Rádio Viola - Araguari-MG - 100% caipira!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A CLI da Caçamba e o cheiro de pizza




É impressão minha ou a Comissão Legislativa de Inquérito (CLI) da Caçamba vai nascer morta? Tenho sentido, nos últimos dias, um forte cheiro de pizza no ar. Exemplos?

Ontem, em entrevista à Rádio Onda Viva, o prefeito, Raul Belém, afirmou, com a ênfase própria dos bravateiros, que as irregularidades denunciadas pelo Juliano dos Reis (Disk Caçamba) caracterizam-se como um "café requentado". Demonstrou, com isso, a firme certa convicção de que nada irá acontecer.

Hoje, o colunista Adriano Souza (Gazeta do Triângulo) trouxe mais um motivo para se acreditar na pizza. Demonstrando a "cautela" (eu diria outra coisa) dos vereadores, ele afirmou: "Conversando com a maioria dos vereadores sobre seus posicionamentos em relação à abertura de processo para investigar as denúncias, é visível que boa parte tem ‘o pé atrás’ devido à falta de provas dos atos denunciados na tribuna pelo empreiteiro, incluindo a inexistência documental de ordem de serviço."

Mais um motivo? Ontem, em entrevista à Rádio Onda Viva, talvez movido pela mesma "cautela cívica", o vereador Levi Siqueira (PMDB), que vem se tornando um espécie de guru jurídico defensor de medidas absurdas adotadas pelo Executivo, teve o desplante de dizer que, para se abrir uma CLI, são necessárias "provas robustas" da ocorrência de irregularidades. Na verdade, ao se valer dessa "pérola jurídica", o vereador está sinalizando que, para investigar os atos do Executivo, são necessárias as mesmas provas cabais exigíveis para se colocar alguém na cadeia. A afirmação é absurda, na medida em que, para se instaurar uma CLI, bastam indícios de irregularidades, de atos de improbidade ou crime. Fico aqui a imaginar: como é que o vereador quer provas robustas (documentais?!) de uma prestação de serviços sem cobertura contratual? Ora, como o próprio nome diz, não existem contratos. Não existem notas de empenho. Sequer devem existir ordens de serviço por escrito. Entretanto, ao que se sabe, existem fotografias mostrando que serviços foram realizados. É algo parecido com o que ocorreu na festa da posse. Se o diligente vereador solicitar ao prefeito cópias dos contratos de prestação de serviços realizados durante aquele evento, não irá receber documento algum. Por quê? Porque os gastos com a festa da posse, da qual o vereador participou, foram feitos sem cobertura contratual, ou seja, de forma ilegal. Será que o nobre edil irá negar a existência de um evento do qual ele mesmo participou? Será que aquelas duas arquibancadas, dois telões e os palcos onde se apresentaram artistas locais, visíveis aos olhos de todos, não são provas robustas de que serviços foram prestados à Prefeitura?

O último motivo. Ontem, ao dar entrevista à Rádio Planalto, o senhor Rogério Fernal, juiz aposentado, parabenizou o prefeito por ter dito que os vereadores que assinarem a proposta de abertura da CLI terão os cargos em comissão, por eles indicados para o Executivo, exonerados no dia seguinte. Com isso, o ilustre jurista acabou defendendo uma suja troca de favores. Reconheceu que, para governar e, mesmo, para barrar investigações, o prefeito pode lotear a Prefeitura entre os apaniguados dos vereadores aliados. Além de defender a morte precoce da CLI, essa manifestação, por ser oriunda de um dos poucos políticos considerados confiáveis por parte da população, mostra o baixíssimo nível da política araguarina. Um ex-juiz defendendo o toma lá dá cá e a não realização de investigação pelo Legislativo é o fim da picada.

Como se vê, a massa já está preparada e o forno aquecido. Existem sinais claros de que mais uma investigação será sepultada pela quase inútil Câmara de Vereadores. Se isso se confirmar, restará ao cidadão comum a certeza cada vez mais forte de que, se depender da fiscalização feita pelo Legislativo, a gestão pública em Araguari continuará chafurdando no fedorento pântano da imoralidade e da ilegalidade. 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Prefeitura: uma caçamba cheia de suspeitas



Ouvi parte do depoimento do empresário Juliano ( Disk Caçamba) na Câmara. As acusações contra integrantes do governo são graves. Ele alega que prestou serviços de cascalhamento de vias públicas, limpeza de terrenos e outros sem ter sido formalmente contratado e sem o devido pagamento. Afirmou, ainda, que a pouca quantia recebida foi paga em espécie, suspeitando de que parte dos recursos tenham sido embolsada por agentes públicos. Mencionou nomes.

Claro, todas as pessoas mencionadas terão o direito de se defender (se é que a provável Comissão Legislativa de Inquérito (CLI) e o Ministério Público (MP) irão realmente investigar esses fatos). Contudo, pelos detalhes trazidos pelo empresário e pelo histórico nada abonador da atual gestão, a maior parte dos fatos narrados tem grandes chances de ser verdadeira. 

As práticas relatadas em seu depoimento correspondem exatamente ao que ocorreu na Prefeitura em outras ocasiões. Execução de serviços sem cobertura contratual, por exemplo, ocorreu na festa da posse do prefeito Raul Belém e na "prestação de serviços" feita pelo advogado Tomaz Chayb no período de abril a setembro de 2013. Não se trata de novidade, portanto. Da mesma forma, o pagamento feito "por baixo dos panos". Nas escutas da Operação Tarja Preta, fica bem claro que agentes públicos falavam do pagamento ao advogado Chayb (normalmente, a forma desse pagamento era discutida via Skype). 

Esse tipo de prática, ao que parece, comum na Prefeitura de Araguari, caracteriza a famosa "química contratual". Paga-se uma quantia a uma determinada empresa, contratada regularmente, sem ela prestar serviços ou fornecer produtos ao órgão público. Daí, o empresário repassa o dinheiro ou parte dele para os agentes públicos supostamente pagarem outro fornecedor que tenha prestado serviços sem contrato. Como se vê, não há controle algum sobre valores e destinação do dinheiro. O dinheiro público entra numa espécie de "caixa dois". Num limbo contábil. Os agentes públicos tanto podem pagar algum fornecedor quanto podem embolsar os valores (corrupção). 

Descobrir a origem e o real fim desses recursos não será fácil. O empresário disse que não recebeu. A CLI (a Câmara) não tem condições técnicas de investigar os contratos de onde poderiam ter saído esses recursos. No máximo, se tiver um pouco de vontade de trabalhar, poderá quebrar ou pedir a quebra de alguns sigilos para achar o rastro de parte dos valores. Se eu pudesse arriscar um palpite, diria que a CLI será instaurada, mas, no final, não irá chegar a lugar algum. No máximo, irá causar novo desgaste político ao péssimo prefeito, Raul Belém, e a fritura de um ou outro lambari. Mas, o cheiro deixado no ar, como sempre, será o de pizza.

Caçamba!


domingo, 18 de janeiro de 2015

Novo sorteio: apostila Banco do Brasil


Mais uma apostila inteiramente "de grátis". Desta vez, visando ao concurso do Banco do Brasil. O sorteio seguirá os mesmos padrões. Será de acordo com o resultado da Loteria Federal, extração do dia 14 de fevereiro. Inscrições até as 18 horas desse dia. Inscrições por meio de comentários neste post ou no Facebook, bem como via e-mail: marcos@observatoriodearaguari.com.

Aceito sugestões de apostilas para os próximos sorteios mensais.

Boa sorte! 

Atualizado às 02h40 do dia 7 de fevereiro para adiar a data do sorteio para 14 de fevereiro. 

Apostila da UFU: saiu a ganhadora!


Conforme combinado (clique aqui), realizamos ontem o sorteio de uma apostila para o concurso de Assistente de Educação da Universidade Federal de Uberlândia. 

A ganhadora foi Amanda Soares, que concorreu, entre outros, com número 04, correspondente à dezena sorteada (29.704) no primeiro prêmio da Loteria Federal ontem (clique aqui).

sábado, 17 de janeiro de 2015

Lixão na saída do Capim Branco é persistente



Fonte: Linha Dura, TV Vitoriosa.



Pitaco do blog
Diversas reportagens já foram feitas no local. Aqui no blog mesmo temos algumas postagens sobre o "Lixão do Capim Branco". Apesar disso, indivíduos sujões, contando com a omissão do poder público, continuam dando vida ao lixão.  Não era pra ser assim. Os recursos públicos deveriam ser aplicados para educar e, se for o caso, punir os sujões, evitando o descarte irregular de materiais nesse e em outros locais. Contudo, em Araguari, pretender que a Prefeitura cumpra regularmente as suas obrigações é como fazer careta pro trem de ferro.

Veja mais sobre o assunto:

Lixão do Capim Branco continua incomodando

Lixão na saída para o Capim Branco continua sendo alvo de reclamações

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Desperdício de água pela SAE



Fonte: Linha Dura, TV Vitoriosa.



Pitaco do blog

A água é um bem cada vez mais valioso. Porém, o mesmo governo que aumenta o seu preço e exige o fim do desperdício não dá o exemplo. Esse é um tipo de problema que deveria ser solucionado com urgência pela Superintendência de Água e Esgoto (SAE). Entretanto, o que se vê, como reportado, é a demora em atender aos reclamos do cidadão que denunciou o desperdício.

Postagem em destaque

Enterro da PEC da Blindagem