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quinta-feira, 29 de março de 2012

Resumo da Reunião "Técnica" entre o prefeito e os agentes de endemias

Os Agentes de Endemias foram convocados para uma reunião “técnica”, que ocorreu hoje a partir das 07h00min da manhã. Ao chegarmos no local, vimos de longe o prefeito e seu vice cumprimentando a todos. De técnica, a reunião não teve nada. Foi uma propaganda escancarada, puxada oralmente pelo Vice Juberson, Já que o prefeito não é bom no falar.
Começou com aquele “jornal” das supostas obras de Marcos Coelho. Enalteceu a construção de casas populares como se fosse de iniciativa exclusiva do governo municipal . Prometeu, lógico, nas entrelinhas, que mais casas populares seriam construídas. Garantiu ainda vestibular UFU ainda este ano, dizendo que já temos inclusive duas faculdades de Engenharia garantidas para a cidade.

Houve pedido de votos, não escancarado, mas, por exemplo, os contratados tiveram a permanência vinculada até 31 de janeiro, onde segundo Jubão e Marcão, será a data que eles podem garantir a permanência do pessoal que trabalha de contrato. Inclusive, Marcos Coelho sugeriu que, nas nossas visitas domiciliares, confirmássemos as obras do panfleto. Novamente enfatizando que poderiam garantir aos contratados que a permanência de seus contratos seria até 31 de dezembro, e que não sabiam o que aconteceria se outro gestor assumisse. Inclusive na saída do “evento (nem café da manhã serviram), assessores do Juberson, de nomes Vagner e Juninho Beregeno, encontravam-se na saída distribuindo os panfletos para os agentes. Entregando com dificuldades, pois muitos de nós recusamos a pegar.

Nessa comédia toda, onde promessas novamente foram feitas e votos pedidos, na única ocasião qem ue abriu a discussão para o serviço,  e onde poderíamos ter conseguido  melhoras significativas, fomos tristemente podados pela coordenadora, Melissa dos Reis. Ao ser questionado sobre a possibilidade de nós agentes voltarmos a cargo horária de 6 horas, o prefeito não soube responder e passou a palavra ao Juberson, que disse: “A coordenadora de vocês é a técnica responsável, ela que saberia dizer”.

A reposta da coordenadora foi áspera e sem toques de humanização do trabalho: "Vocês fizeram concurso para 8 horas e esse assunto não está em pauta.  Não vamos voltar as 6 horas”. É o tipo de pessoas que temos no comando do trabalho, insensíveis e sem compromisso com a classe de trabalhadores. E ainda pedem votos.

 Agentes de Endemias da cidade de Araguari

Pitaco do Blog
É impossível mudar o caráter de alguns políticos. Como diz um ditado latino, quem lava cabeça de burro velho desperdiça água e sabão. Logo, seria bom que o Ministério Público Eleitoral fiscalizasse, com maior rigor, a conduta de agentes públicos em periodo pré-eleitoral, em especial dos candidatos à reeleição.

Recado do Millôr Fernandes

Recado sempre atual do Millôr aos jornalistas e radialistas que vendem opinião:

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."
Millôr Fernandes (1924-2012)

quarta-feira, 28 de março de 2012

Fraudes na Saúde Pública: causa e efeito

Combate à Corrupção nas Prefeituras I

"Nenhum projeto de desenvolvimento prospera em um ambiente onde predomina a corrupção. As administrações se corrompem, e os cidadãos de bem se retiram, deixando a área livre para a atuação de quadrilhas. É o círculo vicioso se iniciando. Às vezes, é preciso uma crise de grandes proporções para quebrar o círculo vicioso e a cidadania imperar livremente."
Fonte: O Combate à Corrupção nas Prefeituras do Brasil, cartilha editada por Amigos Associados de Ribeirão Bonito (Amarribo).
Acesse o site da Amarribo, clicando aqui.

Campanha eleitoral extemporânea?

Numa rede social, circula a informação de que o prefeito, com seu staff, já iniciou a campanha eleitoral com vistas às reeleições.

Afirma-se que o grupo palaciano está se reunindo com servidores municipais, durante o expediente, no local de trabalho, para falar das "realizações do governo".

Ainda, de acordo com informações passadas por uma estagiária, o staff do prefeito estaria tentando "sensibilizar" os (estagiários) a votar na reeleição. Com isso, teriam os seus "empregos" garantidos num eventual segundo mandato.

Consta ainda que, na quinta-feira, o grupo do prefeito irá se reunir com os funcionários que trabalham no combate à dengue.

Será que o Ministério Público, que muitas vezes não consegue evitar abusos nas contratações de comissionados, temporários e estagiários, terá força suficiente para conter as irregularidades praticadas em época de campanha eleitoral? Fica a dúvida.

terça-feira, 27 de março de 2012

Banco ou Farmácia?

Dias atrás, o colunista das "Curtas" do Diário de Araguari noticiou que um candidato a vereador teria ido a uma agência bancária para saber quanto poderia obter de empréstimo a partir de 2013 com o salário de vereador. A informação é interessante. Mostra não somente uma certeza de eleição, mas também o tipo de preocupação que se passa pela cabeça de alguns pré-candidatos. Não convém sonhar com dias melhores na política araguarina. Para a maioria dos políticos, exercer o cargo de vereador, que nem deveria ser remunerado, virou uma profissão rentável. Isso para não falar na possibilidade de receber dinheiro de fontes ilícitas.
Se fosse uma pessoa séria, esse pré-candidato agiria de forma diversa. Em vez de se preocupar em contrair empréstimos lastreados no futuro e incerto salário, ele deveria ir a uma farmácia. Para quê? Para comprar todo o estoque disponível de Plasil e Dramin. Só assim conseguiria, se eleito, evitar náuseas e vômitos causados pela convivência com "raposas velhas" e "filhotes de coronéis", que estarão (continuarão) presentes na próxima legislatura.

Um Desabafo

Um Desabafo


 Wellington Colenghi*


    O mundo do trabalho vem sofrendo significativas metamorfoses nas últimas décadas, tanto no campo técnico, com a informatização, quanto no campo das relações interpessoais. As empresas cujos administradores têm uma visão sistêmica integrada ao empreendedorismo já percebem a algum tempo que o funcionário é o maior bem da empresa.

    As atuais práticas de Recursos Humanos tendem a valorizar cada vez mais o trabalhador, premiando e incentivando o talento individual. Em termos de globalização, o que está em voga é a capacidade de inovar. Qualquer organização que preze por resultados satisfatórios cuida de seu trabalhador. Cuidado que não se restringe ao ambiente físico, com implementações de técnicas e tecnologias, mas com atitudes que busquem o trabalhador para o centro do processo.

    A relação do indivíduo com o trabalho depende do bem estar físico e psíquico. Este fato não se aplica apenas ao ambiente de trabalho propriamente dito, mas também na ausência de sentido nas normas e regulamentos de uma empresa, que por vezes, leva a uma exposição da imagem do trabalhador. A motivação do indivíduo se dá prioritariamente pelo sentido de pertencimento à organização da qual ele faz parte.

    Entretanto, observa-se no serviço público, principalmente na Prefeitura Municipal de Araguari (realidade que conheço de perto), o avesso dessas iniciativas. Não há qualquer tipo de valorização do servidor municipal. Não notamos iniciativas que promovem o bem estar do trabalhador, ou tentativas de inseri-lo como parte da organização municipal.

    Certamente há um fosso enorme que separa o público do privado. Principalmente o fator político, que impera na partilha dos cargos, desprezando-se o lado técnico, que sempre fica em último plano. As coligações eleitorais exigem sua fatia no bolo e o conhecimento necessário à execução das tarefas é desconsiderado. A infantilização do tratamento do servidor é uma constante. Menosprezam a capacidade cognitiva do trabalhador de carreira.

    Nossos gestores públicos ignoram que o estabelecimento de vínculos é uma via de mão dupla e que envolve cooperação e valorização. O sentido de pertencimento é absorvido a partir das relações estabelecidas, o que, no caso do serviço público, é fundamental à qualidade do serviço prestado à comunidade. Todos os trabalhadores de uma empresa devem ser respeitados como atores responsáveis por todos os processos e pelo reconhecimento interno e externo produzido. Nota-se, pelos fatos analisados até aqui, que os gestores do serviço público municipal encontram-se uma vez mais na contramão do desenvolvimento.

     A falta de cuidado com o servidor - principalmente o de carreira - não é uma exclusividade do “Novo Modelo”,. Entretanto, além da falta de valorização e da escassez de benefícios, o governo do PMDB, conseguiu deteriorar ainda mais as relações de trabalho entre organização e servidor. Práticas desrespeitosas e truculentas parecem ser uma constante. Enquanto isso, a  proposta de revisão do plano de carreira do servidor, que deveria ser vista pela administração como fator motivacional, encontra-se parada. Dizem até que está parada por “Força Divina”.

    Entrementes, a Câmara Municipal não mostra interesse pela situação precária em que se encontra o servidor público. Exceção de um ou dois. Há inclusive quem diga, nos corredores da Câmara, que não recebe mais servidor, pois não agüenta mais o chororô da categoria. Esse quadriênio cujo fim se aproxima pode ser considerado o pior período do Legislativo Municipal. Uma Legislação onde o Povo não foi prioridade.

     Enquanto outubro não chega, e nem a “Enchente de São José”, resta ao servidor público aguardar os resultados do próximo pleito eleitoral. Em relação a mudanças, duvido que ocorram, independente do grupo que chegará ao poder. O servidor público é sempre o primeiro a ouvir: “Não podemos fazer nada por vocês, o último prefeito deixou um rombo enorme”. De quatro em quatro anos ouvimos essa frase. Sofremos duas vezes, como cidadãos e como trabalhadores não valorizados. E ainda ouvimos que se não estivermos satisfeitos, nós é que temos de sair.

* Funcionário público municipal.
 

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