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sexta-feira, 21 de junho de 2024

Em coletiva, PCGO explica sobre irregularidades identificadas em processos de contratação na SEINFRA de Goiânia


A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), apresentou, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (6), detalhes sobre a Operação Transata, deflagrada ontem (5) para cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, sendo um na sede da Secretaria de Infraestrutura Urbana da Prefeitura de Goiânia (SEINFRA), oito em sedes de empresas e 10 em casas de pessoas físicas, notadamente de sócios administradores e funcionários de empresas e de funcionários públicos municipais investigados. Além dessas medidas, também foi cumprida determinação judicial para suspensão de 07 contratos da Prefeitura de Goiânia celebrados com as empresas investigadas, além de mandados judiciais para afastamento dos sigilos bancário e fiscal de todos os alvos da operação.

Sobre o objeto da investigação, a DECCOR apura crimes de fraude em licitação e contratos, corrupção ativa, corrupção passiva, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro, que estariam sendo praticados a partir de meados do ano de 2022 até a presente data, contra a administração pública municipal de Goiânia, notadamente, no âmbito da SEINFRA.

Sobre os crimes investigados, há duas linhas de investigações sendo trabalhadas pela PCGO, sendo que a primeira revelou fundados indícios do cometimento de fraudes em licitações e contratos, crime previsto no art. 337-L do CP, praticados em razão da celebração de 07 contratos pela Prefeitura de Goiânia, sendo 6 por meio de adesões à atas de registro de preço de prefeituras de outros Estados, mormente do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Planalto de Araxá (CIMPLA) sediado em Araxá – MG, do Consórcio Intermunicipal Dom Mariano (CONDOMAR) sediado no Município de Pesqueira-PE, da Prefeitura de Canarana-MT, da Prefeitura de Campo Grande-MS, da Prefeitura de Vitoria da Conquista-BA, e outra da Prefeitura de Anápolis-GO.

Em todas essas aquisições foram detectados indícios de irregularidades, inclusive nos procedimentos licitatórios havidos nos órgãos gerenciadores das atas de registro de preços. Também foram identificadas contratações em quantidades acima do permitido (50%) para a adesão de “caronas”, assim como indefinição de objetos contratados, sobrepreço em alguns casos, além de indícios de falsidade documental em outros, em espécie de esquema de “montagem” de processos de contratação na SEINFRA, inclusive para adesão a uma ARP que havia sido revogada pelo ente público gerenciador em razão de sobrepreço, no caso, a do do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Planalto de Araxá (CIMPLA) sediado em Araxá – MG.

Sobre o objeto das contratações, tratam-se de aquisição de luminárias públicas de led, materiais para manutenção de iluminação decorativa e de eventos, contratação de serviços de reforma, locação e instalação de figuras de decoração de Natal, fornecimento de materiais elétricos, ferramentas e EPI, fornecimento de luminárias, braços ornamentais e postes metálicos. 

As investigações apontaram que a adesão a ARP de outros entes serviu apenas como um instrumento para fraudar essas contratações em benefício do grupo empresarial investigado, por meio de burla à obrigatoriedade de realização de processo licitatório, em evidente afronta aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e probidade administrativa. 

A Polícia Civil destaca que a adesão a atas de registro de preço de outros entes é permitida por lei, todavia, respeitando um regramento específico, no caso, autorização do órgão público gerenciador da ata, limite de 50% do objeto contratado, e o princípio da economicidade para a administração pública, o que restou evidenciado não ter sido respeitado pela administração pública municipal de Goiânia.

Além de indícios de fraude em relação a essas adesões, a investigação também revelou indícios de fraude em uma licitação promovida pela Prefeitura de Goiânia por meio da Secretaria Municipal de Administração (SEMAD), em razão de restrição do caráter competitivo do certame, conluio entre as empresas participantes em esquema de alinhamento de preços, além de sobrepreço de 973% no volar da aquisição de projetores de iluminação, acarretando prejuízo ao erário de mais de R$ 700 mil somente nessa contratação. 

A investigação também revelou que, apenas no primeiro semestre do ano de 2023, em virtude das aquisições havidas após a assunção do atual Secretário de Infraestrutura Urbana da Prefeitura de Goiânia à SEINFRA, foram empenhados mais de R$ 22 milhões para o grupo empresarial investigado, sendo que, desse total, já teriam sido pagos mais de R$ 12 milhões em liquidações.

Sobre os Alvos da Investigação: foram identificados 2 núcleos envolvidos no esquema criminoso, um composto pelos sócios administradores e funcionários das empresas usadas para a prática das fraudes e outro composto pelos funcionários públicos responsáveis pelas contratações investigadas.

Fonte: Polícia Civil de Goiás (leia aqui).

Entre os investigados em Goiás, está o engenheiro e ex-militar do Exército Dickson dos Santos Gomes, ex-secretário de Planejamento, Orçamento e Habitação de Araguari. Na gestão do prefeito Major Renato, as mesmas empresas envolvidas nesse caso de corrupção de Goiânia e outras cidades também foram contratadas pela Prefeitura de Araguari. 

Abaixo, algumas postagens sobre o tema: 

Comissionado foi elo de empresas com secretário de Infraestrutura, diz Polícia Civil  

Mistérios empresariais: 🕵️‍♂️conexões obscuras entre fornecedores de material elétrico para a Prefeitura de Araguari

💡 Iluminando o mistério: empresas de Goiânia no Natal Luz 2023

O modo de agir das empresas de material elétrico de Goiânia nas licitações


quinta-feira, 20 de junho de 2024

Escândalo de harmonização facial: deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) é cassada por desvio de recursos

 


Esse episódio ilustra um grave problema de moralidade e responsabilidade no uso de recursos públicos, especialmente das bilionárias verbas eleitorais. Desviar dinheiro público para procedimentos estéticos revela uma falta de controle e priorização, enfraquecendo a confiança na gestão democrática e destacando a necessidade urgente de transparência e fiscalização mais rigorosas em nosso sistema político.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

A fraude do concurso: o legado do Gato Gatuno em Medievália

 



Na pacata Medievália, onde os segredos se entrelaçam como hera nas muralhas antigas, o Coronel Laranja Lima, conhecido como o Gato Gatuno por seus movimentos ardilosos, tramava uma teia de favores e influências. O prefeito decidiu garantir um lugar para sua esposa, a Graciosa Carol, uma médica formada no renomado Centro Universitário Unilav. O reitor da universidade, Jota, era um velho amigo do poderoso Coronel.

Dizem que, com seu poder municipal, Laranja Lima ordenou um processo seletivo para médicos, manipulado com cartas marcadas. Graciosa Carol não foi aprovada. Furioso, o prefeito invadiu a sala de reuniões da empresa responsável e exigiu manipulação dos resultados, mas o empresário recusou-se a ceder. Enfurecido, o Gato Gatuno rescindiu o contrato, desencadeando uma denúncia ao Ministério Público, cuja sigla irônica, "Muito Parado", refletia a morosidade de suas ações.

As investigações se arrastaram, mas o prefeito não se deixou abalar. Com habilidade de estrategista, Laranja Lima orquestrou um novo concurso para médicos, desta vez com vagas específicas para a especialidade de sua esposa. Quando novamente Graciosa Carol não alcançou as primeiras colocações, o prefeito convenceu os vereadores da Câmara Municipal a aprovar uma lei que ampliava o número de vagas do concurso já realizado. O aumento ocorreu justamente até o lugar em que a esposa do prefeito estava posicionada, garantindo a última vaga criada pelos vereadores subjugados. Tentando manter suas artimanhas na penumbra, Laranja Lima não publicou a nomeação de sua esposa na Gazeta Oficial Medievalense.

Assim, a saga do Gato Gatuno continuava a tecer-se como um tapete de tramas e interesses entrelaçados, onde a ética e a legalidade frequentemente cediam lugar à ganância e ao poder pessoal. Medievália, aparentemente pacata, revelava-se um palco onde as aparências enganavam e os jogos de influência moldavam o destino de seus habitantes.



terça-feira, 18 de junho de 2024

Operação Transata: investigações envolvendo ex-secretário da Prefeitura de Araguari



O engenheiro Dickson Santos Gomes, ex-secretário de planejamento e gestor de contratos da Prefeitura de Araguari, está atualmente sob investigação por corrupção na Prefeitura de Goiânia. Após deixar esse cargo em outubro de 2022, ele assumiu a superintendência de obras e infraestrutura na Seinfra da capital goiana, onde permaneceu por cerca de um ano e quatro meses. Durante esse período em Goiânia, foi mencionado em escândalos graves, envolvendo crimes de corrupção, segundo reportagens do jornal O Popular (leia aqui).

De acordo com a Polícia Civil de Goiás, Dickson Santos Gomes é suspeito de ser elo entre o ex-titular da Seinfra, Denes Pereira, e um grupo empresarial envolvido em um esquema de fraude em licitações e contratos relacionados à iluminação pública, tema central da Operação Transata da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) -  veja a reportagem da TV Anhaguera aqui.

Dickson atuou na Prefeitura de Goiânia em outubro de 2022 como diretor administrativo da Seinfra, passando a exercer, uma semana depois, o cargo de superintendente. Ele foi exonerado em 1º de março de 2024, logo após a Operação Lumière da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra Ordem Tributária (DOT).

Já a Operação Transata investiga irregularidades no uso de atas de registro preços publicadas por outros municípios, prática que nem sempre é economicamente vantajosa e pode ser usada no desvio de dinheiro público para os bolsos de agentes públicos e empresários. Conforme já divulgado pelo blog, as empresas investigadas (Elétrica Radiante, Goiás Led, Delvalle e Elétrica Luz) e outras contratadas pelo município de Araguari são originárias de Goiânia. Essas fornecedoras de material elétrico, conforme noticiado anteriormente (leia aqui), possuíam contratos de R$ 18 milhões com a Prefeitura de Araguari. 

Os fatos aqui narrados levantam sérias questões sobre a lisura de contratos e licitações em Araguari. Mais do que isso, exigem que o Ministério Público do Estado de Minas Gerais cumpra a sua função constitucional e investigue imediatamente os fatos ocorridos no município, conforme solicitamos no blog (clique aqui) e requerido em denúncia encaminhada ao órgão (leia aqui).


Saiba mais...

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Dia Internacional de Combate ao Discurso do Ódio


Hoje, em comemoração ao Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, o Ministério Público Federal publicou nas redes sociais uma declaração enfática contra o uso de telas para disseminar discursos de ódio. De acordo com o MPF, tais práticas violam princípios fundamentais como igualdade e dignidade humana, garantidos pela Constituição. A instituição reforça a importância de manter a internet como um ambiente seguro e tranquilo, comprometendo-se vigorosamente a responsabilizar os autores desses crimes.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Negociando o horror: PM acusado de estupro de crianças queria comprar o silêncio de familiares das vítimas


O policial militar reformado Roberto Emídio Pereira, de 52 anos, foi preso pela Polícia Federal em Uberlândia, Minas Gerais. Ele é acusado de estuprar pelo menos três crianças da mesma família, em crimes que ocorreram tanto em Goiás quanto em Brasília. Antes de ser preso, Roberto trocou mensagens com familiares das vítimas, tentando suborná-los para que retirassem as queixas. Ele chegou a citar Deus, oferecer dinheiro e apoio psicológico, mas ignorou o fato de que uma das crianças foi violentada repetidamente por um período de sete anos.

O PM confessou os abusos contra um menino de 10 anos e pediu que o pai das crianças retirasse as queixas. Alegando desespero, Roberto também mencionou que Deus deveria estar envergonhado de suas ações e propôs negociações financeiras e psicológicas. Ele foi preso no apartamento do filho em Uberlândia, após estar foragido desde agosto de 2023. A prisão contou com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado e do Grupo de Capturas da Polícia Federal.

Roberto e o pai das crianças se conhecem desde 1991, quando serviram juntos no serviço militar obrigatório no Distrito Federal. O policial reformado, que nasceu em Pires do Rio (GO), mudou-se para Uberlândia, onde ingressou na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG). Ele fazia parte de um moto clube de agentes da segurança pública e frequentava uma igreja evangélica na cidade. Segundo o delegado da PF, Roberto explorava sua religiosidade para criar uma falsa reputação de bom homem e se aproximar das famílias das vítimas abusadas. Ele cometia os abusos quando ficava sozinho com as crianças, aproveitando-se de sua posição e confiança.

Os detalhes dos crimes revelam que, em fevereiro de 2023, um amigo de Roberto denunciou à Polícia Militar que o filho de 10 anos havia sido abusado sexualmente durante uma viagem a Caldas Novas (GO). Durante a estadia, o policial reformado e o menino dormiram na mesma sala, e o abuso ocorreu enquanto a criança dormia. Além disso, a filha mais velha do casal, de 17 anos, também afirmou ter sido abusada por Roberto desde os 10 anos. Uma outra filha do amigo, de 14 anos, também relatou ter sido vítima de abuso por parte do policial. Atualmente, há um recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça pedindo a revogação do mandado de prisão.

Pitaco do blog

Os casos de estupro envolvendo familiares ou pessoas de confiança das famílias são alarmantes e trazem à tona uma realidade perturbadora. Segundo dados nacionais, 76% dos casos de estupro de vulnerável (relação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente com menos de 14 anos) ocorrem dentro do ambiente familiar, cometidos por parentes ou amigos próximos da vítima. A dificuldade de denúncia e o abuso da confiança tornam esses crimes ainda mais devastadores. É essencial conscientizar e proteger nossas crianças, garantindo que elas se sintam seguras para denunciar qualquer forma de violência.

sábado, 15 de junho de 2024

Araguari-MG: contrato de R$500 mil para réplica de locomotiva



A Fundação Araguarina de Educação e Cultura (FAEC) formalizou o contrato nº 012/2024 através da modalidade de inexigibilidade de licitação (Processo Licitatório nº 022/2024, Inexigibilidade de Licitação nº 011/2024) com a empresa Arte Designer Sociedade Unipessoal Ltda (CNPJ: 44.942.192/0001-20). O contrato tem por objeto a contratação de artista plástico especializado na execução de obras de arte em metal/aço para a projeção, concepção, fabricação e implantação de uma réplica de locomotiva a vapor com vagão tender e vagões com letreiros. A obra será instalada na rotatória do cruzamento das Avenidas Senador Melo Viana e São Paulo, conforme especificações técnicas do termo de referência.

O contrato, com vigência de 26/02/2024 a 26/02/2025, tem valor total de R$ 500.000,00, conforme estabelecido pelo Artigo 74, Inciso II, da Lei n. º 14.133/2021 e suas alterações posteriores. Os gastos detalhados incluem R$ 380.000,00 destinados à réplica da locomotiva, R$ 90.000,00 para vagões e letreiros, e R$ 30.000,00 para iluminações cenográficas.

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