Juiz José Eduardo Vilar Filho |
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia manifestou apoio “incondicional” ao juiz de Fortaleza, José Eduardo Vilar Filho, que proibiu o Poder Público de gastar em festas e publicidade, enquanto não for reduzida a fila de 2.400 pacientes incapacitados ou deficientes que esperam uma prótese reabilitadora ou outra cirurgia que os recupere. “O Ceará conta com um número mais que suficiente de ortopedistas plenamente capacitados a resolver o problema desses pacientes”, garante o presidente da SBOT, Cláudio Santili. Segundo ele, a limitação do número de operações é devido a falta de investimento do Poder Público. O juiz afirma que só no ano passado o Ceará gastou 113 milhões de reais em comunicação social, enquanto a Prefeitura investiu 13 milhões em comunicação, mais de 2 milhões no Carnaval e quase 6 no réveillon.
Fonte: www.claudiohumberto.com.br
Pitaco do Blog:
Foi necessária a intervenção judicial para a revisão de políticas públicas. Na verdade, certos gastos de todos os governos não representam política pública alguma. São, na verdade, um tapa na cara dos cidadãos brasileiros.
Trazendo a discussão para o nosso mundinho, cansei de postar notícias sobre os gastos com festinhas da Prefeitura de Araguari. Na maior cara de pau, políticos, funcionários e apaniguados regam o bofe às nossas custas. Enquanto festejam, o Pronto Socorro Municipal organiza a fila da morte. Decide quem vai morrer em casa e quem será internado na Santa Casa de Mi$ericórdia, onde os profissionais de saúde também escolhem quem terá direito a um tratamento mais digno, num dos poucos leitos de UTI, e quem irá para o calvário das enfermarias lotadas.
Será que existem promotores e juízes em Araguari capazes de dar um basta nessa situação?!
4 comentários:
Jurisprudência cearense já!
Houvesse bom senso, tino público, interesse em boa gestão e foco em prioridades na administração pública, o Judiciário não precisaria chamar a si essa atribuição: responsabilidade com o dinheiro público.
Enquanto as administrações continuarem infladas e infiltradas por gentalha, o dinheiro do contribuinte continuará órfão o juízo e carente de juiz.
Louvável e brilhante a atitude do juiz! Só de pensar na quantidade de dinheiro público que é usado com essas finalidades e paralelamente, não só existe uma elevada carência por parte de investimentos em saúde, como também uma série de outras coisas e inclusive muita gente passando fome. Enquanto nessas solenidades se fazem presentes tantas pessoas que comem bom e do melhor,os ilustres edis gastam dinheiro público pra alimentar mais ainda a fome dos necessitados em troca de bajulação e interesse político. Já ouvi dizer que alguns convidados vão só para comer e beber. Absurdo!
Em tese, é possível resolver isso com uma canetada!
Basta um decreto PROIBINDO gastos com comida e bebida em solenidades públicas, que devem, preferencialmente, ser rápidas e objetivas, centradas no fato em si (o interesse público).
De mais a mais, até do ponto de vista nutricional é conveniente reduzir mesmo o consumo de refrigerantes, salgados e assemelhados.
Antes tarde do que nunca...
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