Segundo informações do Blog do Governo de Minas (http://blog.mg.gov.br/jornada-mineira-do-patrimonio-cultural-e-acao-pioneira-no-pais/), Araguari está inserida na primeira edição da Jornada Mineira do Patrimônio Cultural.
A ação, pioneira no país, é fomentada pela Secretaria de Estado de Cultura e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG). Reunirá 594 instituições e um total de mais de 1500 ações em 474 municípios. Promoverá, dentre outros eventos, seminários, apresentações de grupos de cultura popular, festivais de arte e gastronomia, exposições, visitas guiadas, educação patrimonial, oficinas e gincanas culturais.
Como parte programação, no dia 18 de setembro de 2009, ocorrerá, em Araguari, o II Encontro de Preservação Ferroviária. Cuida-se de evento destinado à discussão acerca do processo de preservação do patrimônio cultural ferroviário em nossa região. Serão realizados seminário, exposição de uma instalação artística com a temática ferroviária e apresentações artísticas de grupos locais nos intervalos dos trabalhos
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8 comentários:
A Ferrovia foi para Araguari um marco de crescimento e de desenvolvimento. Momentos de alegria na chegada da locomotiva Maria-fumaça soltando fogo pelas ventas.
Primeiro a Mogiana depois a Estrada de Ferro Goiaz, esta última, mesmo tendo o nome de Goiaz, nasceu em Araguari onde está o seu marco zero, extamente onde terminava a Mogiana, onde hoje passa a Av. Batalhão Mauá.
Com a desativação da Cia Mogiana, a Estação da Mogiana, no final da Rua Marciano Santos, foi demolida por Fauto Fernandes de Melo, quando prefeito (final dos anos 70 e início dos anos 80), em nome do "desenvolvimento" a qualquer custo.
A Estrada de Ferro Goiaz que se tornou Rede Ferroviária Federal(RFFSA) e que foi transferida em 1954 pra Goiânia(GO), deixou muita tristeza na cidade, porém, deixou um acervo histórico e cultural de muito valor, representado pela Estação da Goiaz, hoje Palácio dos Ferroviários, tombado pelo então Prefeito Wanderlei Inácio (Mãe Preta) em 1989, restaurada devido a ação da própria população e do apoio do então prefeito Marcos Alvim no início do século XXI, que se tornou patrimônio de Minas Gerais por meio de tombamento estadual.
Entre momentos de alegria e tristeza hoje comemoramos por meio do II Encontro de Preservação Ferroviária a história de Araguari e de tantos araguarinos-goianos que fizeram da sua força de trabalho a construção de um legado vivido e revivido por todos nós que de alguma forma, direta ou indiretamente, temos um sentimento por esse patrimônio cultural.
Preservar o passado é manter as bases do presente e projetar o futuro.
Obs: A escrita Goiaz com z é apenas por uma referência histórica. O usual é Goiás.
Alessandre Campos
Presidente do Conselho Deliberativo Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de Araguari.
Muito bem lembrado, Alessandre. Nem tudo está perdido, conseguimos preservar um pouco da história.
Agora, imagine, você, se ainda tivéssemos a estação da Mogiana? Somada à estação tombada, teríamos dois belos atrativos turísticos, nos permitindo colocar nos trilhos o tal trem turístico.
Não é o momento de se questionar a demolição do antigo prédio, até porque, à época, a visão que se tinha do meio-ambiente (cultural e urbanístico, inclusive) era outra. De qualquer forma, esse exemplo citado por você deve servir como um alerta para que não incorramos nos mesmos erros. Nesse ponto, vale lembrar que a preservação de espaços e prédios públicos pode, perfeitamente, conviver com o desenvolvimento. É tudo uma questão de planejamento.
Marcos,
A preservação cultural já é considerada um item de desenvolvimento de uma cidade, ou seja, cidades que não possuem políticas voltadas a esta preservação estão, em Minas Gerais, perdendo até dinheiro por isso.
De um lado forçar a preservação por uma pontuação que é revertida em dinheiro (ICMS Cultural), não é o ideal, porém, se não houvesse isso, a destruição seria ainda muito maior.
Busquemos conscientizar as pessoas pela preservação espontanea e sustentável que significa tornar o bem cultural auto-suficiente, ou seja, gere rendas e perpetue entre gerações. O tombamento deverá ser o último instrumento legal para garantir a preservação cultural de um povo.
Andar nos trilhos é algo que o Brasil precisa porém com menos desvios.
Se esse prédio onde está a prefeitura continuasse com a RFFSA a preservação seria inexistente. Mesmo assim, acho que ainda não foi transferido para o patrimônio da cidade pela RFFSA.
Natal,
O prédio é propriedade da Prefeitura de Araguari, desde a gestão de Milton Lima Filho (1997/2000).
que bom Araguari ter um evento dessa importancia,meu pai Alicio de Oliveira foi ferroviário 36 anos na extinta Mogiana,que bons tempos agueles,saudades parabens Araguari querida.Elpenor Gonçalves de Oliveira,adv,Curitiba,pr.
Elpenor, seu pai, com certeza, contribuiu e muito para a história da ferrovia no Brasil e em Araguari.
Acho que esses eventos deveriam ser cada vez mais comuns, como forma de resgatar um pouco da nossa cultura e a memória desses heróis anônimos. Sem passado, não teremos futuro.
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