quinta-feira, 14 de abril de 2016

Comemoração?!

Em Araguari, a limpeza de um terreno onde deveria ser o shopping é motivo de comemoração. Mas, e o shopping propriamente dito?! E a área pública vendida a particulares para a construção do empreendimento?! E as promessas políticas e empresariais não cumpridas?! Isso é como festejar de uma derrota por pequena goleada. Afinal, poderíamos ter perdido de mais.
Fonte: coluna Em Resumo, Gazeta do Triângulo, 13/4.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Prefeitura faz desconto nos salários, mas não recolhe o dinheiro à Previdência


As irregularidades seguem Brasil afora. Em Três Ranchos-GO, o Poder Executivo teria descontado a contribuição dos servidores para a seguridade social, mas não a repassou à unidade gestora do regime próprio de previdência social dos servidores. O Ministério Público do Estado de Goiás considerou que isso caracterizaria improbidade administrativa. Abriu inquérito civil. Requisitou documentos à Prefeitura. Não foi atendido. Por isso, ingressou com ação cautelar (de urgência) pedindo a busca e apreensão de documentos relativos ao recolhimento. O Poder Judiciário autorizou.

Clique aqui e leia a reportagem no site do MPGO.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Prefeito de Corumbaíba e mais 28 denunciados por crimes na Tarja Preta

Material apreendido no dia em que foi deflagrada a operação
Material apreendido no dia em que foi deflagrada a operação
O Ministério Público de Goiás ofereceu ontem (7/4) denúncia criminal contra o prefeito de Corumbaíba, Romário Vieira da Rocha, e outras 28 pessoas, pelos crimes apurados nas investigações da Operação Tarja Preta. Deflagrada em outubro de 2013, a ação desmontou um esquema de venda fraudada e superfaturada de medicamentos e equipamentos hospitalares e odontológicos para prefeituras goianas. Os fatos apresentados na denúncia foram apurados em um inquérito específico, desmembrado da investigação principal, que deu origem a 19 procedimentos investigativos. A peça acusatória foi encaminhada à Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, onde tramitam os processos que envolvem chefes de Executivos municipais.
Além do prefeito Romário da Rocha, foram também denunciados o vice-prefeito, Elis Carlos Pimenta de Oliveira; o secretário de Saúde, Divino Magno Lourenço; o secretário de Transportes, Gilson Dias Arrates; os servidores do município Luciene Cruz Teixeira, Ercilene Lemes de Almeida Gonçalves, Sebastião Rodrigues Gomes, Jairo Fernandes Alves, além de Antônio Carlos da Silva Júnior, à época dos fatos presidente da Comissão de Licitação, Luiz Augusto de Oliveira Machado Santos, auxiliar do Departamento de Licitações e Leandro do Vale Almeida, pregoeiro.
Os réus ligados às empresas participantes das licitações são Edilberto César Borges, administrador e sócio oculto das empresas J. Médica e Pró-Hospital; a sócia da J. Médica, Jaciara Borges, e os filhos desse casal, Mariana Borges e Edilberto César Júnior, sócios da Pró-Hospitalar. Ligado a essas empresas, o vendedor Milton Machado Maia, a empresária Sandra Cristhyna Rodrigues de Lima e seu pai, Sandro Rogélio da Silva Rodrigues, também foram incluídos na peça acusatória.
A denúncia do MP aponta ainda a participação do empresário Vanderlei José Barbosa, o Baiano, sócio da Ideal Hospitalar, e do vendedor dessa empresa Domingos Amorim da Silva; Lourival César Borges Júnior, sócio-proprietário da empresa JR Lacerda; Letícia Maeve César de Souza, da empresa Maeve Produtos Hospitalares Ltda., e um representante comercial dessa empresa, Vinícius Alves Lima, e o empresário Jairo Marcos de Oliveira. Outros relacionados entre os acusados são os representantes das empresas Dental Rezende e Única Dental, Túlio da Cunha Alves e Joel Paulo de Lima, respectivamente, e, por fim, os advogados Tomaz Edilson Felice Chayb e Mariana Pereira de Sá.
Por envolver prefeito, a denúncia oferecida no TJ-GO é assinada pelo procurador-geral de Justiça Lauro Machado Nogueira; o promotor designado para a Procuradoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos, Marcelo André de Azevedo, além dos membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Luís Guilherme Martinhão Gimenes e Mário Henrique Caixeta.

A operação 

A Tarja Preta desmontou uma organização criminosa que atuava tanto no pagamento de vantagem indevida a agentes políticos em troca de futura contratações com a administração pública, quanto na simulação de licitação e dispensas indevidas de licitações para compra de medicamentos, materiais hospitalares e odontológicos. Esses produtos eram superfaturados e, em alguns casos, sequer entregues. Os crimes de organização criminosa e formação de quadrilha foram objeto de denúncia em autos separados.
Conforme a denúncia, a forma de atuação da organização foi praticamente a mesma em todos os municípios investigados, com o aliciamento de agentes públicos, como prefeitos e secretários, e candidatos a cargos eletivos em 2012, com o pagamento a estes de vantagem indevida, antes e depois da posse no cargo, mas a pretexto de condicionar a preferência ou exclusividade no futuro fornecimento de medicamentos e similares ao município. Posteriormente, eram simuladas as licitações e sua dispensa, para dar aparência de legalidade.

Corumbaíba 

No município, o esquema criminoso se desenvolveu da seguinte forma: o prefeito Romário recebeu vantagem indevida no valor estimado de R$ 70 mil para beneficiar as empresas ligadas a Edilberto ou de outros integrantes do esquema criminoso para o fornecimento de medicamentos, por meio de procedimentos licitatórios simulados ou sem que houvesse licitação ou, ainda, mediante prorrogação de contratos. Além disso, o município contratou os advogados Tomaz Edilson e Mariana de Sá, mediante simulação de procedimento licitatório, para prestarem serviços de assessoria jurídica ao município e intermediarem o esquema, como faziam em diversas outras cidades envolvidas nas fraudes. Foi apurado ainda o uso e cessão de maquinários, serviços e agentes públicos em benefício de Milton, que foi “autorizado” por Romário a receber “serviços” em sua fazenda. 
A peça acusatória é instruída com os elementos de prova coletados durante a operação, como, por exemplo, depoimentos dos investigados, cópias de anotações e documentos apreendidos, fotografias, transcrição de escutas telefônicas. Uma indicação da ligação entre as empresas e também do envolvimento dos agentes públicos é apontada na descoberta de carimbos das empresas Maeve, J Médica e Pró-Hospitalar na sede da J Médica. Foi encontrado ainda um carimbo do secretário Divino Lourenço na sede da mesma empresa.

Os crimes 

Confira aqui a relação individualizada dos crimes pelos quais os réus foram denunciados. (Texto: Cristina Rosa / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO -foto: João Sérgio)
Fonte: MPGO.
Observação: 

Negritei alguns trechos da notícia a fim de realçar os nomes de alguns denunciados e as práticas ocorridas em Corumbaíba. É para que o próprio leitor verifique se há ou não alguma semelhança com o que aconteceu na nossa cidade. De qualquer forma, trata-se de mera especulação do blogueiro (algo em tese), na medida em que, em Araguari, os integrantes desse esquema não praticaram crimes.

Agentes públicos e advogados condenados por improbidade administrativa



Em Goiás, dirigentes de uma empresa pública e um escritório de advocacia foram condenados por improbidade administrativa. Da decisão ainda cabe recurso. Motivo: contratação de escritório de advocacia sem licitação.

Os agentes públicos foram condenados à suspensão dos direitos políticos por 3 anos e estão proibidos de contratar com o poder público por 3 anos. Também receberam multas, conforme o caso, de R$ 2 mil e R$ 5 mil. Já o escritório de advocacia foi condenado ao pagamento de multa no valor de R$ 2 mil e está proibido de contratar com o poder público pelo prazo de 3 anos.

Esse tipo de irregularidade é recorrente na Administração Pública. Já tivemos a oportunidade de questionar, aqui, diversas contratações suspeitas feitas pelo município de Araguari (abaixo, os links das postagens).

De acordo com informações do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, em Araguari, os processos administrativos em que estão sendo investigadas algumas dessas contratações estão suspensos (parados). O MPMG aguarda a decisão que vier a ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal em um processo em que se discute se municípios com quadro próprio de procuradores podem contratar advogados terceirizados.

Clique aqui e leia a reportagem publicada no site do Ministério Pùblico do Estado de Goiás.

Veja também:




Mordaça: quem ganha com isso?

Diário de Araguari, edição do dia 31.03.2016 (ou seria 1964?!).


Inacreditável! As trevas do longo período autoritário já se findaram. O Supremo Tribunal Federal já assentou a preponderância da liberdade de expressão e de imprensa sobre outros direitos também de status constitucional. Nada obstante, parece que em Araguari ainda existem pessoas com saudade da ditadura militar. Só isso seria capaz de explicar as informações veiculadas pelo Diário de Araguari, noticiando tentativas de intimidar pessoas que questionam ações e omissões do poder público ou de cercear a liberdade de imprensa na cidade. Pior: tais tentativas estariam partindo do Ministério Público. Resta saber: a quem interessa calar os veículos de comunicação e os cidadãos que exercem o controle social?

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Gastos com publicações oficiais


Discorrendo sobre irregularidades na contratação dos serviços de publicação oficial, o livro "O Combate à Corrupção nas Prefeituras do Brasil", da Amigos Associados de Ribeirão Bonito, página 51 (clique aqui), nos oferece as seguintes informações relevantes:
A contratação de um veículo para publicação de anúncios oficiais precisa passar por licitação. A licitação é mal feita (muitas vezes intencionalmente), usa-se como critério exclusivamente o preço por centímetro de coluna, e não se faz menção ao volume total a ser licitado. Alguns jornais publicam os documentos da Prefeitura em letras garrafais, só para cobrar da Prefeitura mais colunas de espaço.
A licitação só pelo preço de coluna deixa aberta a possibilidade de superdimensionamento dos espaços ocupados pelo material publicado com layouts generosos e tipografia desnecessariamente grande. Como a cobrança é feita por centímetro de coluna, isso mais do que compensa um eventual valor baixo por centímetro usado para ganhar a concorrência.

O tema é importante. Apenas para comparar, colocamos na foto acima um exemplar do Diário Oficial da União (DOU) e outro do Correio Oficial de Araguari. Qualquer pessoa pode observar facilmente que a fonte usada pelo Correio Oficial é de tamanho muito maior do que a utilizada pelo DOU. A opção adotada pela Prefeitura, ao diminuir o número de caracteres por centímetro de coluna, aumenta automaticamente o tamanho do espaço a ser pago pelo contribuinte.

Bem, o objetivo do post é chamar a atenção do leitor para a possibilidade de o município estar desperdiçando dinheiro com publicações oficiais. O questionamento mostra-se especialmente relevante em uma administração que não prima pela transparência ao deixar de cumprir a lei que exige, por exemplo, a divulgação detalhada desses gastos na internet. 

Em futura postagem, será abordada uma publicação oficial feita pela Câmara de Vereadores de Araguari no jornal Gazeta do Triângulo.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Araguari não tem Plano de Saneamento Básico

Reportagem do G1 mostra que Araguari não entregou o Plano Municipal de Saneamento Básico ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araguari. Outros 14 municípios fizeram o dever de casa e apresentaram o referido plano.
Segundo essa fonte, 97% do esgoto de Araguari é coletado, mas desse montante apenas 17% é tratado. 
Dois fatos preocupantes: 
1º. a omissão na elaboração do referido plano impede a obtenção de financiamentos para o setor; e
2º. a deficiência no saneamento básico produz efeitos negativos sobre a saúde pública e o meio ambiente. 
Mas, em Araguari, tá tranquilo, tá favorável...

31/03/2016 20h13 - Atualizado em 31/03/2016 20h13

Araguari não entrega Plano Municipal de Saneamento Básico

Cidade sofre com a baixa porcentagem de esgoto tratado.
Plano é pré-requisito para captação de recursos para obras no setor.

Do G1 Triângulo Mineiro
Diferentemente de outras 14 cidades, Araguari não entregou o Plano Municipal de Saneamento Básico ao Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Araguari, em reunião nesta quinta-feira (31), em Uberlândia. O plano é um pré-requisito para captação de recursos para obras no setor.
Os Planos Municipais são compostos por quatro pilares básicos: abastecimento urbano, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e gestão de resíduos sólidos. Os planos foram elaborados com base em Lei Federal que estabelece diretrizes para o saneamento básico no País.
De acordo com Sandra Salomão Montes, gerente técnica da Superintendência de Água e Esgoto (SAE), 97% do esgoto urbano de Araguari é coletado, mas somente 17% passam pelo tratamento. A maioria das casas do Município usa fossa séptica e, em bairros mais elevados, o esgoto acaba voltando para as casas algumas vezes.
O Município possui um aterro sanitário que, de acordo com a segunda projeção feita pelo Plano Municipal, produziu diáriamente 70,4 toneladas de resíduos em 2015.
De acordo com o superintendente da SAE, José Flávio De Lima Neto, há um projeto para investir aproximadamente R$ 200 milhões para construção de uma estação de tratamento que poderá tratar 100% do esgoto do Município.
Em relação ao Plano Municipal de Saneamento Básico, o projeto precisa ser votado na Câmara de Vereadores da cidade para poder virar lei.
Clique aqui e veja a reportagem.

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