre os fatos, esclarecendo as circunstâncias em que foi autorizada essa quebra de sigilo telefônico pelo ex-juiz Sérgio Moro.

Clique aqui e veja a reportagem do Consultor Jurídico sobre o assunto.

domingo, 16 de junho de 2019

Vaza Jato: Moro orientava os procuradores sobre investigação


Como mostrou a The Intercept Brasil, existem indícios de que o ex-juiz Sérgio Moro norteava a estratégia de investigação do Ministério Público Federal. No print acima, Moro sugeriu quem os procuradores da República da Lava Jato deveriam ou não investigar/denunciar. Disse o ex-juiz: "melhor ficar com os 30% iniciais. Muitos inimigos e que transcendem a capacidade institucional do mp e judiciário". Examinando todo o contexto extraído do material publicado até agora, há indícios de que, de forma, no mínimo, antiética, os envolvidos usaram a estrutura jurídica da Lava Jato para fins políticos. 

sábado, 15 de junho de 2019

Por que a demora na publicação de outras matérias da "Vaza Jato"?

Jornalista Glenn Greenwald, fundador do siteThe Intercept Brasil.

O próprio jornalista Glenn Greenwald, The Intercept Brasil, responde:
"Não somos o Wikileaks. Não estamos simplesmente publicando material que nós temos, sem contexto ou reportando sem entender, sem analisar, sem pesquisar. Estamos fazendo jornalismo. E esses documentos são complexos. Entendo que todo mundo queira ver o que nós temos porque esse material tem interesse público e eles [o público] têm o direito de ver. Mas, por outro lado, nós temos a responsabilidade jornalística para usar o tempo que precisarmos para confirmar que tudo que nós estamos reportando é verdade. Por que se nós cometermos um erro, eles vão usar isso contra a gente para sempre, para atacar nossa credibilidade, da reportagem, de tudo. Por exemplo, todo mundo está falando: “onde estão os áudios?”. É muito complicado reportar áudios. Precisa confirmar quem está falando, precisa confirmar o contexto sobre o que estão falando. Precisa conectar isso com outros materiais, outros documentos e isso leva tempo. Nós vamos publicar logo, mas nós não vamos correr. Nossa prioridade é confirmar que tudo que estamos reportando está informando o público e não enganando o público, como eles fizeram."

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