Sex, 21 de Janeiro de 2011 00:00
Depois de o município ter notificado, há cerca de oito meses, alguns moradores do bairro Gutierrez que se apropriaram de determinadas áreas no setor e ainda com o período chuvoso e o momento propício para o crescimento de mato, a situação novamente é motivo de revolta e descontentamento por parte da comunidade.
A apropriação foi feita há décadas pelos primeiros habitantes que ali cultivavam árvores frutíferas, flores e plantas das mais variadas espécies. A limpeza, cuidado e manutenção sempre foram feitas por seus moradores e nunca, desde então, havia sido reclamada pela prefeitura, até que uma notificação do atual governo considerou a atitude invasiva e determinou a desapropriação imediata, com a prerrogativa de que a administração municipal teria responsabilidade sobre o local e dele cuidaria.
Nossa equipe de reportagem foi acionada e pode constatar a veracidade dos fatos. A manutenção e higiene dos canteiros e terrenos de posse do município, que segundo relatos dos moradores, foi um compromisso do prefeito e seu secretariado de fato é uma inverdade.
A prefeitura alegou que nessas áreas retomadas pelo município seriam construídas pequenas praças |
Segundo ela os problemas não param por aí. Além de tudo, a proliferação de animais como caramujos, ratazanas e baratas contribui para o contágio de doenças, inclusive de crianças e idosos que normalmente tem imunidade mais baixa.
Outro morador, Marcelo Damião de Sousa, que vive naquela região há quase 30 anos, disse que a situação é mesmo calamitosa. “Os terrenos estavam cercados, arrumados. Aí vieram com a notificação para retirarmos as lajes, as cercas e desde então estamos vivendo no meio do mato. Aqui para mim não é bairro mais, é fazenda. E não tem adiantado chamar as autoridades. Eles não vêm e nem tomam providências. Onde vamos chegar? Porque fazemos nossa obrigação que é pagar impostos, mas, nada tem adiantado”, destacou ele.
Na última quarta-feira, dia 19, alguns trabalhadores, a mando da prefeitura, começaram a cortar parte do mato que cresceu nos canteiros centrais da área, mas a informação de que a limpeza apenas seria feita na avenida causou mais indignação aos moradores. “Essa área que hoje é considerada verde, era cercada e mantida por mim limpa e arrumada. Eles vieram e derrubaram tudo, até árvores frutíferas e agora estamos no meio do mato. Este serviço que a prefeitura está fazendo não vai resolver. É preciso mandar uma patrol para limpar mesmo. Estamos nos sentindo abandonados porque pagamos todas as taxas: água, esgoto, IPTU para não ter nada. Limpam apenas a avenida, e as ruas laterais são mantidas pelos moradores. Isso é menosprezar a nossa inteligência, é um abuso de autoridade”, desabafou Lúcia Helena.
Clique aqui e leia o restante da reportagem da Gazeta do Triângulo.
Pitaco do blog
Este é o novo modelo de administração. Tirou uma outrora bem cuidada área verde das mãos dos moradores para ali instalar um matagal municipal.
E eu que pensei que incompetência tinha limite...
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2 comentários:
Quando achamos que mais nada surpreende nesse governo, cai outra bomba,eu como profissional do controle da dengue ressalvo o perigo para proliferação do mosquito, pois com este mato as pessoas jogam lixo e o problema tá feito. Agora pergunto como posso orientar que o morador cuide de seu quintal quando a prefeitura não cuida do que é seu.
Só responde uma coisa,qual o naipe do chefe do executivo? O resultado não é assustador quando sem tem um troglodita a frente dos assuntos de interesse público.
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