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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Sócio da empresa investigada por propagação de fake news na campanha de Bolsonaro ganha cargo em comissão

Marcos Aurélio Carvalho, sócio da empresa AM4 Brasil Inteligência Digital, que prestou serviços à campanha de Jair Bolsonaro à Presidência e é investigada pela propagação de fake news no WhatsApp, foi nomeado para cargo em comissão no grupo de transição do Governo Federal. 


A nomeação foi publicada no Diário Oficial de ontem (clique aqui):


Marcos Aurélio receberá R$ 9.926,00 (nove mil, novecentos e vinte e seis reais) por mês (clique aqui):


A participação como sócio-administrador da empresa pode ser vista abaixo (clique aqui):


De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral - TSE (clique aqui), a empresa AM4 Brasil Inteligência Digital é a que mais recebeu recursos da campanha de Bolsonaro (R$ 650 mil):



A empresa está envolvida no esquema de envio em massa de mensagens via WhatsApp durante as eleições, investigado pela Polícia Federal e TSE (clique aqui).


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Bolsonaro diz que vai levar para o Planalto ex-deputado condenado por corrupção


Dias atrás, a Record publicou a notícia de que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) iria levar para o Palácio do Planalto, como auxiliar, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM). 

A notícia não caiu bem. Isso porque Fraga foi recentemente condenado a 4 (quatro) anos de prisão pela prática de corrupção (clique aqui). Bolsonaro, assim, desmentiu a informação (clique aqui). Curiosamente, a Record (R7) desmentiu o convite (clique aqui) e tirou o vídeo do ar (clique aqui). 

Poderia, então, virar mais uma fake news. Mas, não vai. O vídeo em que Bolsonaro diz que Fraga irá coordenar a "bancada da bala" no Palácio do Planalto pode ser visto acima.


quinta-feira, 1 de novembro de 2018

É melhor jair se reciclando


Preciso urgentemente reciclar meus conhecimentos.

Fatos novos (ou fatos velhos revisitados?) impõem minha volta ao curso de Direito para revisar as seguintes disciplinas, com respectivos professores:

- Direitos humanos: a ditadura militar deveria ter matado e torturado mais (Jair Bolsonaro, Presidente da República);
- Direito Constitucional: o golpe militar de 1964 foi, na verdade, um mero movimento (Dias Toffoli, Presidente do STF);
- Direito do Trabalho: a extinção do 13º salário fará com que o empregador aumente o salário mensal dos trabalhadores (Hamilton Mourão, Vice-Presidente da República);
- Direito Tributário: a criação de uma alíquota única para o Imposto de Renda (na prática, aumento para os mais pobres e redução para os mais ricos) é uma forma de simplificar a legislação tributária (professor Paulo Guedes, superministro da Economia).

Pensando bem, devo voltar mesmo é ao ensino fundamental. Não suporto a ideia de ter sido enganado por professores de História. Aqueles aparentemente gentis mestres me ensinaram, erroneamente, que o Brasil viveu sob ditadura no período de 1964 a 1985. Mas, para voltar, imponho uma condição: só aceito estudar com professores formados na Universidade do Zap Zap.

E a Hoopoe?!


A quantas anda a tal operação? Que fim levaram as espetaculares descobertas de indícios de  esquemas de corrupção envolvendo políticos, servidores e empresários em diversas secretarias e na SAE? 


Que comecem os jogos!


Com superpoderes para pegar corruptos, Moro já poderia começar investigando o moço à sua esquerda. Trata-se de Paulo Guedes, futuro superministro da Economia, suspeito de causar prejuízos a  fundos de pensão de empresas estatais.

Clique aqui e saiba mais sobre a investigação do Ministério Público Federal.

É verdade esse bilhete...



sexta-feira, 26 de outubro de 2018

É melhor jair se acostumando com a morte da democracia


Uma democracia se sustenta, principalmente, na observância de regras não-escritas. Uma delas é a tolerância entre partidos (correntes ideológicas). Um grupo político deve ver e tratar os demais como adversários, e não como inimigos.

Essa regra foi quebrada no Brasil. Nos últimos 5 anos, a extrema-direita, uma perigosa mistura entre militares, "religiosos" e grandes empresários, atuou para destruir um dos espectros ideológicos, a esquerda. Reiteradas campanhas de ódio e mentiras (fake news) ecoaram nas redes sociais. Especialmente no WhatsApp, submundo da internet, onde formaram a opinião de milhões de pessoas sem espírito crítico e descontentes com a atual política. 

Como os atacados não participam dos milhares de grupos onde se espalharam essas ondas, não puderam exercer o contraditório. Mentiras viraram verdades. A campanha de destruição foi tão eficiente que um político com tendências autoritárias é o favorito para assumir a Presidência da República. Com ele, ascendeu uma bancada de parlamentares adeptos de um conservadorismo populista que, na verdade, representa o retrocesso democrático (perda de direitos), especialmente para as minorias.

Esses fatos indicam estar em curso a morte da nossa jovem e frágil democracia. Atualmente, ditaduras não são implantadas com os tradicionais golpes. Invasão de palácios e assassinato de chefes de Estado saíram de moda. Cada vez mais comum é destruir a democracia paulatinamente, de dentro pra fora, a partir de eleições inicialmente livres. O momento é, portanto, de extrema preocupação, até porque nenhum dos atuais assassinos de democracias mundo aparentou inicialmente ser tão autoritário quanto o candidato Jair Bolsonaro. 

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