domingo, 4 de setembro de 2011

Custo da corrupção

A Folha de S. Paulo de hoje trouxe interessante reportagem sobre a corrupção no país. Segundo o jornal, os cofres públicos federais perderam, entre 2002 e 2008,  pelo menos 40 bilhões de reais, valor equivalente ao PIB da Bolívia.
Esse montante inclui os repasses feitos às unidades federativas, mas não contempla os desvios ocorridos em Estados e Municípios.
De acordo com o jornal, com esse valor seria possível reduzir à metade o deficit de 25 milhões de moradias sem saneamento no pais. Se fosse aplicado no Bolsa-Família, poderia contribuir para que a expectativa de vida do brasileiro aumentasse em dois anos e cinco meses daqui a dez anos.
Clique aqui e leia a reportagem no site Folha.com.

sábado, 3 de setembro de 2011

Vamos criar o Dia Nacional da Honestidade?

Um senador propôs --e foi levado a sério-- o Dia Nacional da Corrupção, depois da absolvição da deputada Jaqueline Roriz. É uma proposta tão séria como propor o Dia Nacional da Honestidade.

Vou aqui fazer um papel incômodo. Parte do problema da corrupção não é dos políticos. Mas é nossa --se não partimos desse pressuposto, a bandalheira não vai sair do lugar.
Somos nós que elegemos os políticos sem estudar sua biografia. Somos nós que elegemos as pessoas, não acompanhamos o que fazem e nem nos manifestamos diante dos erros. Somos nós que, rapidamente, passada a eleição, esquecemos em quem votamos (e, para isso, basta ver as pesquisas do Datafolha sobre a lembrança do eleitor).
Somos nós que damos muito mais atenção às celebridades, com suas futilidades, do que a causas públicas.
Somos nós que, no cotidiano, somos tolerantes com as pequenas infrações como parar na faixa do motorista, dirigir alcoolizado, jogar lixo na rua. Ou ver alguém jogando lixo e não fazer nada. Somos nós que tratamos a coisa pública como se fosse de alguém desconhecido. Somos nós que não queremos fazer a diferença no que está do lado, esperando que alguém faça por nós.
Somos nós que não colocamos a educação em primeiro lugar na agenda brasileira.
Por que os políticos seriam tão melhores do que nós?

Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.

Transcrito do site Folha.com

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Mutirão contra dengue é feito em Araguari

Agentes de saúde fizeram nesta sexta-feira (02) um mutirão contra a dengue em Araguari. A preocupação é com o alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti na cidade.

Uma tenda vermelha foi a base de combate ao mosquito inimigo. Após algumas orientações, uma turma com mais de 100 agentes de saúde saiu às ruas para uma difícil batalha contra a dengue. E o que não faltou foi disposição. Divididos por setor eles fiscalizaram e limparam lotes vagos, quintais.
Ao todo, 128 casos de dengue foram registrados em Araguari de janeiro a julho deste ano. Mesmo com o calor e a baixa umidade o índice de infestação do mosquito transmissor é alto: 4% - bem acima do que é preconizado pelo Ministério de Saúde, que é de 1%.
Leia o restante da reportagem no Megaminas.

Prejuízo ou outra coisa?

O Gazeta do Triângulo de ontem mostrou que as obras de restauração da Casa da Cultura estão paralisadas. Mais que isso, demonstrou que estão se arrastando há  quasetrês anos.
Segundo Luciana Menezes, presidente da Fundação Araguarina de Educação e Cultura - FAEC, o município aguarda recursos estaduais para retomar as obras. Há a previsão de que o espaço será reaberto em dezembro deste ano.
Enquanto a obra não fica pronta, o município continua se utilizando de espaços privados. Entre eles, destaca-se o local onde funcionou o Cine Ritz. A prefeitura realizou reformas nesse prédio particular e, há mais de dois anos, vem pagando aluguel pela sua utilização.
Trocando em miúdos. Gastou-se dinheiro público na reforma de prédio particular (Cine Ritz). Foram e continuarão sendo pagos alugueis pela utilização desse espaço privado. Deixou-se de utilizar prédio público (Casa da Cultura) por causa de excessiva demora na sua restauração. O nome disso é prejuízo, mas há quem chame de outra coisa.
Clique aqui e leia a reportagem da Talita Gonçalves no Gazeta do Triângulo.

Trabalho escravo

Abre aspas para Márcio Marques, Gazeta do Triângulo, 02/09:
TRABALHO ESCRAVO

O Ministério do Trabalho continua realizando blitz em fazendas do município e encontrando um grande número de lavradores trabalhando ao arrepio da legislação. A maioria sem registro em carteira e expostos a situações de risco, sem equipamentos de proteção (nem mesmo contra os agrotóxicos). Todas as pessoas envolvidas em colheita de café, em uma propriedade, ganhavam, no máximo, R$ 15 por dia (menos que um salário mínimo no final do mês, mesmo que trabalhassem de sol a sol nos 30 dias). É provável que esses ruralistas não se considerem desonestos...
Pitaco do blog
Espero que os fiscais do trabalho não se deixem intimidar por nenhum tipo de pressão e façam o seu papel. O trabalho escravo é uma mancha na história da raça humana. Em pleno século XXI, então, é inadmissível.


Agradecimento aos desagravos

Momento Maguila. Mais uma vez, agradecimentos.
Ameaçaram processar este aprendiz de blogueiro. Algumas notícias e opiniões estavam incomodando integrantes do governo. A resposta foi imediata. Várias pessoas rapidamente repudiaram mais essa tentativa de censura.
Agradeço especialmente às manifestações de apoio do grupo "Araguari em Imagens - Repúdio à mordaça...", criado em apoio ao fotógrafo Gláucio Henique Chaves, e para o Blog Saúde na Tela, do  mestre Edilvo Mota.
Além dos agradecimentos. Processos judiciais não me intimidam. Em regra, são fruto do exercício de um direito constitucional. O problema é o exercício indevido de um direito para tentar cercear a liberdade de expressão. As conquistas da humanidade não se compadecem com esse tipo de retrocesso.
Propósitos. O blog continuará sempre o mesmo. Aliás, a intenção de continuidade, de melhoria e de maior eficácia das nossas ações permancerá, pouco importando quem sejam os governantes de ocasião. Afinal, a pretensão sempre será servir ao interesse público. Nunca  atender interesses meramente pessoais.
Finalizando. O blog não é simplesmente um site. É uma ideia. Uma concepção. Como tal, não pode ser aprisionado. Vai além. Quer fomentar outras ações de cidadania, de controle social. Ao lado das postagens, outras medidas foram e serão tomadas. Todas com um só fim: tentar contribuir para a melhoria da gestão pública.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Resposta aos venais

Na semana passada, tecemos críticas à forma como parte da imprensa araguarina se mostra subserviente ao governo municipal. Em resposta, como sempre, tivemos que ouvir de alguns radialistas os absurdos de sempre: ataques desferidos contra quem ousa discordar de certas práticas políticas e administrativas que ainda vigoram na cidade. Ofensas pessoais, acusações infundadas, ameaças... É normal esse tipo de comportamento por parte daqueles que não têm argumentos suficientes para justificar determinadas condutas. Ora, o direito à informação é sagrado. Não pode ser corrompido pelo abuso do poder político ou econômico, sob pena de transmudar-se em desinformação ou em algo pior. Cabe, então, aos veículos de comunicação social e a seus integrantes não se deixarem corromper.
O meu pensamento continua o mesmo. Há indícios de que o governo atual tem nas mãos parte da mídia araguarina. Para se falar desses indícios, não é necessário mostrar uma fotografia do radialista Fulano ou do jornalista Beltrano recebendo dinheiro de algum agente público ou de um "laranja". A compra de opinião pode-se dar de diversas formas. Governantes desonestos têm muitas benesses a oferecer. Na minha opinião, basta ver a linha editorial de rádios e jornais e compará-la com os gastos públicos com publicidade e propaganda do governo nesses veículos, para se extrair conclusões pela existência de vestígios de irregularidades.
Nessa linha, nota-se que alguns veículos de comunicação social podem estar sendo, digamos, privilegiados pelo "novo modelo de administração".  A genorosa publicidade veiculada em determinadas empresas são eloquentes. Fala por si só.
Nesse ponto, corroborando a minha conclusão, entra em cena, uma vez mais, a falta de transparência do governo. Ocultar fatos, muitas vezes, pode equivaler a tentativas de esconder irregularidades. No caso da publicidade oficial, por força de lei, o município deveria publicar demonstrativos na rede mundial de computadores, discriminando os valores pagos a cada um dos fornecedores (agências de publicidade) e veículos de comunicação social (rádio, tv, jornais, revistas, etc.). É claro que em Araguari a lei não é cumprida. Por isso, eu insisto em perguntar: o que estão tentando esconder da sociedade?

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