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sexta-feira, 19 de março de 2010

Pensamento do Dia (válido inclusive para a cidade de Serras Azuis)

Certos vereadores não têm assessores, mas sim laranjas e capangas. Assim, se necessitarem de um assessoramento técnico, jurídico ou contábil, ficarão frustrados. Diversamente, se precisarem ocultar alguma transação financeira ilícita ou assustar algum adversário político, poderão contar com a eficiência de suas assessorias.

Obs.: Fiz algumas alterações no dia de hoje (23/03) a pedido de um comentarista anônimo. De fato, a redação original estava muito "generalizante". Acredito que, a partir da atenuação feita, o pensamento traduz melhor a realidade fática. 

quinta-feira, 18 de março de 2010

Aleluia!!!!

Bem-vindo à Terra, senhor Limírio Martins!
Agora, só falta exigir que, também, o Secretário de Saúde cumpra a sua jornada de trabalho na Prefeitura...


Como funcionam os postos de saúdes dos bairros? Um médico contratado pela Prefeitura, devidamente “concursado”, tem por obrigação cumprir uma carga horária de quatro horas/dia no posto de saúde para onde o mesmo for designado para prestar serviços. Obscuramente não entendemos o porquê o médico só atende 08 pacientes por dia e 04 retornos, “que não existem”, nos postos de saúde. Em quatro horas de serviços prestados cada médico atenderia no mínimo 40 pacientes e com certeza o pronto socorro não seria sobrecarregado.


Os gestores da saúde pública em Araguari devem tomar atitudes sérias e corajosas, esquecendo que são companheiros, bem como o corporativismo da classe, em benefício do povo. Estes médicos que atendem nos postos de saúde são verdadeiros enganadores, não trabalham, não cumprem horários, fazem do seu serviço na rede pública de saúde verdadeiros bicos, permanecendo em seus postos de trabalho às vezes por apenas 30 minutos e vão para seus consultórios fazer atendimentos particulares.


O Secretário de Saúde precisa tomar medidas drásticas e moralizadoras contra tais profissionais, que se julgam verdadeiras estrelas, verdadeiros deuses, inatingíveis por seres comuns, por simples mortais. Por que não mandam estes funcionários para a rua e deixam que estagiários de medicina, sob orientação de seus professores, atendam o povo. O SISTEMA EXIGE MUDANÇAS JÁ! O que não pode continuar é essa classe elitizada recebendo sem trabalhar e o povo morrendo nos corredores dos hospitais.
Extraído da Coluna Salada Mista do Correio de Araguari, edição de 18/03/2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Coronelismo em Araguari




ARAGUARI PARECE MESMO QUE VOLTOU À ERA DO CORONELISMO

A comunidade já tomou conhecimento de fatos acontecidos na cidade envolvendo um profissional da área de comunicação. É lamentável ouvir os comentários e sentir na pele as conseqüências de uma ditadura ocorrida há aproximadamente quatro meses, quando um repórter perdeu o emprego por mostrar as verdades e trabalhar honestamente.
O fato tornou-se ainda muito mais grave do que a população pode imaginar, pois as perseguições continuaram mesmo após ser demitido. Por se tratar de um cidadão trabalhador e pai de família, começou a procura por emprego, conseguindo abrir algumas portas, mas ai veio a grande decepção. Algumas pessoas ligadas ao poder e até mesmo donos do poder começaram a fechar essas portas, continuando a perseguição e até desrespeitando ou cerceando o direito deste trabalhador.
Não sei se conseguirei encontrar palavras que possam qualificar estas pessoas. Fico pensando: apesar dos problemas existentes em uma cidade, problemas grandes, os donos poder estão mais preocupados em prejudicar um pai de família, atingindo, ainda, mais pessoas inocentes, ou seja, seus filhos e esposa.
O profissional de imprensa tem que respeitar a linha editorial de uma empresa, mas nunca pode omitir os fatos verdadeiros, devendo agir com imparcialidade, ética.
Infelizmente, já se tornou notório, parte da nossa imprensa passou a ser uma imprensa marrom e não tem mais compromisso com o serviço de utilidade pública a beneficio de uma comunidade. Alguns profissionais passaram a defender os interesses pessoais levando vantagens e esquecendo-se do profissionalismo. Isso é uma pena para uma classe considerada como o quarto poder.
Será que teremos que considerar ou aceitar que Araguari voltou aos tempos do coronelismo?
Dizem que somos o quarto poder, vivemos em um País Democrático e temos o direito de liberdade de imprensa. Onde estão a Democracia ou esse direito?
Como profissional vou ter que sair de minha terra para exercer minha função ou terei que mudar de profissão?
Uma coisa é certa: o poder passa e, às vezes, não volta. Eu estarei lutando para permanecer na minha profissão, o que faço com muito amor e dedicação mesmo sabendo das dificuldades que enfrentarei. Hoje quero agradecer a Deus, porque, com toda esta provação, estou tendo a oportunidade de me fortalecer espiritualmente e, com certeza, este mesmo Deus estará abrindo novos caminhos, novas portas, dando seqüência à minha vida profissional.
Mas é preciso que o cidadão fique atento a estas situações, porque ontem aconteceu comigo, amanha pode ser com você ou com alguém de sua família. Sendo este um ano de eleição, nós só teremos uma maneira de combater estas situações. É com o voto! Portanto, cidadão, pense bastante nisso!

João Carlos de Almeida, radialista.     

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pensamento do Dia

Moro em Brasília, mas juro que sou inocente.

Estranhos Gastos

O competente Nilton Eduardo, Diretor do Jornal Acontece, mais uma vez, "acertou na mosca". Na edição nº 63 (transcrita ao final desta postagem),  abordou, com bastante clareza e acerto, a questão da realização de gastos de quase 2 (dois) milhões de reais com a aquisição de programas de computador pela Prefeitura Municipal.
A reportagem questiona diversos aspectos, dos quais destaco os seguintes: i) o município poderia utilizar softwares disponibilizados gratuitamente pelo governo federal; ii) o Banco do Brasil possui um sistema operacional que poderia apresentar excelentes resultados para a administração municipal.
Além dos pontos abordados pelo competente jornalista, ouso acrescentar outros: i) a Prefeitura, em vez de optar pela licitação tipo pregão, que amplia a competição e permite ao pregoeiro negociar a baixa dos preços, valeu-se da concorrência, da qual participam apenas as empresas previamente cadastradas; ii) apesar de existirem diversos fornecedores no mercado, apenas duas empresas foram habilitadas, indicando que não houve uma ampla competição, podendo gerar uma contratação prejudicial (mais cara) para o município; iii) estranhamente o edital da Concorrência Pública nº 02/2009 não se encontra disponível no site da Prefeitura (www.araguari.mg.gov.br); iv) segundo a reportagem, um dos sócios da Embragec, empresa vencedora, é o atual prefeito de Tupaciguara, senhor Alexandre Berquó Dias, um dos políticos que apoiam as pretensões políticas do vice-prefeito de Araguari, senhor Juberson do Santos Melo, pré-candidato a Deputado Estadual; v) causou dúvida a opção feita pela Prefeitura, uma vez que a segunda colocada na licitação é uma empresa muito mais capacitada, atuando na área há mais de 25 anos e fornecendo sistemas para mais de 200 municípios brasileiros, enquanto a vencedora, fundada em 2002, fornece apenas para 5 cidades, curiosamente localizadas no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
Cercada de todas essas dúvidas, a Concorrência Pública nº 02/2009 necessita ser examinada pelos órgãos competentes (Câmara de Vereadores, Tribunal de Contas do Estado de Minas e Ministério Público). Mais que isso, mostra-se muito importante acompanhar a implantação desses sistemas de informática e os respectivos pagamentos.
Parabéns ao Acontece pelo alerta!
Eis a reportagem:
No último dia 1º, o “Minas Gerais” - Diário Oficial do Estado, publicou a homologação do processo licitatório no valor de R$ 1,898 milhões em que a Embragec Sistema de Informática foi a vencedora de um certame destinado a apontar a empresa que iria - provavelmente irá - conceder a plataforma tecnológica e a posterior manutenção de um novo sistema de informática a ser usado pela prefeitura de Araguari, especialmente pela Secretaria Municipal de Administração e as repartições vinculadas àquele órgão do Executivo local.
Segundo informações, a concorrência contou com a habilitação de apenas 2 empresas que participaram do processo de licitação nº 002/2009 - o mesmo noticiado pelo Acontece em 23 de setembro passado.
Naquela época, o Secretário Municipal de Administração, Levi Siqueira alegou a reportagem vários motivos para que outra plataforma tecnológica fosse adquirida pelo governo municipal, dentre os quais; “O software atualmente em utilização é defasado, apresenta uma série de inconsistências, prejudica a emissão de relatórios e atrasa a contabilidade municipal que necessita de agilidade, principalmente no que se refere a prestação das contas”, dizia o advogado.
O prefeito Marcos Coelho também defendia a idéia de que o investimento era viável: “Se você dividir esses R$ 2 milhões em 48 meses verá que o valor é próximo ao que estamos pagando, todo mês: R$ 25 mil para a HOME-CARE, em relação ao programa da farmácia e ainda R$10 mil para a PRO-DATA”.
Ainda assim a notícia repercutiu mal na Casa de Leis, tanto que Levi Siqueira foi convidado a comparecer a uma sessão ordinária para prestar maiores esclarecimentos aos vereadores. Em um dos momentos, o Secretário de Administração chegou a afirmar que o fato noticiado pelo Acontece era especulação jornalística e que os gastos com o novo sistema não ultrapassariam a R$ 800 mil.
Passados quase 6 meses da notícia a Prefeitura de Araguari homologa e adjudica* a contratação, restando agora apenas os trâmites finais para a conclusão da operação que irá gerar um dispêndio significativo aos cofres municipais. (*Ato judicial mediante o qual se declara e se estabelece o direito ao vencedor da licitação, ficando o Município obrigado a contratar exclusivamente aquela empresa.)
Fundada em janeiro de 2002, com sede em Uberlândia - MG, a empresa vencedora do processo de licitação nº 002/2009, atua no desenvolvimento de sistemas para o setor público há 8 anos e tem como principais clientes as prefeituras de: Monte Carmelo; Coromandel; Patrocínio e Campina Verde.
Informações obtidas indicam como um de seus sócios-proprietários o prefeito da cidade de Tupaciguara, Alexandre Berquó Dias.

Tancredo Neves

Hoje, só tem peso pesado! Ao lado da poesia do mestre Aristeu, trago o saboroso texto de Ronaldo Costa Couto, político, economista e historiador mineiro.
Só quem teve a honra de conviver com Tancredo Neves, "o melhor presidente que o Brasil não teve", poderia retratá-lo tão bem, como o fez Costa Couto no texto abaixo, publicado originalmente na Folha de São Paulo de hoje.

TENDÊNCIAS/DEBATES
Tancredo Neves
RONALDO COSTA COUTO



Mudou o Brasil. Liderou a reconquista pacífica da democracia, morreu por ela. Foi o melhor presidente que o Brasil não teve


1984 , campanha presidencial. Tancredo precisava desvencilhar-se de boataria sobre sua saúde, um veneno para a candidatura. Fazer exames e escancará-los? Nem pensar! Sentia-se bem, mas era cismado com câncer, que já levara dois de seus 11 irmãos. Resposta a jornalistas, em São Paulo: "Estou com uma saúde irritante".
No final de 1983, despachávamos no Palácio da Liberdade quando chegou a notícia de que Flávio Marcílio, presidente da Câmara dos Deputados, tinha a doença. Lamentou, abateu-se. Ficou de pé, apertou o abdômen com a mão direita, quase um hábito, e disse: "Esse "bichinho" pode estar dentro da gente sem sabermos". Não estava, saber-se-á depois.
Realizava-se na política. Aos 74 anos, acordava com o sol, ia até tarde da noite. Todos os dias. Era um sufoco acompanhar seu ritmo. Mas delicioso privilégio conviver, trabalhar e aprender com Tancredo. É uma de minhas raras admirações que o tempo não levou.
Estrategista, pensava grande, via longe. Não radicalizava, fugia de decisões emocionais, errava pouco. Sabia antecipar-se, sabia esperar. Confiava, desconfiando. Conhecia os homens, suas manhas e artimanhas.
Dizia-se apenas um servidor público. Íntegro, patriota, culto, bom orador, escrevia bem. Amava o direito, conhecia economia política. Hábil negociador e operador político. Pilha de simpatia, argúcia, astúcia. Do adversário Zezinho Bonifácio: "O Tancredo é um político capaz de tirar as meias sem tirar os sapatos".
Dominava os principais temas domésticos e internacionais. Lia os grandes jornais brasileiros e o francês "Le Monde". Gostava de rádio e televisão, inclusive de algumas novelas. Leitor fiel dos clássicos, entusiasta de música clássica.
Não esquecia seu pequeno mundo. Perto da morte, a alma sangrando, o corpo conectado a tubos e equipamentos indispensáveis, várias vezes rasgado, as entranhas feridas e devassadas, lembrou-se de que o padre Lopes, velho amigo, perdera a paróquia num distrito de São João del-Rei.
Chamou o neto Aécio: "Temos de ajudá-lo. Mande ver o que está acontecendo. Quero notícias". Não fumava, pouco bebia. Bom de garfo, adorava almoçar e jantar sem pressa, uma taça de vinho junto.
Nunca o vi gripado. Perguntei qual era o segredo. "Acordo cedo e tomo banho frio, de chuveiro. Aconselho, é só acostumar. Molhe primeiro os pulsos e entre." Tomava uma aspirina por dia.
Parecia não ter medo. Quase não se estressava, apesar da trabalheira, das pressões de governar, das maratonas de campanha, das manobras golpistas que enfrentou. Deitava e logo dormia.
Como conseguia? "Ah, meu filho, sempre faço a minha parte o melhor que posso. O resto é com Deus e Nele a gente pode confiar."
Divertido, sutilmente irônico, espirituoso. Um deputado autocandidato a secretário de Estado não parava de plantar notas. Tancredo, governador eleito, mudo. Mais notas, mais silêncio. Posse chegando, pede audiência: "Doutor Tancredo, o que que eu faço?
Tá todo mundo perguntando se vou ser secretário". Tancredo: "Diga que eu te convidei e você não aceitou". Comigo, no início da campanha presidencial, meio de agosto de 1984: "Agora é construir alianças e conseguir os votos, um olho no PDS e outro no PFA". "PFA, doutor Tancredo?!" "Sim, Partido das Forças Armadas."
Oito semanas depois da mágica vitória, a hospitalização em Brasília. O desastroso, tumultuado e espetacularizado tratamento, o sofrimento medonho. Trinta e oito dias de martírio do corpo e do espírito. A absurdamente concorrida cirurgia da noite de 14 para 15 de março de 1985, finalizada a menos de nove horas da investidura do vice José Sarney, que presidirá a consolidação da democracia.
A falsa notícia de Diverticulite de Meckel e a previsão de alta e posse para a semana seguinte. A infecção, a dor implacável. A segunda cirurgia e a nova ilusão de melhoria. Até pose para fotos. A brutal hemorragia interna, a transferência às pressas para São Paulo. "Eu não merecia isso", diz a Aécio.
Mais cinco cirurgias, a septicemia e o fim da agonia em 21 de abril de 1985. Sua morte fez o Brasil chorar e pôs nas ruas a maior multidão que São Paulo já havia visto. Espanto no Brasil inteiro, frustração colossal, muitas sombras e suspeitas.
Mudou o Brasil. Liderou a reconquista pacífica da democracia, morreu por ela. Fez e faz muita falta. Sim, Tancredo Neves foi o melhor presidente que o Brasil não teve. Uma de minhas lembranças dessa rasteira da história é um desenho de Millôr Fernandes. O Brasil como enorme floresta e, estendida no chão, uma árvore gigantesca, a mais alta de todas: Tancredo.

RONALDO COSTA COUTO, escritor, doutor em história pela Sorbonne, foi amigo e assessor de Tancredo Neves, ministro do Interior e ministro-chefe da Casa Civil (governo Sarney). É autor, entre outras obras, de "Tancredo Vivo" e "História Indiscreta da Ditadura e da Abertura". 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1503201008.htm

Credo do Verão Passado


O pseudônimo do autor é Corinthians, mas não tenho dúvida de que, na verdade, ele é flamenguista.
Sobre a qualidade da poesia, não é preciso dizer nada. Basta senti-la.
Do autor não posso dizer o nome. Apenas posso afirmar que o roubei provisoriamente do Portal de Araguari. E agora, Alô Ísio? Ares teus ou Ares meus?

CREDO DO VERÃO PASSADO
Autor: Corinthians

Numa viagem elipsoidal
Dispúnhamos de quatro estações,
Mas nosso comportamento bestial
Trouxe-nos duras transformações

Virou bagunça o espaço,
O Sol acerta-nos em cheio,
As fortes chuvas de março
É inferno de veraneio!

A Terra, às águas blindada,
Inunda mais que permeia
E pessoas desgovernadas
Vão enfrentar outras cheias.

Amazonas vira rego,
Pede arrego Itaqui,
Não demora há emprego
No deserto de esquis.

Só se faz com protetor
Uma relativa nudez.
O Santo ou o bloqueador
Só não filtra a estupidez.

O grande amor de verão
Pode ser com o Doutor...
Piores verões virão
E haja câncer e tumor!

Esta visão pessimista
É de um mero escritor.
Concorda assim o Cientista
E que não o Criador! 

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