quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Reflexão

É comum reclamar-se que Araguari não consegue eleger deputados estaduais e, pelo menos, um representante na Câmara dos Deputados. Os mais exaltados alegam que a cidade, às vésperas das eleições, se vê às voltas com candidatos de outras cidade - principalmente, da grande Uberlândia - que aqui aportam para "roubar" os votos que poderiam ser dados aos candidatos araguarinos.
Proponho uma reflexão sobre o tema. Faço-o, singelamente, com base no passado e considerando, ainda, a questão ética.
O primeiro ponto interessante diz respeito à eficiência daqueles que outrora representaram a cidade nos legislativos estadual e federal. Sinceramente, não vi nada de excepcional na atuação dos ex-deputados Raul Belém e Milton Lima. O que eles fizeram pela cidade? O que fizeram pelo país? As respostas às duas perguntas tendem ao zero, ao nada. Na verdade, ambos envergonharam a cidade quando se postaram ao lado dos detentores das piores avaliações durante a Constituinte. Pior que isso, ambos construíram suas carreiras baseados mais na obtenção de benefícios individuais do que propriamente sociais (arrumaram empregos para alguns, conseguiram aposentadoria para outros, etc). Logo, não sei em que ponto foram diferentes dos deputados de outras cidades.
O segundo e último ponto pertine à questão ética dos que aí estão se candidatando. Pelos papos de bastidores, candidatam-se a candidato a deputado estadual os senhores Jubão, Raulzinho e Werley Macedo. Pois bem, o primeiro deles usa a máquina pública para fazer campanha política antes da hora. Ao que consta, passa mais tempo viajando e expondo o seu nome do que, propriamente, exercendo o mandato que lhe foi confiado pela população. Já os outros dois, valem-se de expediente semelhante, usando concessões públicas (emissoras de rádio) para alardear as suas supostas qualidades. É de se questionar, se, valendo-se de condutas no mínimo antiéticas, esses senhores merecem ser nossos representantes? Ou, aprofundando a reflexão, diante de candidados desse porte ético, é possível criticar o eleitor araguarino por votar em candidatos de outras cidades?
Como se vê, essa questão merece ser repensada. Não podemos cair no papo de que os nossos candidatos são melhores que os de outras cidades sem uma prévia reflexão sobre a matéria. Esse repensar é importante na medida em que pode compelir os pretensos candidatos a reverem seus comportamentos.

domingo, 6 de setembro de 2009

Falta de transparência na Câmara de Vereadores de Araguari

Segundo informação do jornal Correio de Uberlândia, um vereador da vizinha cidade ganha R$ 8,7 mil por mês, acrescidos de R$ 9 mil de verba indenizatória. Isso para participar de dez sessões mensais, representando eleitores de uma cidade de mais 600 mil habitantes.
Enquanto isso, em Araguari, cidade seis vezes menor que a nossa rica vizinha, a única informação que se tem é que os vereadores recebem R$ 7 mil reais por mês para participar de quatro sessões. Não se sabe quanto os nossos nobres representantes gastam com a tal verba indenizatória.
Essa disparidade de números, de plano, nos permite concluir que os gastos da Câmara de Araguari não são razoáveis. Há uma desproporcionalidade salarial gritante quando se comparam o porte das duas cidades e o número de sessões mensais. Pior, a falta de transparência da Câmara de Araguari não nos permite saber quanto é a tal verba indenizatória e o que ela vem custeando.
Mesmo à mingua de informações claras do Legislativo araguarino, é possível perceber que a tal verba deve estar sendo formalmente gasta com o pagamento de assessoria, combustível, divulgação do mandato, etc. Muito provavelmente, não há prestação de contas desses gastos, sendo possível, inclusive, que parte desses recursos acabe caindo, por vias oblíquas, nos bolsos dos próprios vereadores.
São essas as ilações que podem ser feitas enquanto o Legislativo não for minimamente transparente. A propósito, na condição de cidadão, requeri essas informações da Presidência da Câmara de Vereadores de Araguari. Sinceramente, duvido que ela vá se dignar a responder ao meu pedido. Como eu ainda acredito em Papai Noel, Cuca e no Fluminense, não custa nada esperar...

sábado, 5 de setembro de 2009

Desembargador joga xadrez em plena sessão do TJ da Bahia

O desembargador Carlos Roberto Santos Araújo foi flagrado jogando xadrez em seu computador, ontem, na mais importante sessão do pleno do Tribunal de Justiça da Bahia este ano. A reunião da mais alta instância da Justiça estadual foi convocada extraordinariamente pela presidente Sílvia Zarif para se discutir o fechamento do Instituto Pedro Ribeiro de Administração (Ipraj), braço gestor do TJ baiano. Foi uma reunião tensa, pois se debatia uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no último dia do prazo concedido.
A sessão foi aberta por volta das 9h30 e os desembargadores faziam saudações ao colega Gilberto Caribé, que participava da última reunião do pleno antes de se aposentar. Também faziam críticas à cobertura da imprensa sobre os assuntos do TJ-BA quando o repórter fotográfico Haroldo Abrantes, do jornal A Tarde, percebeu a cena. Foram feitas seis fotos, nas quais Araújo aparece concentrado, olhando para o monitor do computador.
Na sexta foto, a interface do programa mostra que a partida entre o desembargador e a máquina estava na 18ª jogada. E era a vez do magistrado jogar. You move, avisava o programa. Enquanto os desembargadores reclamavam do resultado da pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada terça-feira, cujo resultado deu ao TJBA a pior avaliação do Brasil, o desembargador Araújo pensava na sua próxima jogada.
Eu não estava jogando xadrez. Abri a página antes de a sessão começar, por curiosidade, alegou o desembargador. E a página ficou aberta (ao longo da sessão), completou ele, que só se manifestou uma vez na sessão de cerca de quatro horas. Os cliques do fotógrafo, no entanto, comprovam que o desembargador jogou durante a sessão. Entre a primeira e a sexta foto foram feitos dois movimentos: o 17 e o 18.
Sobre o uso do computador durante a sessão, o desembargador considera ser uma ferramenta importante, porque se surge alguma dúvida rapidamente podemos dirimi-la.
O fotógrafo do jornal conta que o desembargador foi avisado sobre as fotos. Alguém da plateia nos viu fotografando e telefonou avisando ao desembargador para ele mudar a tela do computador. Quando me virei, a tela já tinha sido modificada, conta Abrantes.
Indiferente às jogadas de Araújo, os desembargadores debateram o projeto de extinção do Ipraj e decidiram pelo seu adiamento. ( Jornal do Commercio, de Pernambuco)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Araguari sediará o II Encontro de Preservação Ferroviária

Segundo informações do Blog do Governo de Minas (http://blog.mg.gov.br/jornada-mineira-do-patrimonio-cultural-e-acao-pioneira-no-pais/), Araguari está inserida na primeira edição da Jornada Mineira do Patrimônio Cultural.
A ação, pioneira no país, é fomentada pela Secretaria de Estado de Cultura e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG). Reunirá 594 instituições e um total de mais de 1500 ações em 474 municípios. Promoverá, dentre outros eventos, seminários, apresentações de grupos de cultura popular, festivais de arte e gastronomia, exposições, visitas guiadas, educação patrimonial, oficinas e gincanas culturais.
Como parte programação, no dia 18 de setembro de 2009, ocorrerá, em Araguari, o II Encontro de Preservação Ferroviária. Cuida-se de evento destinado à discussão acerca do processo de preservação do patrimônio cultural ferroviário em nossa região. Serão realizados seminário, exposição de uma instalação artística com a temática ferroviária e apresentações artísticas de grupos locais nos intervalos dos trabalhos

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Abaixo das águas profundas...




Não sei por que o Aristeu me enviou, gentilmente, esse sutil mapinha. Que eu saiba a Petrobrás era patrocinadora do Flamento e não do Flu.

Postagem em destaque

Falta em audiência resulta em negativa de religamento de energia elétrica para idosa dependente de aparelhos médicos

Uma idosa de 89 anos, em situação de vulnerabilidade, teve sua ação contra a Energisa/SA encerrada sem análise de mérito, após não comparece...