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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Shows superfaturados


Nesta semana, foi deflagrada a Operação “Máscara Negra”, que investiga corrupção e desvio de verbas em diversos estados brasileiros. Mais de 150 promotores e 1.300 policiais participaram da ação. Buscas e apreensões aconteceram em municípios dos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Entre as principais irregularidades apuradas, encontram-se as suspeitas de superfaturamento no pagamento de shows musicais por diversas prefeituras.

De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, um dos locais onde foi realizada a operação, a Prefeitura de Guamaré gastou mais de R$ 6 milhões em festas. Já a de Macau chegou à cifra de R$ 7 milhões entre 2008 e 2012.

As irregularidades na contração de shows e eventos não são propriamente uma novidade no país. Há dois meses, ganhou notoriedade a contratação da cantora Ivete Sangalo para realizar um show na inauguração do Hospital Regional de Sobral, no Ceará. O Estado pagou 650 mil reais pelos serviços da artista. Dias após a inauguração, parte da fachada do hospital simplesmente desabou.

Embora não seja alvo dessa investigação, o município de Araguari também tem gasto dinheiro público com esse tipo de evento. As festividades do Carnaval deste ano, por exemplo, custaram aproximadamente 500 mil reais aos cofres públicos. Suspeitas de irregularidades em contratações e de favorecimento a uma determinada empresa ainda estão sendo investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. 

Transcrito do jornal Observatório, 12/04.

Maus profissionais na Saúde Pública


Maus profissionais na Saúde Pública
A saúde pública agoniza Brasil afora. Uma das causas desse problema é acumulação ilegal de cargos públicos por médicos e outros profissionais de saúde. Vê-se, com frequência, casos de profissionais que afirmam trabalhar até mais de 80 horas semanais no serviço público (o equivalente a dezesseis horas diárias de segunda a sexta). Como ninguém pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, alguns desses maus profissionais costumam faltar ao serviço (plantões, inclusive).

Revolta gradual
Aos poucos, esse assunto vai revoltando parte da população. Reportagens televisas têm contribuído para jogar luz sobre as trevas. Tivemos casos de médicos que fabricaram digitais de silicone para “bater o ponto” no serviço do SAMU. Existem, ainda, casos de profissionais que afirmam dar expediente, no mesmo dia, em cidades separadas por centenas de quilômetros.

Transcrito da coluna Matutando, jornal Observatório, 12/04.

Auditando as contas do Marcão


Auditando as contas do Marcão
O Município de Araguari contratou, sem licitação, por 190 mil reais, uma empresa de consultoria para fazer um diagnóstico do último ano de gestão do governo anterior. Até o momento, não se têm informações sobre o resultado das apurações. Nada foi publicado no Portal da Transparência.

Na contramão da gestão fiscal responsável
Independentemente do resultado da tal auditoria, o Município continuou gastando dinheiro público de forma estranha. A criação de mais de 60 cargos comissionados e o gasto de mais de 500 mil reais com o Carnaval indicam uma falta de preocupação com a boa gestão fiscal. Afinal, se existia uma incerteza quanto à real situação do caixa, por que aumentar os gastos antes de ter um diagnóstico preciso?

Transcrito da coluna Matutando, jornal Observatório, 12/04.

Queimando o filme da cidade


Queimando o filme da cidade
Reportagem da Rede Record mostrou, na terça-feira, para todo o país, os resultados da fiscalização feita em estabelecimentos do município (restaurantes e fábricas artesanais) pela Vigilância Sanitária. Tristes cenas de descaso com a higiene e a saúde pública foram revividas. Não adianta, agora, culpar o Ministério Público. Tampouco a Rede Record é culpada. Os responsáveis estão aí a olhos vistos. São os maus empresários (uma minoria) e os governantes omissos, atuais ou antigos.

Refletindo sobre a queima do filme...
Alguns pontos da reportagem merecem destaque. Primeiro, a fala daqueles que se adequaram às normas e, hoje, estão sendo recompensados com o aumento das vendas. Segundo, as dificuldades que o repórter da Record teve para localizar e entrevistar o Secretário de Saúde, Alfredo Paroneto. Terceiro, a fala do promotor Valter Shigueo Moriyama, que, mesmo não dando nomes aos bois, declarou que governantes estão são coniventes com maus empresários.

Extraído da coluna Matutando, jornal Observatório.

Foi dito...


Foi dito
Sobre os fiscais sanitários que teriam sido transferidos de setor após denunciarem pressões supostamente exercidas pelo Secretário de Saúde, Marcos Lander, Assessor de Comunicação da Prefeitura Municipal, afirmou que:
“Estão trabalhando normalmente na vigilância e em vários pontos de nossa cidade que precisam de fiscalização, agora alguns saíram porque não aguentaram pressão do Ministério Público.”.

Extraído da coluna Matutando, do jornal Observatório.

Irregularidades na saúde: necessidade de investigação

O Blog "Saúde na Tela" (www.saudenatela.blogspot.com), sob a batuta do Edilvo Mota, um especialista em saúde pública, traz informações importantes, que precisam ser investigadas pelo Ministério Público, pela Câmara de Vereadores e pelo Poder Executivo.
Pelo Ministério Público (MP), porque os fatos apontados podem-se caracterizar como crime ou ato de improbidade administrativa. Aliás, o MP já vem cumprindo o seu papel. Ajuizou ação na 4ª Vara Cível da Comarca de Araguari  visando à punição dos responsáveis por suposta ingerência nos trabalhos da Vigilância Sanitária (Processo nº 0046721-14.2013.8.13.0035, cujo andamento pode ser consultado no site: www.tjmg.jus.br). De qualquer forma, os fatos apontados na postagem podem influenciar nesse processo e na investigação como um todo.
Pela Câmara, porque é dela a competência para exercer o controle externo da Administração Pública. É para isso que existe lá uma Comissão de Saúde. Para cumpri essa missão, a Câmara pode (deve) convocar secretários e agentes públicos para prestar esclarecimentos. Além disso, pode instaurar comissão legislativa de inquérito para apurar os fatos.
Pelo Chefe do Poder Executivo, porque é dele a obrigação de exercer o controle interno dos atos praticados em seus órgãos e entidades. É o autocontrole. Da mesma forma que um cidadão comum controla os gastos na sua residência (por exemplo, não deixando todas as torneiras e chuveiros da casa abertos 24 horas por dia), o Poder Executivo tem o dever de fiscalizar os próprios atos. É para isso que existe a Controladoria-Geral. É exatamente por isso que o Prefeito possui o poder hierárquico e disciplinar nas mãos, devendo apurar todo e qualquer indício de irregularidade ocorrido no Executivo. Não importa quem tenha supostamente praticado a irregularidade.

Por fim, quero deixar este espaço aberto às pessoas citadas no texto abaixo, para que, querendo, se manifestem a respeito dos fatos supostamente ocorridos nesse lamentável episódio.
Araguari-MG: detalhes de um atentado à lei na Secretaria Municipal de Saúde

UM RELATO EM DEFESA DO SUS



Neste sábado (13/04/2013) tive uma longa conversa com Sandra Pires, servidora pública municipal com quase 30 anos de serviços prestados à municipalidade, e há anos lotada na Secretaria Municipal de Saúde de Araguari. Competente, séria, extremamente profissional, Sandra é mãe de família e avó de duas meninas.

No dantesco episódio da ingerência do secretário municipal de saúde Alfredo Paroneto (e sua adjunta Fernanda Debs) no trabalho do agente fiscal Vicente, quando autuava e interditava o restaurante Napolitano, Sandra acabou colocada, de forma irresponsável e covarde, no redemoinho que desaguou na Ação Civil Pública movida pelo promotor de justiça Valter Shigueo Moryama contra o secretário e a adjunta.

Ouvi atentamente o relato de Sandra e reproduzo, de forma sucinta, os pontos principais:

·         Inicialmente, Sandra recebeu ordem da secretária adjunta, Fernanda Debs, para que ela (Sandra) telefonasse ao agente fiscal sanitário Vicente, determinando que “parasse com a interdição do restaurante”. Sandra perguntou à adjunta se ela tinha certeza da ordem que estava lhe dando e perguntou porque ela mesma, adjunta, não ligava. Foi-lhe dito que “você mesma liga porque o Nilton está me pressionando”. No caso, Nilton seria o secretário de planejamento, Nilton Eduardo;
·         Sandra telefonou e repassou a Vicente a ordem que recebera (cancelar a interdição do restaurante). Vicente teria respondido que não o faria; que a bateria do celular estava acabando e que ligassem para o número do fiscal Luciano, que o acompanhava;
·         Logo em seguida, Sandra afirma ter recebido telefonema do secretário de saúde, Alfredo Paroneto, que lhe deu ordem expressa para “ligar para o Vicente e mandar parar com a interdição”. Sandra respondeu ao secretário que Vicente já avisara que não interromperia a interdição e perguntou ao secretário “Dr Alfredo, o senhor tem certeza da ordem que está me dando?”; o secretário de saúde teria lhe dito“fala pra ele que é uma ordem minha e do prefeito; é pra parar e pronto”;
·         Sandra telefonou para os fiscais, novamente, e repetiu a ordem que recebera, agora do secretário de saúde. Então, Vicente teria dito “Sandra, eu não vou parar a interdição; nossa conversa está gravada e vou sair daqui e levar a denúncia diretamente ao promotor de justiça”.
·         Na manhã do dia seguinte, por volta de 09h00, Sandra recebeu a intimação do promotor de justiça para que comparecesse ao Ministério Público para prestar esclarecimentos. Sandra, então, comunicou ao secretário Alfredo Paroneto que teria lhe dado a seguinte ordem: “Você não vai comparecer; invente uma desculpa qualquer; diga que tá com  “caganeira”(sic) mas você não vai”;
·         Sandra não cumpriu a ordem e compareceu ao Ministério Público onde, na presença do promotor de justiça Valter Shigueo Moryama, confirmou toda a história. Ao final do depoimento, Sandra diz ter ouvido do promotor a seguinte frase: “Você não pestanejou”.

Eis o breve relato de um episódio recheado de transgressões ao direito administrativo e à legislação sanitária, abuso de autoridade, prepotência e covardia. Tudo isso já relatado ao Ministério Público.

Espera-se que o Poder Judiciário atue com rigor. E que a Câmara Municipal de Araguari saia do estado de letargia e desempenha suas atribuições de poder fiscalizatório, exigindo explicações de todos os envolvidos, inclusive o prefeito do município.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Jornal Observatório Araguari


 A quarta edição do jornal Observatório Araguari já está nas bancas. 
Também é possível acessá-la clicando aqui.
Críticas e sugestões serão sempre bem-vindas. Afinal, não faz sentido um jornal ser feito apenas por e para um grupo de pessoas.

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