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O terminal do Mercado Municipal amanheceu vazio. (foto: Rudi Lacerda, via Facebook). |
Mais uma vez, o transporte coletivo de Araguari é paralisado. É a segunda vez só este ano. Os motivos da paralisação, segundo o sindicato da categoria, são os mesmos: atraso no pagamento de vale-alimentação e no recolhimento de encargos sociais (FGTS, contribuição previdenciária, etc.) pela empresa Sertran. Alega-se ainda que a Prefeitura não vem pagando corretamente o que é devido à concessionária. Em consulta ao Portal da Transparência da Prefeitura, verifica-se que a empresa já recebeu, neste ano, a importância de R$ 972 mil (isso sem computar o valor cobrado dos passageiros).
Tudo que começa mal tende a piorar. Desde agosto do ano passado, estamos falando aqui das graves suspeitas de irregularidades na contratação da Sertran. Nesse ambiente de ilegalidade, é comum ocorrer, durante a execução do contrato, aquilo que estamos assistindo agora: má prestação dos serviços (furos de viagem, redução de horários, paralisações, etc.), falta de recolhimento de encargos sociais e atrasos no pagamento de funcionários por parte da concessionária, etc.
O pior é que tudo isso poderia ter sido evitado. Tais suspeitas de irregularidades - repito: graves - já deveriam ter sido esclarecidas pela Câmara de Vereadores e Ministério Público. Entretanto, o cidadão araguarino encontra-se desamparado por quem tem o dever de defendê-lo. Parece que esses dois órgãos, apesar de caros ao contribuinte, só existem na ficção. Parece serem subordinados ao prefeito. O que fizeram com as diversas denúncias publicadas a respeito da contratação irregular da Sertran? O que estão fazendo agora com a notícia de que a Prefeitura está sendo omissa não fiscalizando o recolhimento dos encargos sociais pela concessionária?
Sinceramente, vivemos em Araguari uma situação de absurda ilegalidade. Um verdadeiro incentivo à impunidade. Se os envolvidos nessa contratação já tivessem sido processados, inclusive criminalmente, pelo Ministério Público, a situação seria outra. Mas, estamos falando apenas de hipóteses e de fiscais fictícios. Enquanto isso, como diz o radialista Eurípedes Martins, "paga, povo!".
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