![]() |
A reunião aconteceu na sede da Gerência Regional do Trabalho em Uberlândia |
Durante a fiscalização, foram constatados menores de 13 anos trabalhando nas lavouras, empregados sem carteira assinada, embalagens de agrotóxicos descartadas de maneira inadequada, além da ausência de material específico para o uso de agrotóxicos, como botina, luva e máscara de proteção.
Segundo o vereador Aladino, o MT fez algumas exigências, dentre elas, a construção de um refeitório, banheiros, água e copos individuais para os trabalhadores, bem como a formalização da contratação através da carteira de trabalho. Para ele, a fiscalização foi rígida e abusiva. “Os fiscais ofenderam alguns trabalhados que não tinham carteira assinada. Informamos isso ao gerente Reis. Pedimos um pouco mais de respeito,” salientou.
De acordo com o vereador, nem todos os trabalhadores preferem assinar a carteira, optando pelo serviço de diarista. Outro problema é a mudança constante no local de plantio, que inviabiliza a construção de refeitórios. “Queríamos uma flexibilidade com os produtores para que eles possam continuar trabalhando na área de plantio de tomate, pois da maneira que está sendo pedido é praticamente impossível,” completou.
Para o vereador Luiz Lopes, o Ministério do Trabalho tem influenciado as pessoas a deixarem de plantar. “Devido a essa rigidez, denúncias, e a lei que tende a ser paternalista, houve a diminuição do plantio dessa cultura nos municípios. Os produtores tentam se adequar o máximo possível, mas nem sempre conseguem cumprir com todas as exigências,” concluiu.
A fiscalização foi definida no último evento Grito da Terra Brasil (GTB), promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura em parceria com os sindicatos em maio. Os produtores que não se regularizarem estão sujeitos ao recebimento de multas.
Fonte: Gazeta do Triângulo, edição de 18/08/2011
Pitaco Revoltado do Blog
As normas de proteção ao trabalhador mudaram há tempos. Mas, parece que, para alguns coronéis araguarinos, inclusive o honestíssimo prefeito da cidade, a ficha ainda não caiu.
Esse é mais um dos episódios que envergonham a população araguarina. De quem seria a culpa? Dos fotógrafos? Dos neófitos? Dos blogueiros? Do Gazeta do Triângulo? Dos fiscais do trabalho? Ah, já sei! Os culpados são os próprios trabalhadores, que não querem ter a carteira assinada e amam trabalhar em condições penosas e insalubres.
Agora, o que mais me impressiona, além da conduta criminosa de quem ainda acredita que seus empregados são escravos, é a cara-de-pau desses políticos que foram ao Ministério do Trabalho defender aqueles produtores rurais que solenemente ignoram a lei e os direitos humanos. Pior: entre os "advogados" dos empregadores escravocratas, temos o senhor vice-prefeito, que ainda se diz professor do curso técnico de segurança do trabalho. É mole? Depois, ainda dizem que Araguari não é a terra da piada pronta.