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domingo, 29 de outubro de 2023

Denúncia de omissão de bens envolvendo o prefeito de Araguari-MG


Recentemente, uma denúncia que foi destaque na postagem da jornalista Garliene Paiva no portal "Um Olhar para Araguari" trouxe à tona sérias preocupações sobre a possível omissão de bens por parte do prefeito de Araguari-MG, o Major da reserva do Exército Renato Carvalho Fernandes, durante sua campanha eleitoral em 2020.

A denúncia em questão está atualmente sob análise das autoridades competentes e alega que o Major Renato não declarou um bem que foi identificado como um investimento na empresa "NUTRI NUTS COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO LTDA.", registrada em nome de sua mãe, Helena de Fátima Carvalho Fernandes. As suspeitas aumentaram consideravelmente quando a Polícia Civil, durante uma investigação sobre a compra de votos nas eleições municipais de 2020, encontrou evidências que sugerem que o Major Renato seria o verdadeiro proprietário da empresa, que mantinha contratos com diversos órgãos públicos, incluindo unidades do Exército.

Conversas obtidas durante a investigação revelam que o Major Renato admitiu, em diálogos com a servidora Emiliane Veloso de Almeida Borges, da Vigilância Sanitária Municipal, ser o responsável pela Nutri Nuts desde 2016 e ter realizado investimentos substanciais na empresa. No entanto, sua declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral não incluiu essa participação societária, gerando dúvidas legítimas quanto à transparência e à legalidade de suas ações.

Além da denúncia relacionada à declaração à Justiça Eleitoral, essa notícia também levanta a necessidade de investigar a eventual omissão desses investimentos na declaração de bens enviada à Receita Federal do Brasil e ao Ministério da Defesa. Conforme previsto na legislação tributária e na Lei de Improbidade Administrativa, o Major Renato tinha, à época, a obrigação de fornecer declarações de bens atualizadas a essas instituições.

O caso continua sendo acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades responsáveis, em busca da verdade e da garantia de que as leis e normas sejam respeitadas por todos os cidadãos, incluindo aqueles que ocupam cargos públicos. Vamos continuar a informar nossos leitores sobre os desenvolvimentos deste caso significativo para Araguari e sua comunidade. #Transparência #Integridade #Justiça

sábado, 28 de outubro de 2023

Polícia Rodoviária Federal pediu demissão de policial que admitiu tortura: paralelo com caso Genivaldo Santos


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tomou uma atitude firme em busca de justiça e responsabilidade dentro da corporação. Recentemente, a instituição solicitou ao Ministério da Justiça a demissão do policial Ronaldo Bandeira. O motivo? Durante uma aula de cursinho, Bandeira admitiu ter torturado um homem durante uma abordagem policial.

O caso chamou a atenção da corregedoria da PRF, que conduziu uma investigação rigorosa. Durante esse processo, a vítima das ações do policial foi identificada e ouvida. Os relatos da vítima confirmaram as agressões sofridas durante a abordagem, lançando luz sobre um episódio perturbador.

O que torna esse incidente ainda mais chocante é a semelhança com outro caso que chocou o Brasil em 2022: o caso Genivaldo Santos. Naquele episódio trágico, servidores da PRF de Sergipe foram acusados de asfixiar até a morte um homem de 38 anos ao prendê-lo em uma viatura cheia de gás lacrimogêneo.

Esses eventos recentes ressaltam a importância de manter um controle rigoroso sobre as ações das forças de segurança e garantir que aqueles que abusam de seu poder sejam responsabilizados. A atitude da PRF é um passo importante na direção certa, demonstrando que a instituição está comprometida em manter a integridade e a confiança do público. A sociedade aguarda ansiosamente os desdobramentos desses processos para assegurar que a justiça seja feita e que abusos de poder sejam combatidos de forma eficaz.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

A equivocada interferência do Ministério Público nas políticas de segurança pública em Araguari

Promotorias de Justiça de Araguari (foto: Diário de Uberlândia).


No dia 24 de outubro de 2023, o Gazeta do Triângulo trouxe à tona uma questão preocupante que merece a atenção de todos os cidadãos araguarinos. A publicação do colunista Adriano Sousa revelou que cerca de 300 mil reais em emendas impositivas de vereadores estavam disponíveis para serem investidos na instalação de câmeras de segurança na cidade. No entanto, o Ministério Público (MP), por meio da 1ª Promotoria de Justiça (1ª PJ) da Comarca de Araguari, decidiu intervir de maneira inapropriada e proibiu a prefeitura de utilizar esses recursos para instalar câmeras no centro da cidade.

A discussão levantada por essa decisão é a seguinte: o Ministério Público possui poderes suficientes para determinar onde devem ser colocadas as câmeras de segurança? Não seria isso uma intromissão indevida nas atribuições do chefe do Poder Executivo? A resposta, ao que parece, é afirmativa.

Em uma democracia, é fundamental que haja uma separação clara de poderes entre os diversos órgãos do governo. O Poder Executivo tem a responsabilidade de tomar decisões administrativas, incluindo a implementação de políticas de segurança pública, enquanto o MP deve atuar como fiscal da lei, garantindo que as ações do Executivo estejam em conformidade com a legislação vigente.

No entanto, a decisão de proibir o uso desses recursos para a instalação de câmeras de segurança no centro da cidade vai além de sua função de fiscalização. Ela interfere diretamente na seara de conveniência e oportunidade do Executivo. A escolha dos locais para a colocação das câmeras deve ser uma decisão técnica, baseada em critérios como índices de criminalidade, áreas de maior vulnerabilidade e necessidades específicas. Isso não significa que o MP não possa opinar ou fornecer informações relevantes, mas a decisão final deve ser do Executivo.

Além disso, é importante destacar que a eficácia das câmeras de segurança na redução dos índices de criminalidade é uma questão controversa. Enquanto elas podem facilitar a produção de provas, não há evidências sólidas de que, por si sós, reduzam significativamente a criminalidade. Portanto, seria mais sensato que o Ministério Público concentrasse seus esforços em áreas em que sua atuação pode ter um impacto mais direto e eficaz na segurança pública.

Por exemplo, o órgão poderia se dedicar ao controle externo das polícias, investigando quantos policiais militares atuam no patrulhamento preventivo no município. A presença ostensiva de policiais nas ruas é comprovadamente uma medida eficaz na redução da criminalidade, e o Ministério Público poderia desempenhar um papel importante nesse aspecto, assegurando que os recursos públicos sejam direcionados para a manutenção e o fortalecimento das forças de segurança.

Em resumo, a intervenção do Ministério Público na decisão de onde instalar câmeras de segurança em Araguari parece ser inadequada e ultrapassar os limites de suas atribuições. É fundamental que os poderes constituídos atuem dentro de seus papéis definidos pela Constituição, garantindo assim o equilíbrio e a eficiência do sistema democrático. O foco deve ser sempre o benefício da sociedade, e isso muitas vezes implica em respeitar a autonomia do Poder Executivo nas questões de administração pública.

A importância de uma investigação minuciosa: o caso dos contratos públicos e a empresa Nutri Nuts



Hoje, é com grande seriedade que discutimos a necessidade premente de uma investigação profunda sobre os fatos que envolvem o Major Renato Carvalho Fernandes e sua conexão com a empresa Nutri Nuts Comércio e Distribuição. Esta empresa, que detinha contratos com órgãos públicos, incluindo unidades do Exército, ganhou destaque devido ao cargo que o militar ocupou na área de licitações e contratos dentro da corporação.

A investigação, atualmente em andamento na Delegacia de Polícia Federal de Uberlândia-MG, foi requisitada pelo Ministério Público Federal. O objetivo é apurar a conduta do militar, atualmente prefeito de Araguari, que supostamente utilizou sua mãe, a senhora Helena de Fátima Carvalho Fernandes, como "laranja" da empresa Nutri Nuts Comércio e Distribuição.

A transparência e a responsabilidade são pilares fundamentais da democracia. A comunidade de Araguari e seus cidadãos merecem saber que as instituições estão trabalhando diligentemente para garantir que nossos recursos públicos sejam utilizados de maneira justa e eficiente.

Continuaremos a acompanhar o andamento deste caso, mantendo nossos leitores informados sobre quaisquer atualizações relevantes. Acreditamos que a verdade e a justiça são elementos essenciais para o fortalecimento de nossa comunidade e de nossa democracia.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Polêmica no Parque das Águas de Araguari: empresa privada paga multa com "concreto" na mesma obra


Uma recente publicação na página "Um Olhar para Araguari" no Facebook, feita pela jornalista Garliene Paiva, trouxe à tona uma polêmica envolvendo o Parque das Águas da cidade. De acordo com publicação oficial datada de 18 de outubro de 2022, o Departamento de Licitação e Contratos da Prefeitura de Araguari licitou quatro empresas para a mesma prestação de serviços no Parque das Águas João Fernandes Filho, e uma empresa privada foi multada por utilizar espaço público. A multa, no entanto, foi revertida em uma medida compensatória peculiar: "concreto" na mesma obra.

As empresas envolvidas na licitação foram as seguintes:

- Brasil Sistema de Irrigação Eireli

- Eletrônica Nuclear Ltda ME

- Elétrica Radiante Materiais Eletrônicos Eireli EPP

- Golden Ambiental e Construção Eireli

O serviço em questão envolvia a "contratação de empresa especializada no fornecimento e execução de iluminação, câmera de monitoramento, paisagismo e irrigação, bem como a prestação de serviço de mão de obra especializada, fornecimento de máquinas, equipamentos e insumos necessários, por sua própria responsabilidade técnica e operacional, no espaço denominado 'Parque SAE'", conforme descrito no edital de licitação.

O valor licitado para a realização desses serviços foi de R$ 2.147.117,83 (dois milhões, cento e quarenta e sete mil, cento e dezessete reais e oitenta e três centavos). No entanto, uma revista distribuída pela Prefeitura apresenta um valor de R$ 3.227.086,53 (três milhões, duzentos e vinte e sete mil, oitenta e seis reais e cinquenta e três centavos) para a obra. É importante destacar que a revista não especifica o responsável pela sua impressão nem fornece informações detalhadas sobre a distribuição no município.

A obra pública no Parque das Águas tem chamado a atenção devido a problemas estruturais evidentes e à falta de limpeza e manutenção. A situação gerou preocupação entre os cidadãos e voluntários locais, incluindo Márcio Magrão e Garliene Paiva. Ambos estiveram na empresa privada e na Secretaria do Meio Ambiente, onde confirmaram a multa aplicada, posteriormente revertida em medida compensatória, consistindo em trabalhos relacionados ao concreto na mesma obra do Parque das Águas.

Todas as informações relacionadas aos valores e à multa estão disponíveis no portal da transparência do município. No entanto, a falta de esclarecimentos sobre o aumento do custo da obra e as questões relativas à revista distribuída pela Prefeitura têm levantado dúvidas na comunidade local. É aguardada uma declaração oficial por parte das autoridades municipais para esclarecer tais questionamentos e fornecer informações adicionais sobre o andamento da obra no Parque das Águas de Araguari.

domingo, 22 de outubro de 2023

O desafio da responsabilidade cidadã: mudando o rumo da administração em Araguari


A cidade de Araguari se vê envolta em uma série de questionamentos acerca da integridade de sua administração pública, com a mais recente acusação feita pelo professor Aurívio Veiga, que lança luz sobre a possível existência de sobrepreço na compra de livros didáticos. Essas alegações provocam uma reflexão fundamental: por que os agentes públicos parecem agir de forma desregrada em nossa cidade? A impressão geral é de que os órgãos de controle não estão cumprindo eficazmente seu papel, gerando sérias dúvidas sobre a transparência e responsabilidade na gestão municipal.

Teoricamente, Araguari possui várias ferramentas para enfrentar suspeitas de irregularidades, especialmente em licitações e contratações diretas. A Câmara de Vereadores, o Ministério Público e o Poder Judiciário deveriam ser instituições capazes de intervir eficazmente para assegurar que os recursos públicos sejam aplicados de maneira correta, em prol dos cidadãos. No entanto, na prática, a ineficiência dessas entidades de controle é alarmante.

É importante destacar que o Poder Judiciário só age quando provocado por cidadãos ou pelo Ministério Público, o que adiciona complexidade ao processo de responsabilização. Mesmo quando instado, este Poder tem deixado a desejar, como demonstrado no caso da ação de investigação judicial eleitoral que envolve o pedido de cassação do prefeito Major Renato. Este processo se arrasta por três anos. Pior: com uma decisão tomada em Araguari contrariando todos os esforços investigativos da Polícia Civil e do Ministério Público Eleitoral, mesmo após o próprio Judiciário  ter autorizado o uso das provas obtidas em outras investigações. Esta demora na resolução de casos desafia a eficiência do sistema judiciário em nosso município.

A impressão geral é de que as instituições de controle em Araguari estão comprometidas a ponto de se tornarem inaptas para cumprir seu papel de fiscalização externa. As causas dessa ineficiência podem não ser precisamente identificadas, mas há indícios que a influência do poder político e econômico de certos grupos locais prejudica seriamente o interesse público.

Para transformar essa realidade, é crucial não apenas a vontade política, mas, sobretudo, o engajamento ativo dos cidadãos. A reforma necessária nas instituições de controle só se tornará possível com o apoio e vigilância ativa da população. Cada cidadão precisa se tornar um verdadeiro fiscal das ações governamentais, questionar suspeitas de irregularidades e pressionar por investigações apropriadas. Somente por meio da ação coletiva dos cidadãos poderemos vislumbrar uma mudança real na forma como nossa cidade é administrada.

Em última análise, a situação em Araguari é um lembrete contundente de que a democracia e a governança responsável dependem do compromisso efetivo de todos nós. Se desejamos uma cidade melhor e mais justa, é fundamental que cada cidadão contribua para a solução, exigindo responsabilidade de nossos representantes eleitos e das entidades de controle. Somente assim poderemos aspirar a um futuro mais transparente e próspero para Araguari.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Operação Gola Alva: Ministério Público de MG denuncia vereadores e empresários por corrupção em Divinópolis



 Após um extenso período de investigação que durou onze meses, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou a denúncia no dia 5 de outubro, relacionada à operação Gola Alva, que foi iniciada em maio com o propósito de esclarecer supostas atividades corruptas envolvendo vereadores, uma servidora pública e empresários na cidade de Divinópolis, localizada na região Centro-Oeste do estado de Minas Gerais. Este caso é resultado de uma colaboração entre a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Divinópolis.

Após a fase ostensiva da operação, as investigações foram intensificadas, incluindo a análise dos materiais apreendidos. Paralelamente, diversas testemunhas e pessoas sob investigação foram ouvidas, levando à conclusão de que havia um esquema criminoso operando na Câmara Municipal. Esse esquema envolvia dois vereadores, que supostamente aceitaram subornos de empresários em troca da proposição e aprovação de projetos de lei de alteração de zoneamento urbano.

Conforme a denúncia, oito empresários investigados confessaram ter efetuado pagamentos ilícitos a vereadores e concordaram em celebrar acordos de não persecução penal com o MPMG, acordos esses que implicam em sanções financeiras que totalizam cerca de R$ 300 mil.

A denúncia atribui a dois vereadores a prática de vários crimes de corrupção passiva, e a um deles, adicionalmente, o crime de lavagem de dinheiro. Um empresário também foi denunciado, embora tenha admitido envolvimento em atividades ilícitas, ele optou por não firmar um acordo de não persecução penal.

Em 4 de outubro, a 2ª Vara Criminal da Comarca de Divinópolis iniciou o processo de acusação. Nessa ocasião, atendendo ao pedido do Ministério Público, o juiz manteve a suspensão do mandato de um dos vereadores já afastado em maio. Além disso, o segundo vereador, que até então estava apenas impedido de exercer a presidência da Câmara Municipal, teve seu mandato suspenso, devido ao uso de seu cargo em atividades ilícitas e à violação das medidas cautelares previamente impostas. Ambos estão proibidos de acessar as dependências da Câmara Legislativa. O juiz também determinou o bloqueio de parte dos bens pertencentes a esses dois vereadores denunciados.

Clique aqui e leia diretamente no site do MPMG.

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