domingo, 3 de janeiro de 2010

Ano Novo, Práticas Velhas

A criatividade dos nossos políticos não tem limites. Ou o céu seria o limite? Céu ou inferno?!Bem, se não bastassem os altos salários, acrescidos de diversas verbas ditas indenizatórias (passagens, correios, gastos com atividade parlamentar, etc.), nossos parlamentares ainda não estão contentes. Comprovando o quanto o pensamento político é capaz de voar, a idéia de um deputado federal (de um dos estados mais pobres da federação) é, simplesmente, comprar um jatinho para a Câmara. Eu concordo com a idéia, mas com uma condição: que, na solenidade de entrega do "mimo", com todos os parlamentares presentes, algum terrorista jogue esse jatinho, com o tanque cheio, no prédio do Congresso.Veja a reportagem:Deputado defende compra de jatinho de R$ 43 mi para a Câmara

Daniela Lima - Correio Braziliense

Publicação: 03/01/2010 07:22 Atualização: 03/01/2010 08:12

Ernandes Amorim diz que não quer mais pedir esmolas à FAB - (Carlos Moura/CB/D.A. Press)
Ernandes Amorim diz que não quer mais pedir esmolas à FAB
Para o deputado Ernandes Amorim (PTB-RO), as passagens e diárias pagas com o dinheiro do contribuinte ainda não são suficientes para bancar os trabalhos dos parlamentares. Ele quer mais. Pleiteia a compra de um avião. Ou de um jato, “tipo Legacy”, como sugeriu (um modelo executivo não sai por menos de US$ 25 milhões, ou cerca de R$ 43,5 milhões). O pedido extravagante foi feito em requerimento entregue à Mesa Diretora da Casa em 16 de dezembro e defendido na tribuna do plenário. Segundo o parlamentar, a aeronave serviria a ele e aos 512 colegas, que, diz ele, não têm condições de se locomover para desenvolver os trabalhos das comissões nos estados.
Fica difícil visualizar a dificuldade a que o parlamentar se refere analisando as cifras dos gastos da Câmara com diárias e passagens. Desde o início da atual legislatura, em 2006, as despesas com passagens da Casa nunca ficaram abaixo dos R$ 70 milhões por ano, segundo números do portal Siga Brasil. Em 2009, dos R$ 78,9 milhões empenhados na rubrica, R$ 33,5 milhões haviam sido pagos até o fim do ano. Com diárias — usadas para bancar despesas com hospedagem e alimentação dos parlamentares e seus assessores — outro R$ 1,4 milhão foi gasto em 2009.

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Um comentário:

Aristeu disse...

A idéia é boa. O que tem de errado é o uso do dinheiro público, pois não há necessidade. Os deputados se cotizariam e comprariam tal veículo. Não tocaria mais que 90 mil reais pra cada um e, no final do mandato, aquele que tivesse mais projetos (ou seria Pró-jato) aprovados o ganharia de presente ou em sorteio.

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