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Em 4 de janeiro, um "porta-voz" do governo informou que somente existiam 151 mil reais na conta bancária da Prefeitura. |
Em janeiro, um "porta-voz" do
governo Raul Belém informou, em uma rede social, que a gestão anterior havia deixado
apenas 151 mil reais na conta bancária da Prefeitura.
Agora, a ex-secretária de
Planejamento, Thereza Christina Griep, encaminhou ao blog um parecer
informando que o governo Marcos Coelho deixou uma disponibilidade de
caixa de R$ 26.349.689,23 (vinte e seis milhões
trezentos e quarenta e nove mil seiscentos e oitenta e nove reais e
vinte e três centavos).
A Matemática é a
ciência do “ser” e não a do “pode ser”, do “deve ser”... Os números são frios. Embora os conceitos de "conta bancária" e de "caixa" nem sempre se confundam, é possível se presumir que a maior parte dos recursos públicos estejam em contas bancárias. Guardar dinheiro público em gavetas ou cofres é exceção. Logo, diante de uma diferença tão grande entre os valores informados por um e outro governo, pode-se afirmar que pelo menos uma dessas duas informações esteja errada.
Esse questionamento pode parecer sem sentido. Mas, tem seus fundamentos. Primeiro, porque, dependendo da quantidade de recursos deixados no caixa, o ex-prefeito Marcos Coelho poderá ter violado a Lei de Responsabilidade Fiscal. É o que aconteceria se, por exemplo, esses recursos fossem insuficientes para pagar as obrigações assumidas nos últimos oito meses de mandato. Segundo, porque foi justamente essa alegada insuficiência de caixa que levou o governo atual a atrasar pagamentos de funcionários e fornecedores da Prefeitura.
Dessa forma, é preciso saber: onde está a verdade?