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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Tarja Preta: autoridades do município mantinham contato com integrantes da quadrilha


A Operação Tarja Preta, deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Goiás, chegou em Araguari. O objetivo inicial dessa operação era desarticular uma organização criminosa que, supostamente, há mais de um ano, atuava na venda fraudada, viciada, direcionada e superfaturada de medicamentos para vários municípios goianos. 12 prefeitos de municípios goianos foram presos na operação. Além deles, tiveram a prisão temporária decretada vários empresários, secretários municipais de saúde e advogados.

Em postagem anterior, noticiamos a prisão temporária do advogado Tomaz Edilson Felice Chayb, um dos sócios do escritório Chayb e Máscimo Advogados Associados, que foi contratado para prestar serviços de consultoria justamente na área de licitações e contratos ao município de Araguari. 

Na tarde de ontem, o blog Diário de Goiás divulgou as gravações telefônicas interceptadas pelo Ministério Público durante as investigações. Infelizmente, o nome de Araguari foi citado diversas vezes nas conversas captadas. Entre os nomes de agentes públicos citados nos diálogos gravados, temos os do prefeito, Raul Belém, do procurador-geral, Leonardo Borelli, do então Subprocurador do município (atual secretário de Serviços Urbanos), Marcel Mujali. Além deles, os irmãos Vivaldo e Vanderlan, ligados à empresa Interlagos Materiais de Construção, também foram mencionados. De todas as conversas interceptadas, chamam a atenção os contatos mantidos entre Marcel Mujali e o advogado Tomaz Chayb. 

Inevitavelmente, as investigações terão que ser aprofundadas para abarcar atos praticados pela gestão Raul Belém. Isso porque a organização criminosa acabou criando elos com integrantes do governo municipal. A contratação do advogado Tomaz Chayb, ao que parece com grandes poderes dentro do Departamento de Licitações da Prefeitura, colocou a "bomba" no colo do prefeito e de outras autoridades. 

De acordo com o portal Notícias de Araguari, a Polícia Federal já se encontra no município, onde as investigações já estão em andamento. Ainda segundo a mesma fonte, o procurador-geral do município, Leonardo Borelli, afirmou que o contrato com o advogado preso será rescindido imediatamente.

Vale lembrar que, guardadas as devidas proporções, em hipóteses semelhantes (Mensalão, Caixa de Pandora, etc.), as investigações policiais, além de processos criminais, produziram efeitos em outras áreas. Na área política, por exemplo, podem gerar processos no âmbito do Poder Legislativo (Comissão Legislativa de Inquérito). Na seara dos tribunais de contas, geram a abertura de processos e a realização de auditorias em licitações e compras realizadas pelo município. No caso vertente, esse aprofundamento da fiscalização, sobretudo na área técnica, é inevitável e, além de manchar o nome da cidade de Araguari, irá gerar "dor de cabeça" nos atuais governantes por algum tempo.

O blog Observatório de Araguari irá voltar ao assunto, analisando diversos trechos das conversas captadas. 

Clique aqui e leia, na íntegra, a transcrição das gravações publicadas no Diário de Goiás.
Clique aqui e leia nosso post sobre a contratação do escritório Chayb & Máscimo Advogados Associados.
Clique aqui e leia a reportagem do Notícias de Araguari sobre o assunto.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Advogado contratado pelo município é preso na Operação Tarja Preta



Em 13/9, o Correio Oficial tornou público que a Prefeitura Municipal de Araguari contratou Chayb e Máscimo Advogados Associados para prestação de serviços de assessoria e consultoria jurídica em licitações e contratos. O escritório irá receber R$ 144 mil por 12 meses de trabalho. Conforme consta do Portal da Transparência, três dias após essa publicação, o escritório recebeu R$ 6 mil da Prefeitura. Questionamos o fato por entendermos que o município não precisaria contratar advogados para realizar serviços que deveriam ser feitos por procuradores e advogados públicos.


Pois bem, no dia 15/10, virou manchete nacional a "Operação Tarja Preta", realizada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP/GO). O objetivo dessa operação é desarticular uma organização criminosa que supostamente há mais de um ano atuava na venda fraudada, viciada, direcionada e superfaturada de medicamentos para vários municípios goianos. 12 prefeitos de municípios goianos foram presos na operação. Além deles, tiveram a prisão temporária decretada vários empresários, secretários municipais de saúde e advogados.

Entre os crimes apurados pelo MP/GO, encontram-se: a) formação de quadrilha; b) formação de cartel; c) peculato; d) corrupção ativa e passiva; e) indevida dispensa e inexigibilidade de licitação; f) fraude à licitação; g) delito do inciso “V” do Decreto-lei nº 201/1967; h) falsificação de documentos públicos e privados; i) lavagem de dinheiro.

Entre os presos, encontra-se o advogado Tomaz Edilson Filice Chayb, que é um dos sócios do escritório contratado pelo município de Araguari justamente para prestar assessoria e consultoria jurídica na área de licitações e contratos.


É óbvio que em favor de todos os acusados temos a presunção de inocência. Entretanto, parece estranho a Prefeitura de Araguari contratar, sem licitação, um escritório de advocacia para realizar os serviços de assessoria e consultoria na área de licitações e contratos. Afinal, esses serviços deveriam ser prestados pelos procuradores e advogados do próprio município. Pior: contratar os serviços de um escritório de advogados que tem, como sócio, uma pessoa investigada por fraudes em licitações e contratos para compra de medicamentos por municípios.

Clique aqui e leia nosso post sobre a estranha contratação de um escritório de advocacia para fazer o serviço que deveria ser realizado pela Procuradoria-Geral do município.
Clique aqui e leia reportagem sobre a "Operação Tarja Preta", citando a prisão temporária do advogado sócio do escritório contratado pelo município de Araguari.
Clique aqui e acesse o site de Chayb & Máscimo Advogados Associados.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Joaquim Barbosa volta à Câmara de Vereadores

Ao contrário de parte da midia, que gosta de "por panos quentes" ou de "varrer a sujeira pra debaixo do tapete", alguns veículos de comunicação ainda são imparciais e buscam a verdade. É o caso do portal Notícias de Araguari. 
Na reportagem abaixo, o portal traz os desdobramentos da audiência pública realizada para tratar do trânsito na "saída para Uberlândia" (Ruas Joaquim Barbosa, Coromandel e Padre Nicácio). De acordo com a reportagem, o clima esquentou na Câmara. De um lado, o vereador Carlos Machado (PDT), que trabalhou pela realização da audiência e queria volta da mão dupla na Rua Joaquim Barbosa. De outro, o vereador Cezinha (SDD), que defende a permanência do sentido único na via. Vejam:


  • Câmara Municipal pega fogo, pela polêmica da Joaquim Barbosa

  • Câmara Municipal pega fogo, pela polêmica da Joaquim Barbosa


Um requerimento do vereador Cezar Batista de Olveira(SDD), Cezinha,  promete acirrar a polêmica em torno da Rua Joaquim Barbosa. Ele pede ao Executivo a permanência da via com sentido único e, junto ao requerimento, apresentou um abaixo assinado com 756 assinaturas demoradores das imediações da  referida via. As assinaturas vêm acompanhadas dos respectivos endereços.
Em sua argumentação, além das assinaturas, Cesar usou os dados apresentados pela SETTRANS – Secretaria de Trânsito e Transportes, que apontam redução no número de acidentes desde a implantação de mão única. Em sua fala também ressaltou que nem todos tiveram a oportunidade de participar da audiência pública, promovida pelo vereador Carlos Machado e realizada dia 26 de setembro, onde a maioria dos populares presentes se posicionou pela volta da mão dupla.  “O prefeito já me disse que não tem interesse em mexer. Acredito que ele vai se sensibilizar com as assinaturas e com a maioria da população que não quer mão dupla”, finalizou Cezinha.

Foto: Camara Municipal
O pedido do vereador aconteceu já na reta final da sessão ordinária de hoje (15) e ganhou o apoio de parte dos vereadores,  com destaque para Dhiosney de Andrade(PTC) e Tenente Luciano (PP), que colocaram em xeque o resultado da audiência pública, sob a argumentação de que fora manipulada.  Ambos os vereadores afirmaram que naquela ocasião os dados técnicos da equipe da Polícia Militar e da SETTRANS não foram devidamente apresentados.  “Se a carapuça servir, que vistam. Até parece que existem dois prefeitos”, declarou Dhiosney em seu pronunciamento.
Carlos Machado  rebateu os questionadores, alegando que todos poderiam ter participado e se posicionado na audiência foi pública. “O  Dhiosney  veio mas saiu na metade do evento e nada falou. O tenente Luciano acompanhou a audiência. Porque não argumentaram? Porque não encararam e disseram o que pensam à população? ... Quem seria o outro prefeito vereador Dhiosney?”.  A reação veio de pronto. “Não vou dizer nomes. Disse que, a quem servisse que se vestisse a carapuça...” “... Não permaneci na audiência porque o senhor  desrespeitou o secretário Barroso e sua equipe impedindo-os  de fazer a apresentação dos dados técnicos ...”, disse Dhiosney.
 Em resposta a Carlos Machado o tenente disparou:  “Ouça a fita (áudio de gravação) da audiência e veja quem foi o último a falar (na ocasião ele fora o último a se manifestar , dizendo que aguardaria o parecer técnico para se posicionar)”, e prosseguiu:  “ A audiência foi conduzida e não se esqueça que tenho formação profissional para lidar com pessoas do seu tipo”.
Diante das “amabilidades”, a sessão foi suspensa por alguns minutos e o assunto foi encerrado.  A sessão se encerrou por volta das 19 horas. 

Fonte: Notícias de Araguari (clique aqui e acesse o portal).

Já falamos desse assunto aqui. Clique nos links abaixo e leia:
Entrada proibida
O que há por trás da Joaquim Barbosa

Faça o que mando, não faça o que eu faço.


Vice-prefeito afirmou que o município ainda 
não pagou todas as dívidas contraídas no ano passado.

Esse é o lema dos governantes da cidade.
Na segunda-feira, em extensa entrevista à Rádio Onda Viva, o ex-diretor da emissora e atual vice-prefeito da cidade, Werley Macedo, afirmou que o município ainda não pagou todas as dívidas contraídas no ano passado. 
Pois bem, o mesmo governo que ainda não quitou as dívidas do exercício anterior quer agora protestar os seus devedores. Isso mesmo! O Executivo enviou para a Câmara um projeto de lei que lhe permitirá "sujar" o nome dos devedores do município. Essa deve ser a única finalidade almejada pelos governantes, uma vez que os entes públicos já possuem privilégios na hora de cobrar os seus devedores. Para cobrar, não precisa protestar o título executivo. Basta incluir o débito na dívida ativa e ingressar com ação de execução fiscal (a petição judicial é tão simples que se usam formulários).
O protesto, por si só, já não se justifica. Agora, ver um município que atrasa o pagamento de fornecedores praticar esse tipo de maldade com os contribuintes beira o absurdo. Aliás, absurdo é pouco para adjetivar certos governos.

Mea culpa


"Levaremos em conta a necessidade de alguns, indispensáveis para o bom andamento da prefeitura e, desfazer os cargos que não oferecem prejuízos ao serem extintos. Também será feita uma fiscalização para cortar a insalubridade além de horas extras, redução do número de estagiários e redução da carga horária destes servidores”. 
Do secretário de Fazenda Érico Chiovato (na coluna Radar, Gazeta).
Pitaco do Blog

Se alguns cargos serão extintos por serem desnecessários, convém perguntar: 
1) Por que foram criados? 
2) Por que foram providos? 
3) O que esses "funcionários" fazem (ou não fazem) na Prefeitura? 

Desculpem-me, mas isso é uma confissão de irresponsabilidade na gestão de recursos públicos

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Curso ProJur: saiu o primeiro ganhador

Quem não quer estabilidade na vida??? Chegou a sua hora, são mais de 15.000 vagas...
Saiu o primeiro ganhador da bolsa de estudos ProJur para o Concurso da Caixa. O sorteio da Loteria Federal foi realizado no dia 11/10. O 1º Prêmio foi para o número 61.106. Logo o ganhador é Filipe César Alves, que fez sua inscrição por meio do formulário de contato do blog.

No próximo sábado, 19, sortearemos a segunda bolsa. Os demais inscritos já estarão automaticamente concorrendo. Novas inscrições poderão ser feitas até às 18 horas do dia do sorteio.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Jogando no ventilador

charge

Como sempre, o Adriano Souza, do Gazeta do Triângulo, consegue dizer numa charge aquilo que os outros gastariam muitas linhas pra falar.
Entretanto, a ótica do chargista, no caso, não foge do senso comum. No episódio envolvendo o vereador Carlos Machado (PDT) e o secretário de Obras, José Radi, a impressão do cidadão comum é a de que este último realmente jogou merda no ventilador ao denunciar a ingerência indevida do vereador nos assuntos da "sua" secretaria.
Não era pra ser assim. O que deveria ser retratado em charges e na nossa indignação é a conduta do vereador. Pelo que se sabe, foi dele a ação reprovável e nada republicana. Não deveria ser normal um vereador, com a intenção de proteger o interesse de um parente, pedir para um secretário deixar de cumprir sua obrigação legal. Não é essa função a dos vereadores ou de qualquer outro agente público. Por isso, em situações desse tipo, a obrigação de qualquer cidadão achacado, sobretudo quando investido de função pública, é realmente a de jogar merda no ventilador. Só assim, com condutas corajosas de seus cidadãos, este país vai mudar.

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