Em Araguari, só se fala de quem ganhará emprego no novo governo. A guerra por espaço começou antes mesmo das eleições e não tem hora para acabar. Será que toda essa gente está mesmo querendo trabalhar? Deixo a resposta com você, caro leitor.
Aproveito para convidá-lo a mais algumas reflexões. Será que não há nada mais relevante, no momento, do que discutir o loteamento da Prefeitura? A saúde pública vai bem? O transporte coletivo é de boa qualidade? As vias públicas estão em perfeitas condições? A infraestrutura da cidade está em boas condições? Os salários do prefeito, vice e vereadores são justos? Os funcionários concursados são motivados, cobrados e justamente remunerados? Dependendo das respostas a essas perguntas, poderemos ou não nos preocupar com a briga de foice no escuro para abocanhar fatias do novo governo.
Rádio Viola - Araguari-MG - 100% caipira!
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Justiça determina que rede municipal de saúde atenda pacientes de outra cidades
Uma determinação da Justiça Federal de Uberlândia liberada na última
terça-feira (11) obriga a rede municipal de saúde a atender qualquer
pessoa que necessitar de socorros médicos ambulatoriais ou hospitalares,
mesmo que o requerente seja morador de outro município. A prefeitura
estará sujeita a multa de R$ 10 mil para cada caso de descumprimento da
medida.
A decisão é do juiz substituto da 1ª Vara da Justiça Federal de
Uberlândia, Alexandre Henry Alves, que acatou uma das 12 solicitações
contidas em uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público
Federal (MPF). Dentre outros pedidos, o MPF requeria a implementação do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em um prazo de 90 dias
em Uberlândia, além da construção de uma unidade hospitalar regional com
40 leitos de UTI por parte do governo do Estado.
Na decisão judicial que determinou a obrigatoriedade do atendimento a
qualquer pessoa na rede de saúde de Uberlândia, o juiz Alexandre Henry
afirmou que a Constituição Federal garante o acesso universal e
igualitário aos serviços médicos. O juiz disse ainda que o custeio da
saúde em Uberlândia não é feito apenas com recursos próprios. “Se o
atendimento nas UAIs [Unidade de Atendimento Integrado] e no Hospital
Municipal recebem qualquer tipo de ajuda financeira de Minas Gerais e da
União, ainda que por meio de repasse do SUS [Sistema Único de Saúde], o
custeio é feito então por toda sociedade brasileira”, afirmou em
justificativa.
Clique aqui e leia o restante da reportagem no Correio de Uberlândia.
Pitaco do Blog
Este é um problema recorrente na saúde pública do Brasil. Não acontece somente em Uberlândia. Algumas cidades, por oferecerem melhor atendimento médico, acabam atraindo usuários do SUS de outras regiões.
Infelizmente, esse tipo de situação tende ao agravamento. É que não existe uma política pública para melhorar o atendimento nas pequenas cidades, deixando as cidades-polo apenas para atendimentos de média e alta complexidade. O que se vê, infelizmente, é a proliferação da "ambulancioterapia". Não faltam recursos oriundos de emendas parlamentares para a compra de ambulâncias para os municípios. Com isso, prefeitos espertinhos empurram o problema para cidades maiores.
A conferir...
Espera-se que o novo governo inicie o mandato de forma diferente do atual. Aguarda-se, para o primeiro dia de gestão, a publicação do Correio Oficial dos nomes de todos os comissionados nomeados e exonerados pelo município. Caso isso não aconteça, a nova gestão começará da mesma forma que o governo Marcos Coelho, ou seja, sem transparência. Nós, os pagadores de impostos, temos o direito de saber, no mínimo, quantos e quais são os servidores públicos ocupantes de cargos em comissão na Prefeitura Municipal.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Irresponsabilidade Fiscal
A Prefeitura, neste final de mandato, vem atrasando o cumprimento de suas obrigações com fornecedores e funcionários. O atraso de pagamento por falta de recursos financeiros é, na verdade, uma irregularidade, que deveria ser fiscalizada pela sociedade, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Esse tipo de falha não é fruto de geração espontânea. Normalmente, decorre de ausência de planejamento por parte dos gestores.
A propósito, o parágrafo 1º do artigo 1º da Lei de Responsabilidade Fiscal diz que:
A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
Por isso, tenho insistido tanto na necessidade de transparência e planejamento na gestão do município. Infelizmente, esses indicadores de uma gestão pública responsável não foram vistos nos últimos anos. A gestão Marcos Coelho ficará marcada pela falta de planejamento e de transparência. Nesse contexto, o descumprimento de obrigações em final de mandato é apenas a "cereja do bolo". Tomara que essas falhas sirvam de exemplo para os próximos governantes. Chega de repetir os mesmos erros.
Animais são mantidos em péssimas condições no Canil e Curral Municipal
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Araguari, MG, perde R$ 1,2 milhão pela diminuição no repasse do FPM
Queda vai fazer diferença no fechamento das contas públicas da cidade.'Gestores públicos terão que ser malabaristas', diz economista.
O município de Araguari, no Triângulo Mineiro, deixou de arrecadar neste ano R$ 1,2 milhão, segundo a Secretaria da Fazenda da Prefeitura. O prejuízo foi resultado da diminuição no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A queda no valor deve fazer diferença no fechamento das contas públicas da cidade e pode gerar dívidas para a próxima administração.
Baseado no cálculo da Secretaria de Fazenda da Prefeitura, o superintendente da Controladoria de Araguari, Alírio Gama Filho, afirmou que o número é significativo e que estão fazendo de tudo para pagar os funcionários. "A Confederação Nacional dos Municípios analisou que teremos uma queda de aproximadamente 10% nestes repasses. Considerando que Araguari recebe cerca de R$ 36 milhões, é um número bem expressivo", disse.
O Fundo de Participação dos Municípios é um repasse da União garantido por lei. O valor é de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Fábio Henrique Bittes, os gestores vão precisar ajustar as contas para honrar os compromissos. "Os gestores públicos terão que ser malabaristas neste instante. Vão precisar fazer um exercício de reorganização das finanças públicas", explicou.A primeira parcela do 13º dos 2.350 servidores foi paga no dia 30 de novembro e a segunda está prevista para o dia 20 de dezembro. Mesmo assim, o próximo governo pode receber como herança uma dívida, reflexos da queda de receitas sofridas pelos municípios. "Esperamos fechar dentro de dezembro o pagamento dos 13º dos servidores as rescisões e as férias. Caso essa decisão do FPM não seja recomposta poderão ser pagas na próxima gestão até o quinto dia útil do mês subsequente", explicou Alírio.
O professor alertou ainda quanto a possibilidade de responder na Justiça por conta de problemas de ajuste financeiro. "Sendo fim de mandato, deixando o endividamento para a próxima gestão, os gestores podem ser judicialmente atingidos pela lei de responsabilidade fiscal", concluiu.
Transcrito do Portal G1, onde pode ser visto um vídeo sobre a matéria.
Pitaco do Blog
Vários municípios estão passando por esse problema. Os motivos alegados são os mesmos. Afirma-se que a redução das transferências federais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) vem causando a diminuição de receita e, por conseguinte, as dificuldades para o fechamento das contas públicas.
Isso explica, mas não justifica. Todos sabiam que o governo federal reduziu a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Essa redução decorreu do incentivo dado às indústrias de automóveis e de eletrodomésticos (linha branca). Com essa redução, era óbvio que as transferências do Fundo de Participação dos Municípios iria sofrer cortes. Todos sabiam, mas ninguém teve o cuidado de cortar gastos. Ao contrário, em anos eleitorais, os prefeitos costumam aumentar as despesas para conseguir a reeleição.
Além disso, outros fatores devem ser considerados. A redução do IPI, por exemplo, produz uma maior venda de veículos automotores, o que, por sua vez, gera o aumento de outros tributos (IPVA, por exemplo), beneficiando os municípios. Especificamente no caso de Araguari, tivemos neste ano, o famigerado aumento dos impostos e das taxas, o que, em princípio, poderia amenizar os efeitos da redução das cotas do FPM.
Por fim, quero dizer que este post poderia ter informações mais detalhadas acerca do assunto. Contudo, isso não é possível diante da falta de transparência da Prefeitura de Araguari, que não disponibiliza dados essenciais de suas receitas e de seus gastos no Portal da Transparência. Assim, fica claro que além da falta de cuidado na gestão de recursos públicos, que ocasionou esses problemas no final do mandato, a Prefeitura não costuma tornar públicas informações que deveriam estar disponíveis a qualquer cidadão. Isso pode comprovar a tese de que falta de transparência e irregularidades caminham lado a lado.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Paciente diz que não é operado por falta de anestesia
Pitaco do Blog
O cidadão entrevistado foi duplamente penalizado pelo município de Araguari. Primeiro, porque, ao pilotar uma motocicleta em via pública, caiu em um buraco aberto pela SAE. Segundo, porque continua aguardando uma cirurgia cuja demora foi ocasionada pela falta de pagamento dos honorários dos anestesistas pelo município.Esse tipo de notícia nos mostra que o município pode estar causando danos aos cidadãos, seja pela não sinalização de valetas abertas em via pública (fato infelizmente comum), seja pelo atraso no pagamento dos honorários dos anestesistas, causando o adiamento de cirurgias pelo SUS.
Nesse momento, vêm à tona as deficiências do Poder Executivo local, que não vem prestando um serviço público eficiente. Além disso, pode ser percebida a falta que fazem, no município de Araguari, um Ministério Público e uma Defensoria Pública eficientes. Em casos como este, o município de Araguari e os gestores (ir)responsáveis deveriam ser penalizados e condenados a reparar os prejuízos causados aos cidadãos-contribuintes. Essa penalização, muitas vezes, depende da atuação desses dois importantes órgãos essenciais à Justiça.
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