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sábado, 28 de setembro de 2013

Moradores do bairro Goiás querem reforma de praça

Essa pracinha vive abandonada pelo poder público. Antes, as ruas de pedra em seu entorno viviam cheias de mato. Atualmente, as imagens mostram esse abandono. O gramado está seco, faltam lixeiras. Os próprios moradores fazem a limpeza do local, uma vez que o serviço público é deficiente. Nessas horas, me lembro de que não falta dinheiro para contratar shows, mas falta para realizar tarefas simples, como limpar uma praça.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Veja a lista de irregularidades na obra do "Hospital Municipal"


Placa de inauguração (ou de entrega da obra) do
"Hospital Municipal de Araguari", ocorrida em 27/08/2003.


Conforme afirmado em outro post, o Tribunal de Contas da União julgou irregulares as contas do ex-prefeito Marcos Alvim e da Construtora Cima Engenharia e Empreendimentos Ltda. devido as falhas graves na execução da obra do Hospital Municipal. Então, prepare o seu estômago, contenha a sua indignação e veja o que foi apurado pelo TCU.

Inicialmente, o TCU verificou que a Construtora Cima:
- recebeu por piso em bloquete 8 cm espessura para o pátio externo, frontal ao hospital, e assentou bloquete de 4 cm de espessura;
- apesar de ter deixado de instalar ralos em 8 depósitos de material de limpeza, recebeu pelo serviço;
- recebeu por um reservatório elevado, em concreto armado, com capacidade de armazenamento de 20.000 litros de água, mas entregou apenas um reservatório para menos de 5.000 litros. Além disso, o que foi entregue está abaixo da altura especificada, comprometendo todo o sistema de hidrantes do hospital, por falta de pressão adequada para o acionamento daquele equipamento de prevenção e combate a incêndio;
- recebeu por um reservatório subterrâneo de água com capacidade de armazenamento de 30.000 litros, mas entregou, em seu lugar, um reservatório para apenas 15.500 litros de água;
- recebeu para executar todo o telhado do hospital, coberto por telhas brancas, de qualidade superior, mas fez a cobertura com telhas vermelhas, de qualidade inferior ao especificado. Além disso, a inclinação do telhado está abaixo do necessário, para o tipo de telha utilizado, ocasionando, com isso, entrada de água entre as telhas, comprometendo toda a laje de cobertura;
- não executou nenhuma cobertura em policarbonato;
- não revestiu os 8 depósitos de material de limpeza com azulejos até 2,60 m de altura, assentando apenas algumas fiadas sobre os tanques;
- ao invés de piso Korodur, de alta resistência, que havia sido contratado, executou todo o piso do hospital em granilite, material sabidamente inferior ao primeiro;
- recebeu por aplicação de resina no piso em Korodur, que sequer existiu;
- não procedeu à colocação de piso cerâmico nas instalações sanitárias e nos depósitos de material de limpeza, optando, também, pela execução de piso em granilite;
- não instalou toalheiros de papel, cromados, nem saboneteiras com controle de fluxo;
- recebeu para executar o hospital com pé-direito interno de 3,20 m acabados, mas, entregou a edificação com apenas 3,05 m.

Tome um fôlego, caro leitor. Não para por aí. O TCU ainda constatou, entre outras, as seguintes irregularidades na obra:
- a água do terreno está minando em diversas partes do piso;
- todas as paredes do HM foram tomadas pela umidade do terreno, estando todas elas mofadas, inclusive as salas cirúrgicas, berçário e enfermarias;
- a edificação apresenta diversas trincas em pisos, paredes, vigas e lajes, sinais de recalques diferenciais, ou seja, abatimento de fundação;
- diversas trincas a 45º, características de abatimento de fundação, por todo o hospital, inclusive, nas salas de cirurgia e no pronto-atendimento;
- deslocamento de uma parede da instalação sanitária da enfermaria masculina de 4 leitos, existente no bloco 1.
- a rede de gases medicinais foi executada de forma inadequada, imprópria e contrária às normas vigentes – sob o piso da edificação – o que ocasionou sua perda total, devido à forte umidade existente no terreno;
- de acordo com informações obtidas pelos auditores junto a moradores da cidade, quando chove forte na região, todo o hospital é invadido por uma lâmina d’água que se acumula no terreno, devido à precariedade da drenagem executada e ao nível em que o prédio hospitalar foi implantado – 40 cm abaixo do nível do passeio frontal; 
- as instalações elétricas, telefônicas e de dados não estão concluídas, contrariando o que a convenente declarou por ocasião da emissão do Termo de Recebimento Definitivo de Obra;
- foram observados quadros de distribuição elétrica sem disjuntores, inclusive com fiação de 220 V nua, exposta, possibilitando risco iminente de grave acidente;
- o quadro próprio para fiação telefônica com passagem de fiação elétrica;
- quadro de distribuição telefônica sem nenhum tipo de montagem;
- as instalações hidráulicas foram executadas em desacordo com o plano de trabalho;
- não foi executado nenhum ponto para ducha higiênica nas instalações sanitárias do hospital;
- todos os sifões e ligações flexíveis que o plano de trabalho especificava ser em metal cromado, foram instalados em PVC, material claramente inferior ao previsto;
- os ralos, que deveriam ser todos metálicos e escamoteáveis, existem em grande quantidade em PVC e abertos;
- quanto às instalações de incêndio, além da baixa capacidade de água do reservatório superior, inclusive com pressão de água insuficiente para utilização em caso de sinistro, verificou-se que diversos abrigos para hidrantes encontravam-se incompletos, sem os mangotes e os devidos acessórios;
- as telhas cerâmicas deveriam ser brancas, cor que teria a finalidade de refletir os raios solares, tornando o ambiente interno mais agradável. No entanto, foram trocadas por telhas vermelhas, sabidamente mais baratas;
- o plano de trabalho especificava que todas as portas externas e janelas do Hospital teriam esquadrilha de alumínio. Porém, existem diversas portas externas, confeccionadas com chapa metálica, de qualidade inferior, e, por isso mesmo, todas elas estão sendo consumidas pela ferrugem;
- não foi implantada a tubulação de gás GLP necessária e essencial para alimentar o fogão industrial existente na cozinha da unidade hospitalar.

Clique aqui e leia a decisão do TCU na íntegra.

"Hospital Municipal": ex-prefeito tem que devolver mais de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos


Apesar de inaugurado três vezes, o "Hospital Municipal" nunca
entrou em funcionamento (foto: www.araguarionline.com).

O caso do "Hospital Municipal" (HM) vai chegando aos capítulos finais. O ex-prefeito Marcos Alvim teve contas dos gastos com o HM julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Por isso, terá que devolver mais de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos e pagar multa à União. O desfecho do caso poderá, ainda, impedir que o ex-prefeito se candidate a cargos eletivos.

O TCU julgou, no dia 18/9, o processo relativo aos gastos de recursos federais na construção do HM. A tomada de contas instaurada pela União verificou diversas irregularidades na obra, concluindo ser ela imprestável para a finalidade de abrigar o Hospital Municipal.

Em consequência, o ex-prefeito Marcos Alvim e a empresa Cima Engenharia e Empreendimentos Ltda. tiveram suas contas julgadas irregulares. Com isso, terão de devolver aos cofres públicos a importância de R$ 1.323.199,89 (um milhão, trezentos e vinte e três mil, cento e noventa e nove reais e oitenta e nove centavos). O ex-prefeito e a empresa foram, ainda, condenados a pagar multa de R$ 30 mil à União.

Na decisão, foram relatadas diversas irregularidades graves na obra, algumas verdadeiramente inusitadas, tais como: a instalação de pontos de gases medicinais em paredes opostas às cabeceiras das camas ou atrás de portas e a ausência de tubulação de gás GLP necessária e essencial para alimentar o fogão industrial existente na cozinha do Hospital.

Dessa decisão ainda cabem recursos. Caso não consiga reverter esse entendimento do TCU, o ex-prefeito Marcos Alvim poderá ser alcançado pela Lei da Ficha Limpa, sendo impedido de concorrer a cargos eletivos.

Voltaremos ao assunto, listando todas as graves irregularidades verificadas na obra.

Clique aqui e leia a decisão do TCU na íntegra.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Família reclama falta de leito do SUS

Família reclama falta de leito do SUS, para mulher que precisa de cirurgia


Fonte: TV Vitoriosa

Pitaco do Blog
SUS Fácil? De fácil, só tem o enriquecimento de empresários que se aproveitam da falhas (propositais?) na saúde pública. Para se internar, mesmo em casos de urgência, é complicado. Fácil mandar o paciente de volta pra casa. Mais fácil ainda, como no caso da reportagem, é dizer ao paciente que o seu prontuário sumiu. Nem é preciso olhar nos olhos do paciente. Bichos na porta do matadouro não merecem piedade...

Raio-x estragado: paciente, de volta pra casa

Depois de esperar horas por Raio-X, paciente é avisada sobre aparelho estragado.
Fonte TV Vitoriosa.

Pitaco do Blog
São os problemas de sempre. O filme é repetido. A culpa é do raio-x. No governo passado, tivemos inúmeros problemas com os equipamentos de raio-x e mamografia. Virou até CLI na Câmara. Óbvio: terminou em pizza. No atual, ao que parece, o descaso continua. Mandam a paciente, que mora na zona rural (onde também não existe atendimento médico decente), voltar amanhã. Sugestão do blog: quando um político incompetente lhe pedir voto, mande ele voltar amanhã.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O que há por trás da Joaquim Barbosa?


     
A polêmica do momento na cidade foi a mudança no trânsito da Rua Joaquim Barbosa. Mão dupla? Sentido único rumo à 050? Estacionamento de um lá ou dos dois? A mais recente mudança causou tanta celeuma a ponto de o vereador Carlos Machado (PDT) ter convocado a realização de uma audiência pública na Câmara para tratar do assunto na próxima quinta-feira, 26.

Primeiramente, quero dizer que sou totalmente favorável à realização de audiências públicas. É democrático. Infelizmente, em Araguari não se realizam audiências públicas e, quando são realizadas, não aparecem representantes da sociedade para participar. 

De qualquer sorte, essas audiências devem ser feitas previamente a qualquer mudança que cause impacto social. Portanto, as alterações no trânsito, sobretudo de vias importantes, como a Joaquim Barbosa, além de estudos técnicos, deveriam ser precedidas de audiência pública. 

Vale lembrar que esses efeitos não incidem somente sobre os moradores e comerciantes estabelecidos em determinada rua, mas também sobre toda a comunidade (todos são potencialmente usuários). Contudo, em Araguari, algumas dessas mudanças parecem não ter razoabilidade alguma. Obviamente, também não foram submetidas à consulta popular prévia.

Mas, voltando ao tema, o que há por trás da Joaquim Barbosa? Vários fatores. Inclusive interesses econômicos. Notem que o grande defensor da mudança é o vereador e radialista Carlos Machado (PDT). Por extensão, a Rádio Onda Viva, onde vereador/radialista trabalha, embarcou na ideia, fazendo ampla divulgação da referida audiência pública. 

Nessa linha de raciocínio, pode-se concluir que, por trás da defesa apaixonada de mudanças no sentido da via, ao invés de interesses públicos, podem estar também (apenas?) interesses comerciais e pessoais. Se não, vejamos.

Não custa lembrar que a referida emissora é patrocinada por grandes empresários estabelecidos naquela rua. Obviamente, sentindo-se prejudicados com a mudança efetuada, eles estão, na verdade, defendendo seus interesses comerciais. 

Além disso, a emissora passou a veicular chamadas publicitárias da Câmara de Vereadores e/ou do Gabinete do referido vereador convocando a população para a tal audiência pública. Vejam bem: dinheiro da Câmara ou do Gabinete do vereador Carlos Machado patrocinam a Rádio Onda Viva e, por conseguinte, o programa do radialista Carlos Machado. 

Uma verdadeira confusão de interesses. Até mesmo por trás de um assunto de interesse público (trânsito), vê-se a defesa de interesses individuais e comerciais. O desejo de patrocinadores não poderia influenciar a linha editorial da emissora de rádio patrocinada. Isso é, no mínimo, antiético. Além disso, dinheiro público usado em publicidade pode ajudar a melhorar o faturamento de emissora de rádio ligada ao vice-prefeito, Werley Macedo, e, por tabela, a pagar os salários do radialista Carlos Machado.

O blog, como sempre, está aberto às manifestações da Câmara de Vereadores e das pessoas referidas na postagem. Entretanto, considera essencial que a Câmara cumpra a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei da Transparência, publicando, no seu site, de forma detalhada, os gastos daquela Casa e dos Gabinetes dos Vereadores, em especial com determinadas emissoras de rádio.

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