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sábado, 30 de novembro de 2019

Escárnio: esposa de Eduardo Bolsonaro diz que passa perrengue com salário de R$ 33,7 mil do marido



















A afirmação da esposa do deputado soaria absurda em diversos países. Mas, estamos falando do Brasil. Mais precisamente, de um novo Brasil, onde o estapafúrdio foi normalizado. 

Pois bem, não custa lembrar que, além do "baixo" salário mensal de R$ 33,7 mil, os deputados federais possuem diversas vantagens indiretas, que turbinam seus rendimentos. Algumas delas: diárias, auxílios, vantagens indenizatórias, remunerações eventuais ou transitórias, gratificação natalina, etc. 

Além disso, possuem plano de saúde extremamente generoso (clique aqui e veja o caso do deputado Pastor Marco Feliciano, que gastou R$ 157 mil com tratamento dentário à custa do contribuinte).

Ainda, possuem direito à Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar – CEAP (antiga verba indenizatória),  destinada a custear mensalmente os gastos dos deputados exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar. Podem ser indenizadas, entre outras, despesas com passagens aéreas; telefonia; serviços postais; manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar; assinatura de publicações; fornecimento de alimentação ao parlamentar; hospedagem; outras despesas com locomoção, contemplando locação ou fretamento de aeronaves, veículos automotores e embarcações, serviços de táxi, pedágio e estacionamento e passagens terrestres, marítimas ou fluviais; combustíveis e lubrificantes; serviços de segurança; contratação de consultorias e trabalhos técnicos; divulgação da atividade parlamentar, exceto nos 120 dias anteriores às eleições; participação do parlamentar em cursos, palestras, seminários, simpósios, congressos ou eventos congêneres; e a complementação do auxílio-moradia.

Apenas para exemplificar, dei um print nos quatro contracheques do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) referentes a dezembro de 2018 (acima). Naquele mês, ele recebeu R$ 61.323,16 (sessenta e  um mil, trezentos e vinte e três reais e dezesseis centavos), líquidos. Além disso, no corrente ano, já foi indenizado em R$ 270 mil pela Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (vide abaixo). É muito "perrengue"!

Fonte: Portal da Transparência da Câmara dos Deputados (clique aqui).

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