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domingo, 6 de março de 2011

Chanceler do Japão renuncia por ter recebido doação ilegal

TÓQUIO, 6 Mar 2011 (AFP) -O ministro das Relações Exteriores do Japão, Seiji Maehara, pediu demissão neste domingo, depois de ter admitido que recebeu doações de uma estrangeira que mora há vários anos no país, uma infração à lei nipônica, informa a imprensa de Tóquio.

Maehara, 48 anos, pediu desculpas à população pela demissão em um escândalo de financiamento político, durante uma entrevista coletiva organizada em caráter de urgência neste domingo.
A demissão do chefe da diplomacia japonesa, uma das estrelas emergentes do Partido Democrata do Japão (PDJ), no poder, representa um duro golpe para o governo do primeiro-ministro Naoto Kan, que está em baixa nas pesquisas.
Maehara era um dos favoritos para suceder Kan no caso de renúncia do chefe de Governo.
Ele admitiu na sexta-feira ter recebido uma doação de 50.000 ienes (600 dólares) de uma sul-coreana que mora há vários anos no Japão e é dona de um restaurante em Kioto.
O ministro afirmou que não sabia que a mulher, que conhece desde a infância, fazia doações, mas a oposição conservadora exigia a demissão por Maehara ter violado a lei que proíbe um alto funcionário do governo de receber recursos de um estrangeiro.
Fonte: Uol

Pitaco do Blog
Zapon muito palecido com o Blasil, né?

sábado, 5 de março de 2011

Sindicato e identidade

Na contramão do provincianismo coronelístico, servidores públicos arranharam a imagem dos poderosos, que jamais tiveram sua vaidade contestada. Fizeram História no último dia 3, protestando pacificamente, por melhoria nas condições de trabalho, respeito e aumento salarial. Reivindicação justa feita com um protesto organizado e ordeiro como manda nosso Estado DEMOCRÁTICO de Direito.“Foi uma honra participar, lavar a alma, mostrando a toda população araguarina, nossa indignação, contra o” Novo Modelo Facista”.
Nossa economia, sempre fechada, baseada na agricultura, e via de regra, dificultando empreendedores de fora, evitou que o trabalhador criasse uma mentalidade, uma consciência de classe, o que torna nossa comunidade anacrônica em meio às atuais relações de trabalho. A conjuntura socioeconômica e cultural de nosso município criou para o trabalhador o “mito” de que o patrão é quem deve direcionar os rumos, as melhorias e as condições de trabalho. Transferiu a responsabilidade para o patrão, “docilizando” o operário.
Tal conjuntura criou sindicatos fracos e vinculados ao patrão, como é o caso do SINTESPA, que muito depende da boa vontade do empregador. Apesar de estar engatinhando ainda, que seja pela própria motivação do servidor, em termos de ação, percebemos algumas melhoras. Sim, a manifestação foi condicionada pelos servidores insatisfeitos, talvez mais que pela vontade do SINTESPA, mas seria contraditório dizer que o sindicato não faz nada, já que nós somos o Sindicato. Ainda na contramão dos movimentos sociais é contraditório manter um sindicato que depende do patrão. A diretoria deveria rever essa condição, talvez aumentando a contribuição sindical, o que certamente não agradaria, mas poderia ser posto em análise.
Voltando ao trabalhador que é o mais prejudicado nas relações de trabalho, não devemos lhe imputar totalmente a culpa da inércia em relação à sua condição de explorado. O Modo de Produção Capitalista revestiu-se de alegorias que visam amenizar e mascarar as relações de trabalho. A Psicologia do Trabalho e alguns assistencialismos vulgares impedem que o proletário se insira na condição de explorado. Cria-se panoptismos, em que o discurso discretamente leva um trabalhador a vigiar outro, facilitando assim, uma secção que individualiza o trabalho e falsamente faz o trabalhador sentir-se independente das relações daquele ambiente. Seu sucesso, sua promoção, dependerá dele mesmo. Dividir para conquistar, sutilmente e em pequenas dosagens contínuas.
Partindo destas premissas, creio que o maior problema dos sindicalistas - claro, daqueles que queiram fazer mudanças - é inserir no trabalhador o sentimento de construtor de sua própria História, de sujeito ativo e pertencente a um organismo do qual ele é parte fundamental e agente transformador. Tocar na ferida e fazer entender que seja médico ou serviços gerais, se recebe salário, é proletário e encontra-se na situação de explorado. Alguns vão torcer o nariz, devido à elitização de algumas profissões, e no caso de um sindicato, como o SINTESPA, que abrange várias carreiras, é tarefa árdua, não direi impossível, afinal até semana passada era impossível mobilizar 500 servidores.
Não tenho a pretensão de achar que o trabalhador brasileiro chegue ao nível intelectual do operário francês, por exemplo, que tem na sua estante pelo menos um livro de Sartre. Há uma distância cultural muito grande, e já teríamos de entrar na questão do ensino brasileiro. Tenho a singela pretensão de fazer os atuais e futuros sindicalistas de nossa comunidade entenderem a complexidade das relações de trabalho, as quais se complicam ainda mais com sindicatos de servidores públicos que já envolvem a política. Mas sabemos também que o ser humano é um ser político; portanto, desvincular política do ser humano é quase tentar extinguir a existência do Homo Sapiens.
O primeiro passo é criar uma identidade própria, arraigar-se como sindicato sem assistencialismo ou paternalismo e fazer o mesmo com o servidor. Creio, senhores e senhoras, atuais e futuros sindicalistas, que a semente foi lançada, resta aos senhores e senhoras saberem cultivar. Porém, cultivar para todos e saber repartir a colheita.
Estamos fazendo História! Estamos acordando! Viva o trabalhador, viva o Servidor Municipal de Araguari!

“A necessidade de uma história mais abrangente e totalizante nasce do fato de que o homem se sente como um ser cuja complexidade em sua maneira de sentir, pensar e agir, não pode reduzir-se a um pálido reflexo de jogos de poder, ou de maneiras de sentir, pensar e agir dos poderosos do momento.” (Peter Burke)
Wellington Colenghi
Servidor que certamente receberá advertência por ter participado da paralisação do último dia 3.

Justiça decreta prisão de supervisor regional do Dnit em Uberlândia

Supervisor informou que não foi comunicado oficialmente.


Ele descumpriu determinação de instalar redutores de velocidade.A Justiça Federal decretou a prisão preventiva do supervisor regional do Departamento Nacional de Infraestrutura do Trânsito (Dnit) em Uberlândia, João Andrea Molinero Júnior. Ele descumpriu uma determinação judicial que atendia a um pedido do Ministério Público Federal e não instalou redutores de velocidade na BR-050, entre Uberlândia e Araguari, no Triângulo Mineiro.

A Justiça tinha dado prazo de 90 dias para que o Dnit instalasse dois radares eletrônicos na rodovia, entre os quilômetros 53 e 57. De acordo com o procurador da República Frederico Pellucci, o prazo venceu no dia 22 de fevereiro. “Já tem 90 dias que ele não cumpre uma ordem judicial e, por essa desobediência, foi feito o pedido. Desde o início do ano, mais de 10 pessoas já morreram num trecho de quatro quilômetros”, disse o procurador ao G1.
O procurador disse ainda que pediu nessa sexta-feira (4) o afastamento imediato do supervisor do Dnit. Por telefone, João Andrea Molinero Júnior informou apenas que não foi comunicado oficialmente sobre o pedido de prisão e não quis comentar o assunto.
Sobre a instalação dos radares, a assessoria de imprensa do Dnit informou que o consórcio que administra a rodovia já está trabalhando na instalação dos equipamentos. Até que os radares estejam em funcionamento, a multa é de R$ 10 mil reais por dia.

Fonte: G1
 
Pitaco do Blog
Se estivéssemos num país sério, o mais novo cidadão araguarino iria ver o sol nascer quadrado por alguns dias. Isso, convenhamos, ainda é pouco pelo mal que a omissão do DNIT causou às vítimas e aos parentes de vítimas da BR-050.
Mais um detalhe. O caráter do mais novo cidadão araguarino é muito semelhante à da maioria dos vereadores que lhe outorgaram esse título de cidadania. Na verdade, ao conceder indevidamente essa honraria a quem não merece, os senhores vereadores deram um tapa na cara dos araguarinos usuários da BR-050.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Cachimbo da Paz

A imperdível coluna Drops, do Ronaldo César Borges, traz a seguinte nota:
CACHIMBO DA PAZ
Prefeito Marcos Coelho e Wellington Salgado fumam o cachimbo da paz. Depois de uma verdadeira guerra contra o ex-aliado, Salgado finalmente resolve abrir um canal de conversação com o prefeito. Tudo motivado dos resultados das últimas eleições na cidade. Salgado teria afirmado a algumas pessoas de seu círculo que não houve empenho do prefeito e nem do vice na sua campanha. Na verdade, a bronca maior de Salgado teria sido motivada por alguns figurantes da política local que teriam a função de arregimentar votos, recebendo para isso aporte financeiro para um bom trabalho de marketing, fato que não resultou em votos para o ex-senador. Pelo visto, Salgado volta a dialogar, mesmo recebendo as primeiras ações judiciais e pedidos de indenização, feitas no período de bombardeios jornalísticos dos canhões da Rádio Araguari ao Palácio dos Ferroviários. Melhor para Marcão que espera um período de calmaria e poder governar sem oposição da mais poderosa emissora local.
Pitaco do Blog
Política não é uma questão de ideologia, mas sim de mera conveniência. Muda-se de lado com a mesma facilidade com que se troca de roupa. 
E o eleitor? Ele que se lixe! Que faça malabarismos mentais na vã tentativa de entender quem está falando a verdade (se é que tem alguém que faça uso dela).
De qualquer forma, no caso, será engraçado ver Marcão e Salgado subindo, juntos, ao altar em 2012...

Observações

Particularmente, procuro privilegiar a democracia e a amplitude dos debates. Contudo, em certos casos fica difícil manter essa postura. Por exemplo, é muito difícil rebater certos comentários (que podem descambar para violações da honra) se não sabemos quem está do outro lado. Outro exemplo: comentários contendo palavras de baixo calão.
Como não estamos no Observatório Erótico ou no Big Brother, exclui alguns comentários da visitante autodenominada Mirian. Deixei aqueles que, embora fugindo um pouco do tema das postagens, não descambaram para o âmbito pornográfico.
Infelizmente, se essa "faxina" não der resultado, vou ter que me socorrer da moderação, que considero uma medida extrema.
Feliz Carnaval a todos!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Fotos da Paralisação

Cerca de 500 funcionários públicos municipais participaram da manifestação realizada hoje pela manhã em frente ao Palácio dos Ferroviários. Eles reivindicam melhorias de salários e de condições de trabalho.
Vejam fotos legendadas da manifestação enviadas pelo arquiteto e blogueiro Alessandre Humberto de Campos.

 Funcionários em frente ao Palácio dos Ferroviários orando o "Pai Nosso"

Funcionários aguardando o Prefeito, mas ele não apareceu.


Retrato da Mãe de Família, cansada de promessas


 Momento em que os funcionários saem da Frente do Palácio e vão para o SINTESPA


Funcionários na luta

Da coluna Em Foco, do Correio de Araguari, edição de hoje, 03.

AUMENTO SALARIAL


Todos têm direito de reivindicar aumentos salariais. Fazê-lo com sucesso requer boa estratégia. Os servidores municipais não estão se guiando bem ao buscar apoio de um ou dois vereadores mais ligados ao Sintespa, pois, ao final, vão precisar dos votos da maioria. A rigor, como fazem, correm o risco de acabar apoiando mais do que sendo apoiados, a par de se afastarem da maioria dos vereadores. Tem gente sendo usada.


Pitaco do Blog
Serem "usados" por um ou outro grupo político é um risco que os servidores acabam correndo. Afinal, políticos de situação ou de oposição são muito parecidos. Em outras palavras, não são santos e querem faturar politicamente em cima dessa demanda dos servidores.
Agora, isso não é motivo para se deixar de lutar. Claro, é preciso distinguir, criteriosamente, quem está efetivamente alinhado com os interesses dos servidores e quem está apenas interessado em colher os louros de uma eventual vitória.
Nesses momentos, é preciso muita inteligência e ponderação por parte dos representantes dos funcionários (que não se confundem necessariamene com os representantes sindicais). É preciso que a persistência seja aliada da capacidade de negociar. Sobretudo, é preciso traduzir a vontade da maioria dos funcionários durante essa negociação.
Boa sorte aos funcionários! Oxalá o novo modelo de administração reconheça o seu erro e o de outras administrações, corrigindo distorções salariais e melhorando as condições de trabalho do funcionalismo. Não há serviço público de qualidade sem servidores motivados.

Postagem em destaque

Enterro da PEC da Blindagem