Na sessão de ontem da Câmara, a vereadora Eunice Mendes usou a tribuna para citar as denúncias de irregularidades por ela encaminhadas aos órgãos de controle. É assustador o número de denúncias enviadas ao Ministério Público (MPMG) e ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG). Mais preocupante do que a quantidade de questionamentos é o fato de o prefeito e outros agentes públicos ainda não estarem respondendo a processos criminais e de improbidade administrativa. Traduzindo: as diversas denúncias, algumas remontando ao início de 2013, ainda não se traduziram em atos efetivos de responsabilização. Não estou dizendo que eles sejam culpados. Espero apenas que sejam devidamente investigados. A certeza da punição é o mínimo que se espera de um país dito republicano e democrático, onde a lei deveria valer para todos. Caso contrário, a sensação de impunidade continuará crescendo e sufocando a sociedade. Agentes públicos avaliam o custo/benefício dos seus atos. A certeza de que não sofrerão consequências de suas condutas fomenta a prática de irregularidades. A morosidade na apuração dos fatos alimenta a impunidade. Praticar irregularidades não pode continuar valendo a pena. É preciso que o MPMG e o TCEMG deem respostas mais efetivas à sociedade.
Rádio Viola - Araguari-MG - 100% caipira!
quarta-feira, 6 de maio de 2015
TCE aplica R$ 480 mil em multas a ex-gestores de Juiz de Fora
A Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), na sessão de 28.4, aplicou multa no valor total de R$ 240 mil ao ex-prefeito de Juiz de Fora (2005-2009), Alberto Bejani, e de R$ 241,5 mil a outros ordenadores de despesa do município à época por irregularidades encontradas em inspeção realizada no município. O órgão acolheu, na ocasião, o voto do conselheiro substituto Hamilton Coelho (foto acima).
O TCEMG verificou irregularidades na contratação de prestação de serviços e aquisição de bens. Por isso, deliberou pela aplicação de multa no “montante de R$ 240.000 mil ao ex-prefeito de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani, R$ 105,5 mil à Secretária Municipal de Educação, Maria Aparecida Soares, R$ 105,5 mil à Secretária Municipal de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental, Maria Aparecida Soares, R$ 15,3 mil ao Secretário Municipal de Planejamento e Gestão Estratégica, José Maurício Gomes, e R$ 15,2 mil ao Secretário Municipal de Política Social, Rogério Ghedin Servidei.”.
segunda-feira, 4 de maio de 2015
Juros da dívida consomem 12 bolsas-família
Alguns brasileiros reclamam do dinheiro público gasto com o bolsa-família, mas nem se preocupam com o que o Brasil paga a título de juros da dívida pública. Nos últimos 12 meses, enquanto os beneficiários do programa social receberam R$ 27,1 bilhões dos cofres públicos, os credores abocanharam R$ 334,6 bilhões, ou seja 12 vezes o bolsa-família.
Os gastos com juros mostram-se também desproporcionais quando comparados com os investimentos (R$ 56,4 bi) ou com os gastos na área social: seguro-desemprego (R$ 54,4 bi), benefícios de assistência social a idosos e deficientes (R$ 40,1 bi), Minha Casa, Minha Vida (15,8 bi). É também por esses motivos que parte da infraestrutura do país está sucateada e as desigualdades sociais ainda persistem.
Detalhe: sobre o valor da dívida pública brasileira pairam suspeitas. Ela nunca foi auditada. Não se sabe ao certo se o que se paga é legal e justo. Mas, pagamos cada vez mais juros sem reclamar. Claro, o sistema financeiro agradece.
Detalhe: sobre o valor da dívida pública brasileira pairam suspeitas. Ela nunca foi auditada. Não se sabe ao certo se o que se paga é legal e justo. Mas, pagamos cada vez mais juros sem reclamar. Claro, o sistema financeiro agradece.
Os dados sobre o aumento do gastos com os juros da dívida foram extraídos da folha de S. Paulo (clique aqui).
Escritório de advocacia contratado pela Prefeitura está sendo investigado em outras cidades
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| Publicação no Diário Oficial do MP de 5 inquéritos abertos questionando a contratação de escritório de advocacia que prestou serviços à Prefeitura de Araguari sem licitação. |
A Prefeitura contratou, pelo menos*, nos anos de 2013 e 2014 a sociedade Ribeiro e Silva Advogados Associados. O escritório contratado tem como sócio o deputado estadual Arnaldo Silva. Ambos os ajustes foram feitos sem licitação. Sobre eles pairam diversas suspeitas de irregularidades apontadas no blog (veja nos links abaixo). Especificamente, o primeiro contrato é objeto de investigação pelo Ministério Público de Minas Gerais (clique aqui). Mas, as suspeitas em relação à contratação desse escritório por municípios mineiros não se resumem a Araguari.
Já existem, que eu saiba, duas ações judiciais por possíveis irregularidades envolvendo a contratação do escritório. Uma contra o prefeito de Buritizeiro-MG (clique aqui). Outra que tem como um dos réus o prefeito de Passos-MG (clique aqui). Além disso, em outras três cidades mineiras, a sociedade de advogados é alvo de inquérito civil a cargo do Ministério Público pelos mesmos motivos. São cinco inquéritos: dois em Fronteira, dois em Planura e um em Frutal (clique aqui).
* Em Araguari, existe, pelo menos, uma contratação durante o governo Marcos Alvim sobre a qual ainda busco maiores informações.
* Em Araguari, existe, pelo menos, uma contratação durante o governo Marcos Alvim sobre a qual ainda busco maiores informações.
Clique nos links abaixo e acesse outros posts sobre o assunto:
domingo, 3 de maio de 2015
sábado, 2 de maio de 2015
Justiça bloqueia bens de prefeito e suspende contrato com escritório de advocacia
Empresa contratada pelo município para realizar assessoria e consultoria jurídica é a mesma que presta serviços particulares ao prefeito. Justiça determinou bloqueio de bens dos envolvidos
O prefeito de Passos, Ataíde Vilela (PSDB), o procurador-geral do município e o responsável pelo escritório Ribeiro e Silva Advogados Associados, também contratado pela Prefeitura de Araguari, tiveram os bens bloqueados pela Justiça, até o valor de R$ 1.080.000 (depósitos, aplicações financeiras, veículos e imóveis), nessa terça-feira, 28. O pedido partiu do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que propôs uma Ação Civil Pública (ACP) por ato de improbidade administrativa contra os envolvidos.
Segundo as investigações, em 2013, o prefeito teria contratado o escritório de advocacia para prestar serviços de assessoria e consultoria jurídica ao município. Isso teria ocorrido sem licitação, sem pesquisa de mercado e ao custo de R$ 240 mil por ano. O contrato ainda teria sido aditivado por duas vezes, prorrogando o prazo do vínculo para 31 de dezembro deste ano.
Ainda segundo a ação, a contratação não se deu para a execução de serviço específico, mas para a realização de trabalhos, em termos gerais, da competência da Procuradoria do Município, que possui quadro de pessoal próprio, remunerado com recursos públicos.
De acordo com a ACP, a contratação dos serviços de assessoria e consultoria jurídica, da forma como foi realizada, violou o princípio da impessoalidade e se deu com desvio de finalidade, pois o referido escritório é o responsável pela defesa pessoal do prefeito em diversas ACPs por atos de improbidade administrativa e ações penais. As investigações apontam que a contratação se deu para, de forma escamoteada, remunerar paralelamente ao menos parte dos serviços advocatícios particulares prestados ao prefeito.
Além do bloqueio de bens, a Justiça determinou também a imediata suspensão do segundo aditivo do contrato celebrado entre a Prefeitura Municipal de Passos e o escritório de advocacia, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
O MPMG também solicitou à Justiça o afastamento cautelar do prefeito. Porém, a princípio, a medida não será acatada, ao menos nessa fase, o que poderá, contudo, ser revisto, acaso se mostre necessário.
Clique nos links abaixo e veja alguns posts sobre contratações suspeitas do mesmo escritório de advocacia pela Prefeitura de Araguari:
Pode isso, Arnaldo?
Em vez de abrir concurso, Prefeitura contrata advogados terceirizados
Estranhas contratações de escritórios de advocacia
Clique nos links abaixo e veja alguns posts sobre contratações suspeitas do mesmo escritório de advocacia pela Prefeitura de Araguari:
Pode isso, Arnaldo?
Em vez de abrir concurso, Prefeitura contrata advogados terceirizados
Estranhas contratações de escritórios de advocacia
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Pátria educadora ou espancadora?!
Professores insanos esses paranaenses! Onde já se viu enfiar a mão ou a perna na boca de pitbulls açulados por policiais? Qual a lógica de se bater a cabeça contra cassetetes ou de esfregar o nariz e os olhos em granadas de gás lacrimogênio? São mesmo uns alucinados! Mais insanos do que eles somente aquelas pessoas que, por conveniência política, defendem a ação violenta de policiais. Devem ser justamente essas pessoas que estão enviando verdadeiros bandidos para as escolas na esperança de que os professores possam corrigir o caráter de quem não recebeu educação e bons exemplos em casa. Deveriam mandá-los, desde logo, para serem educados por maus policiais. Por que não receitam aos filhos o mesmo remédio dado aos professores? Enquanto os governantes e a sociedade não entenderem que, depois da família, os professores são as pessoas mais importantes em nossas vidas, o Brasil continuará relegado ao atraso e às injustiças sociais. Continuaremos sendo, eternamente, o país do futuro que nunca chegará.
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