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terça-feira, 23 de abril de 2013

MP-MG faz orientações sobre a contratação de shows com verba pública



O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) divulgou uma nota jurídica sobre os requisitos para contratação de artistas com verba pública pelas prefeituras municipais.

Para o MP-MG, é possível a contratação de personalidades do setor artístico sem obrigatoriedade de licitação, desde que "preenchidos os requisitos legais e constitucionais, e respeitada a necessidade de formalização do respectivo processo para a aferição das exigências". A possibilidade é prevista no artigo 25 da Lei 8.666/1993, que autoriza a Administração Pública a fazer a contratação direta de artistas consagrados “pela crítica especializada ou pela opinião pública”.

São os seguintes os requisitos para contratação de shows por prefeituras sem licitação:
- contrato deve ser firmado pelo próprio contratado ou por meio de empresário exclusivo;
-  consagração do artista pela crítica especializada ou pela opinião pública deve está devidamente demonstrada nos autos da inexigibilidade, salvo se notória;
-  razão da escolha do profissional do setor artístico;
-  justificativa de preço (o valor deve ser razoável e similar a outros contratos firmados pelo contratado, baseado na média aritmética dos contratos firmados nos últimos 6 meses);
-  publicidade da contratação; e
-  comprovação da aplicação do mínimo constitucional nas áreas de saúde e educação.

De acordo com MP-MG, caso esses requisitos não sejam atendidos e devidamente demonstrados no processo de inexigibilidade, a contratação será inválida. Nesse caso, caberá o ajuizamento de ações contra o administrador público e os demais envolvidos para a invalidação do contrato, bem como para a imposição, se for o caso, de sanções em razão da prática de ato de improbidade administrativa.

 Contratação de shows em Araguari

Algumas contratações de shows feitas pela Prefeitura de Araguari estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). Dependendo do resultado das apurações, esses casos poderão desaguar no MP-MG e no Poder Judiciário.
Um desses casos foi a contratação de show da dupla Milionário & José Rico ocorrida em agosto de 2011. Há indícios de que o município pagou um preço consideravelmente superior ao pago por outras cidades pelo mesmo show. Foram gastos 97 mil reais com a apresentação da dupla. Além disso, o empresário contratado não seria exclusivo.
Um fato mais recente, conforme reportado na edição anterior, foi a contratação de artistas e de uma empresa para as festividades do Carnaval deste ano. A festa teria custado aproximadamente 500 mil reais aos cofres públicos. Suspeitas de irregularidades em contratações e de favorecimento à empresa Cia Fivela de Prata Ltda. Elencamos aqui as falhas no edital de licitação que poderiam beneficiar a referida empresa. Ao final, a Fivela de Prata foi a única que participou da licitação, sendo, em seguida, contratada para organizar o evento.  
Transcrito, com adaptações, do jornal Observatório, 19/04.

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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Varejeira na refeição e falta de medicamentos no PSM


Circula na internet informação de que uma servidora da Saúde teria sido transferida do Pronto Socorro Municipal (PSM) após denunciar irregularidades naquela unidade. Junto com a informação, foram veiculadas fotos de comida estragada (com varejeira) servida aos funcionários e de um aviso noticiando a falta de um medicamento básico (dipirona sódica, conhecida como Novalgina). Até quando iremos presenciar esse tipo de situação na saúde pública de Araguari?

Transcrito da coluna Matutando, jornal Observatório, 19/04.


Fim do sigilo no STF


O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje (19) a divulgação do nome completo de pessoas investigadas em inquéritos. A resolução aprovada na semana passada, por 7 votos a 4, foi divulgada no Diário da Justiça Eletrônico de ontem, 18. Os nomes só ficarão sob sigilo se o relator do processo determinar.  (Fonte: Agência Brasil).

Município não pode contratar serviços jurídicos



O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE/MG), na quarta-feira (10) firmou entendimento de que os municípios não podem contratar serviços jurídicos para resgatar valores pagos indevidamente à Previdência Social, vinculando o pagamento dos honorários advocatícios ao montante recuperado.
O Relator para o caso, Auditor Hamilton Coelho, destacou que a Constituição da República exige que a função seja executada por procuradores municipais, servidores do quadro efetivo.
Esse entendimento, contudo, não se aplica aos casos excepcionais de sobrecarga de serviço ou inexistência de cargo de procurador, até que se corrijam essas situações. Para tanto, alguns parâmetros devem ser seguidos, em observância à Constituição Federal, à Lei de Licitações e ao Estatuto da Advocacia.
São eles: fixação prévia, em contrato, da remuneração do advogado por estimativa dos valores a serem resgatados, afastando-se valores exorbitantes; previsão do gasto em dotação orçamentária própria para pagamento de terceiros; os pagamentos só poderão ser feitos após a conclusão do serviço; e os honorários de sucumbência deverão ser contabilizados como fonte de receita do ente público. (fonte: www.tce.mg.gov.br).
Transcrito do jornal Observatório, 19;04.

domingo, 21 de abril de 2013

CGU quer explicações sobre diplomatas que recebem sem trabalhar

Vista aérea do Itamaraty: Ministério do Planejamento condicionou a realização de seleção pública para oficiais de chancelaria à implantação do controle de frequência dos servidores (Monique Renne/CB/D.A Press - 17/4/09)
Vista aérea do Itamaraty: Ministério do Planejamento condicionou a realização de seleção pública para oficiais de chancelaria à implantação do controle de frequência dos servidores (foto capturada no site do Correio Brazilense).
O Correio Braziliense publicou reportagens citando os nomes de 18 diplomatas que recebem sem trabalhar.

A Controladoria-Geral da União (CGU) cobrou do Ministério das Relações Exteriores (MRE) informações detalhadas de todos esses casos. São funcionários que recebem, em média, R$ 20 mil, mas não dão expediente. A Corregedoria-Geral da União irá acompanhar e averiguar tudo o que o departamento próprio de correição do Itamaraty já fez ou fará em relação aos quatro embaixadores, cinco ministros de segunda classe, oito conselheiros e uma primeira-secretária.


Pitaco do Blog
Receber sem trabalhar está se tornando o esporte favorito de um grupo de funcionários públicos privilegiados. Não se trata de algo que só acontece em Brasília. Em todos os lugares, temos exemplos dessa doença.
Cada dia mais, o serviço público vai-se tornando um "bico". Apesar de receberem salários acima da média de mercado, algumas carreiras insistem em não trabalhar ou em reduzir suas jornadas de trabalho. É o caso, por exemplo, de médicos e policiais. Quanto maior o intervalo entre os plantões, mais chances o profissional tem de trabalhar, também, em outro órgão público ou na iniciativa privada. É comum, por exemplo, vermos policiais exercendo segurança de estabelecimentos privados nas horas de folga. Isso gera um problema sentido na pele por todo cidadão brasileiro. Mesmo contratando esses profissionais com frequência, União, Estados e Municípios não conseguem oferecer serviços de saúde e segurança decentes à população.
O caso do Itamaraty é mais grave ainda. Mostra que funcionários do alto escalão do órgão, apesar de muito bem remunerados, simplesmente não compareciam ao trabalho. Isso reflete aquilo que é extremamente comum no serviço público: a falta de  gestão. Alguém deveria fiscalizar o cumprimento da jornada de trabalho por esses servidores públicos, mas preferiu se omitir. Os motivos da omissão são os mais variados, mas muitas vezes possuem raízes na ingerência política. É o famoso "jeitinho brasileiro". Enquanto, isso nós continuamos pagamos a conta. 

Falhas no Posto de Saúde do Amorim

No dia 19/04, a mídia mostrou outra deficiência na saúde pública do município. Reportagem de Anderson Magrão, Linha Dura, da Rede Vitoriosa, ouviu reclamações de duas cidadãs quanto ao mau atendimento no Posto de Saúde do Bairro Amorim.
A primeira entrevistada reclamou do pouco caso da Administração com a saúde pública. Com problemas na vesícula, ela enfrentou a demora na liberação do exame de ultrassonografia. No Pronto Socorro, a orientaram a procurar o Posto de Saúde daquele bairro, mas até o momento não teve o seu problema resolvido.
Outra entrevistada reclamou da ausência de médicos e da falta de estrutura naquela unidade. Segundo ela, o pediatra ora está de férias, ora não comparece ao trabalho. O bebedouro encontra-se sem água. Quando seu filho necessitou, o nebulizador estava estragado.
Clique aqui e veja a reportagem na íntegra.

Saúde pública: grandes filas na Farmácia da Prefeitura

As filas na Farmácia da Prefeitura são intermináveis. É isso que mostrou uma reportagem do Linha Dura, da TV Vitoriosa.
O repórter Anderson Magrão mostrou que pessoas permaneceram mais de cinco horas na fila, aguardando a entrega dos remédios a que têm direito. Para piorar o quadro, de acordo com uma entrevistada, poucos funcionários estavam atendendo e, com a demora, muitos cidadãos desistiram de apanhar os medicamentos. Ainda de acordo com a reportagem, as pessoas estavam aguardando desde o meio-dia, alguns sem almoço. Nem os idosos foram poupados. Tiveram que aguardar em pé na fila.
Veja a reportagem completa clicando aqui

Pitaco do Blog
O mau atendimento da Farmácia da Prefeitura não é uma novidade. Há tempos os usuários reclamam da falta de medicamentos (clique aqui e aqui) e da demora nas filas. Houve caso, inclusive, de distribuição de remédios incorretos ou com prazo de validade vencido (clique aqui).
Contudo, tem-se a impressão de que os problemas se agravaram. Em menos de quinze dias, três pessoas procuraram as emissoras de rádio para reclamar da falta de medicamentos.
Há algo errado na prestação desse serviço. A mudança no comando do governo, pelo visto, não amenizou o problema. Resta saber em quem os governantes irão colocar a culpa desta vez. As desculpas, como sempre, devem ser as mais "esfarrapadas" possíveis.

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