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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Gente rica decidindo o destino de gente pobre



Senado Federal. 1º de outubro. Votação do texto-base da Reforma da Previdência. Senador Fabiano Contarato (Rede-ES), contundente, defendeu os maiores prejudicados com a Reforma:
"Eu fico triste quando vejo pobre defendendo a Reforma da Previdência. Porque essa Reforma só um destinatário: tirar dinheiro de quem menos ganha. E só tem três beneficiários: empresário, banqueiro e Governo Federal."
"Estamos numa Casa composta por homens brancos, ricos, decidindo a vida daqueles que não tem vez e voz. Gostaria que entrasse pela porta um representante da população negra, dos sindicatos, das pessoas com deficiência, das mulheres negras, dos pobres. Queria que eles fizessem parte dessa discussão. Porque é muito cômodo para engravatados, empresários, homens brancos e ricos decidirem a vida de 220 milhões de brasileiros que sofrem e clamam por um verdadeiro Estado Democrático de Direito."

Falta de cuidado


Parece que o prefeito, Marcos Coelho, não anda tendo o devido cuidado na escolha e na vigilância de seus assessores. Secretários investigados e afastados, sob suspeita de corrupção, pelo Judiciário. Comissionados que usam as redes sociais para ofender cidadãos, inclusive ameaças de ofensa física. Para reagir, o prefeito deve estar aguardando a próxima operação do GAECO ou o primeiro cadáver. 

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Concurso público: 918 vagas em Jataí-GO


A Prefeitura de Jataí-GO abriu concurso para 918 vagas (592 efetivas e 326 para cadastro de reserva). Há vagas em todos os níveis (print acima).
Inscrições: de 4 a 25 de novembro. Valor: R$ 50,00 (nível fundamental), R$ 80,00 (médio e médio técnico) e R$ 110,00 (superior).
Provas: 15 de dezembro.
Salários: entre R$ 998,00 e R$ 2.865,72.
Clique aqui e acesse o edital.


MPMG denuncia prefeito de Prata por contratação ilegal de escritório de advocacia

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Procuradoria de Justiça de Combate aos Crimes praticados por Agentes Políticos Municipais, ofereceu denúncia contra o prefeito do município de Prata, um ex-diretor de Gabinete do prefeito e o representante de um escritório de advocacia, pela prática do crime de inexigibilidade ilegal de licitação.

Conforme apurado em Procedimento Investigatório Criminal (PIC), em janeiro de 2013, o prefeito e o então diretor de Gabinete promoveram, fora das hipóteses legais, a contratação direta do escritório de advogacia representado pelo terceiro réu para prestação de serviços de assessoria e consultoria jurídica. O crime, previsto no artigo 89 da Lei 8666/1993, foi cometido com a participação do representante legal do escritório.

Segundo a denúncia, o contrato entre o município e o escritório foi celebrado logo após a posse do prefeito, em 02/01/2013, no valor global de R$ 211.800,00 e com vigência até 31/12/2013. Houve três prorrogações do contrato, nos valores de R$ 720mil, R$ 211mil e R$ 324mil. A justificativa utilizada pelo município para não realizar o procedimento licitatório foi a grande demanda de ações judiciais, administrativas, consultivas e contenciosas. Porém, conforme apurado, os serviços contratados não possuíam singularidade - condição exigida pela lei -, sendo amplamente encontrados no mercado.

Segundo a legislação, a inexigibilidade de licitação só pode ocorrer em caso de inviabilidade de competição para contratação de serviços de natureza técnica singular, com profissionais ou empresas de notória especialização. A pena prevista para o crime é de três a cinco anos de detenção e multa.


Fonte: MPMG.

Saiba mais:

O prefeito já havia sido condenado por improbidade administrativa pelos mesmos fatos (clique aqui)

Em Araguari, denunciamos o caso do escritório de advocacia ligado a um deputado estadual, contratado sem licitação em fevereiro de 2013 (clique aqui).

Rachadinha: vereador de Porto Alegre é preso por exigir dinheiro dos assessores


O vereador de Porto Alegre André Carús (MDB) foi preso pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (1º). O parlamentar é suspeito de obrigar assessores a tirarem empréstimos consignados e entregar o dinheiro a ele.

De acordo com a Polícia, servidores lotados no gabinete de Carús estariam sendo obrigados a contrair empréstimos com o fim de pagar dívidas supostamente contraídas pelo vereador. Há casos em que os valores tomados por servidores superaram os R$ 300 mil.


Pitaco do Blog

A "rachadinha" é quase uma instituição nacional. Isso, contudo, não há transforma em algo legal. É crime. 

Diversas investigações em curso Brasil afora. Mas, este é o primeiro em que um agente político é preso.


Vejam outros casos suspeitos de rachadinha noticiados aqui:





Levou uma sumida grande e Para tudo! (sobre as investigações da suposta "rachadinha" praticada pelo ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro).



Dividômetro: em 2018, o Brasil pagou R$ 2,9 bilhões ao dia de juros e encargos da dívida

Fonte: Auditoria Cidadão da Dívida

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Por que o povo quer incendiar Roma?


O dinheiro acabou, estamos vivendo uma forte crise econômica, discutindo contingenciamento de gastos em áreas importantes, reformando a previdência social, planejando uma reforma tributária, a privatização de empresas estatais, tudo isso com o único objetivo de cobrir déficit no orçamento, estacando a sangria de gastos para que o Brasil volte a crescer e gerar cada vez mais empregos.

Porém, enquanto o povo agoniza, nós separamos R$ 3.725.920.000,00 (três bilhões, setecentos e vinte e cinco milhões e novecentos e vinte mil reais) para custear a campanha eleitoral do ano que vem. Seria cômico se não fosse trágico.

Isto mesmo, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização formada por deputados e senadores, sugeriu e o nobre Relator acolheu a proposta de aumentar o valor destinado para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha de 0,30% para 0,44% da Receita Corrente Líquida - RCL. Dessa forma, com tal previsão de R$ 846,8 bilhões, os partidos abocanharão R$ 3.725 bilhões, mais do que o dobro dos R$ 1.716 bilhões usados em 2018. A justificativa agora é que o aumento se faz necessário, pois mais de 5.500 municípios terão eleições no ano que vem.

Às vezes, o parlamento perde o senso da realidade e precisa voltar a ouvir as vozes das ruas. Os nobres senadores e deputados deveriam fazer o seguinte questionamento à nossa população:

- O que você acha de usar quase R$ 4 bilhões para pagar santinho, palco, cabo eleitoral, combustível, com dinheiro semelhante à quase todos os recursos de um ano do Ministério da Justiça e Segurança Pública?

Tal proposta só ajuda a entender o por que as pesquisas mostram a rejeição e ojeriza do povo ao Congresso! Ora, já existe o Fundo Partidário, já é possível a doação de pessoa física e até o candidato gastar seu próprio recurso (o que entendo que também deveria ser limitado para não favorecer aqueles que têm muito dinheiro), é uma grande sacanagem com a população tirar dinheiro da áreas como saúde, educação e segurança pública para bancar campanhas eleitorais. Parece uma vingança pela opinião pública ter obrigado a extinção do financiamento empresarial (pessoa jurídica).

Já existem projetos em tramitação no Congresso Nacional que extinguem tal Fundo Eleitoral, inclusive um de minha autoria, mas o que se vê nesse momento são parlamentares articulando o aumento deste fundo da vergonha.

A população tem que tomar conhecimento e se posicionar, se achar que é normal a utilização de quase R$ 4 bilhões para perpetuar mandatos de vereadores e reeleger prefeitos, tudo bem, mas também é necessário que saibam que a direção do partido distribui o dinheiro a quem quiser e na quantidade que bem entender.

Só uma palavra define este fundo: Vergonha! Vergonha! Vergonha!

*Major Olimpio, senador eleito pelo Estado de São Paulo.
Publicado originalmente no Diário do Litoral.

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