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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Mesmo com obras de pavimentação, bairro Vieno fica alagado


Foto: Gazeta do Triângulo
Chuvas no final de semana inundaram as ruas e
dificultaram a locomoção de moradores

Foto: Gazeta do Triângulo

TALITA GONÇALVES, Araguari - A pavimentação no bairro Vieno foi concluída há pouco mais de duas semanas e nas primeiras chuvas após a intervenção, o cruzamento entre as ruas José Monteiro de Araújo e Maria Moreira ficou completamente inundado. As vias que dão acesso a saída para o Distrito de Amanhece e passarela do bairro São Sebastião, ficaram intransitáveis.

O problema começou com as chuvas que caíram sobre a cidade na última quinta-feira, 11. Muitas pessoas tiveram dificuldade para sair de casa. A água, que não escoava, acabou evaporando.

Segundo a moradora Gitalina Rodrigues da Trindade, não são poucos os motoristas que desistem de prosseguir o caminho ao se depararem com a situação das ruas. “Temos que praticamente passar por um rio. O barranco está muito alto,” ressaltou.

No último domingo, 14, a Igreja Batista Água Viva recebeu poucas pessoas pelo mesmo motivo.  Segundo o pastor Oseas Madson de Souza, às 17h, poucas horas antes do horário do culto, o asfalto estava coberto pelas águas.

Além disso, uma carreta estacionada na contramão, em frente a uma casa alugada pelo templo e situada ao lado, prejudica ainda mais a locomoção. “Temos idosos, cadeirantes que frequentam os cultos e o barranco está muito alto. Se tivermos três ou quatro dias de chuvas ininterruptas, a tendência é que as calçadas desmoronem. O prejuízo será muito maior,” comentou.

Para resolver a situação, os moradores procuraram o vereador Wesley Lucas Mendonça (PPS), que apresentou um requerimento cobrando providências do Executivo. Se não houver resposta, a intenção é fazer uma representação no Ministério Público. “No meu entendimento a obra foi feita de maneira precipitada,” disse.

A reportagem da Gazeta do Triângulo procurou o secretário de Obras, Silvio Póvoa. Segundo ele, a obra ainda não está concluída. “O projeto ainda prevê trabalhos naquele bairro. A rua precisa ser rebaixada naquele cruzamento. Falta fazer o calçamento também. Vamos esperar que as chuvas cessem,” declarou.

Transcrito do Gazeta do Triângulo

Pitaco do Blog

Esta é mais uma das notícias que mostram como atuam os nossos governantes. As obras são feitas, principalmente, com fins eleitoreiros. Nenhuma preocupação com o planejamento. Desperdiça-se dinheiro público com extrema facilidade e sem nenhum peso na consciência.
A propósito, questionamos aqui, em novembro de 2011, a ausência de drenagem profunda nas obras de asfaltamento de parte do Bairro Vieno. Sem galerias pluviais, apenas com sarjetas, era praticamente certo que as águas continuariam se acumulando nas vias daquela localidade, com a agravante da impermebialização do solo causado pelo asfaltamento.
Falamos sobre o assunto com uma integrante do governo Marcos Coelho. Nossas palavras foram recebidas com as costumeiras arrogância e ironia. Assim como os defeitos da obra, visíveis na foto acima, esse tipo de conduta de integrantes do governo é bastante comum. Ainda bem que a população araguarina não se deixou enganar por discursos falsos e obras eleitoreiras, negando a permanência dessa turma (eu poderia usar expressão pior...) no poder.
Por fim, vale ressaltar que a indignação do vereador Wesley Lucas de Mendonça, retratada na reportagem, veio tarde.  Questionamentos feitos, nesta altura do campeonato, são de duvidosos efeitos práticos. Na condição de vereador, ele tinha o dever legal de fiscalizar as ações adotadas para a realização da obra (projetos, licitação, contratação, execução, etc.). Tanto ele quanto os demais vereadores foram omissos, não evitando mais esse desperdício de dinheiro público.

Clique aqui e leia nosso post sobre as falhas no projeto de asfaltamento de parte do Bairro Vieno
Clique aqui e leia a opinião do leitor Leandro Cezar Maniezo sobre as conhecidas peculiaridades do bairro e os efeitos do asfaltamento de suas ruas sem a prévia construção de galerias pluviais.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Bolsa de Estudos: resultado do sorteio


Conforme combinado, foi sorteada, na quarta-feira (10),  uma bolsa de estudos para o Curso Preparatório para o Concurso de Agente Penitenciário - MG. A ganhadora foi Cristiane Maria Silva, inscrita com o número 2, correspondente à unidade do quinto prêmio (71.192) da extração da Loteria Federal daquela data (clique aqui para ver o resultado).
Em breve, novos sorteios. Boa sorte aos candidatos!

O novo governo e o aumento do IPTU


A Lei de Wagner, formulada pelo economista alemão Adolf Wagner em fins do século XIX, defendia a teoria da “expansão permanente das despesas públicas”. Segundo ele, a carga tributária de um país tenderia a sempre aumentar devido à ampliação das tarefas a cargo do poder público. Isso vem sendo confirmado ao longo do tempo nos mais diversos países. 
No município de Araguari, a situação não é diferente. Em 2010, o governo aprovou o novo Código Tributário  (CTMA) majorando, consideravelmente e sem nenhum estudo, os valores do Imposto Predial Territorial Urbano. Essa majoração vem se refletindo  no aumento da previsão de receita do município. Para este ano, a previsão era de 180 milhões de reais. Já para o próximo, há informação de que as receitas chegariam à casa de 234 milhões de reais. Tudo isso, graças, em parte, ao aumento da carga tributária do município.
Essa reflexão mostra-se importante agora, às vésperas da mudança no comando do Poder Executivo municipal. É que o prefeito e o vice eleitos, Raul Belém e Werley Macedo, respectivamente, quando eram vereadores, postaram-se contra a aprovação do novo Código Tributário e o aumento dos tributos. Dessa forma, para serem, minimamente, coerentes com o defendido num passado recente, deveriam, imediatamente após tomarem posserevogar o dispositivo do Código que prevê o aumento do IPTU para o próximo ano (cobrança do valor integral constante da tabela anexa à lei). Em seguida, deveriam submeter ao Legislativo um novo projeto de Código, corrigindo as falhas vistas na lei atual. 
Como a complexidade e a quantidade dos serviços públicos prestados pelo município não aumentaram nos últimos anos em patamar compatível com o incremento da carga tributária, espera-se que os eleitos tenham coragem suficiente para contrariar a Lei de Wagner, dando um tratamento mais justo aos contribuintes araguarinos. Estaremos cobrando, dos eleitos, não somente o cumprimento de programas de governo, mas também a coerência com posicionamentos por eles adotados anteriormente.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Concurso público é cancelado


A Prefeitura Municipal de Araguari, alegando razões de interesse público, resolveu revogar (cancelar) o concurso público para preenchimento de empregos no seu quadro, veiculado pelo Edital nº 01/2012, de 5 de março de 2012. O concurso seria realizado no dia 3 de junho, mas dois dias antes o município foi comunicado da sua suspensão pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE/MG).

De acordo com o decreto revogador, assegura-se:
"a devolução do valor pago da taxa de inscrição do Concurso Público regido pelo Edital nº 01/2012, devidamente corrigido pelo INPC, para tanto o interessado, ou seu representante legal, terá que formular requerimento junto à Secretaria Municipal da Fazenda, na Praça Gaioso Neves nº 129, Bairro Goiás, CEP 38.440-001, acompanhado do necessário comprovante de depósito, devendo a restituição ser efetuada em espécie pela Tesouraria Municipal, no prazo de até 10 (dez) dias, contados da data do protocolo do pedido.".

Clique aqui e leia, na íntegra, o Decreto nº 217, de 10/10/2012.

Pitaco do Blog

Esta medida veio tarde. Poderia ter sido adotada bem antes, reconhecendo a existência de falhas na contratação e no edital. Se assim agisse, a Prefeitura já poderia ter contratado nova banca examinadora e publicado novo edital sem as ilegalidades constatadas pelo TCE/MG. Entretanto, o tal interesse público motivador da revogação, curiosamente, só apareceu três dias após as eleições.

Vale ressaltar que, mesmo com a revogação do concurso, os processos em que o TCE/MG investiga eventuais irregularidades na contratação da banca examinadora e no edital deverão prosseguir. Isso porque o cancelamento do concurso, por si só, não afasta a possibilidade de punição por eventuais irregularidades praticadas pelos gestores do município.

Ainda, importante esclarecer que a Prefeitura foi infeliz ao exigir que os candidatos apresentem o comprovante de pagamento de inscrição para obtenção do reembolso. Como o município dispõe do nome de todos os inscritos no certame, não seria necessária tal exigência. Por uma questão de racionalidade administrativa, bastaria ao interessado comprovar a sua identidade perante o município para receber o valor devido.

Resultado das eleições preocupa o Tazzari Group

Alexandre Fedeli, representante da marca italiana, veio a Araguari consultar sobre a manutenção dos compromissos firmados pelo Prefeito Marcos Coelho para instalação em Araguari da fábrica de carros
 Procurador Geral do Município Dr. Leonardo Henrique, representante da montadora, Alexandre Fideli, Secretária de Desenvolvimento Econômico Tereza Griep e Vereador Giuliano Tibá
 Procurador Geral do Município Dr. Leonardo Henrique, representante da montadora, Alexandre Fideli, Secretária de Desenvolvimento Econômico Tereza Griep e Vereador Giuliano Tibá

 O representante do Tazzari Group (fabricante de carros elétricos) que pretende se instalar em Araguari, Sr. Alexandre Fedeli, veio a Araguari nesta semana para examinar possíveis influências do resultado das eleições locais na concretização do empreendimento, que depende da manutenção dos compromissos já assumidos pelo Prefeito Marcos Coelho e pelo Governo do Estado.

Alexandre Fedeli quis saber especialmente sobre a manutenção dos compromissos intermediados pelo Prefeito Marcos Coelho junto às autoridades estaduais Dorothea Werneck, José Frederico Álvares e Ismael Vilas, respectivamente Secretária de Estado de Indústria e Comércio, Presidente e Diretor do INDI/MG, com ênfase na manutenção dos incentivos fiscais que proporcionem carga fiscal menor ou, no mínimo, igual à oferecida pelo Estado de Goiás, além de total apoio da Administração Municipal.

O Prefeito Marcos Coelho insistiu na manutenção do projeto, dizendo que seu Governo acaba, mas a cidade não pode parar e seu potencial econômico continua cada vez mais forte. Alexandre Fedeli disse que vai procurar o Prefeito eleito Raul Belém para poder decidir sobre a continuidade do empreendimento.

O Vereador Giulliano Tibá, que foi o responsável pela vinda de Alexandre Fedeli e do Tazzari Group a Araguari, participou da reunião e garantiu que a Câmara Municipal mantém total apoio ao empreendimento, acreditando poder dizer em nome dos futuros companheiros de Legislativo que a Câmara vai manter seu apoio à implantação da montadora de carros elétricos em Araguari. 

Transcrito do Correio de Araguari, 11/10/2012

Pitaco do Blog

Primeiro, espero que essa carta de intenções seja verdadeira e que realmente haja o interesse de a empresa se instalar em Araguari. É que não se pode confiar integralmente em notícias veiculadas em períodos eleitorais. Muitas promessas são feitas apenas para enganar os eleitores.
Dito isso, considerando-se concreta a proposta da empresa, entende-se que o novo prefeito tem o dever de dar prosseguimento às tratativas junto ao governo estadual no sentido de obter os incentivos necessários à instalação da empresa. Vale lembrar, neste ponto, que o tempo empresarial é diferente do tempo político. Se o governo de Minas agir com a lentidão e má vontade costumeira, Araguari corre o risco de perder esse e outros empreendimentos para o estado de Goiás, que tem uma forte política de atração de investimentos.
A propósito, numa rede social, há informação um pouco diferente da veiculada pelo Correio. Afirma-se que o novo prefeito já entrou em contato com o representante da empresa, assegurando que adotará as medidas necessárias à instalação da fábrica. Há ainda uma interessante notícia de que o prefeito Marcos Coelho será presentado com o primeiro veículo a ser fabricado na cidade.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O mandato ainda não acabou


É preciso avisar aos integrantes do Novo Modelo de Administração que o mandato vai até o dia 31/12. Necessário prosseguir com as obras. Não se pode paralisar os serviços que, mal ou bem, ainda funcionam. Casas populares ainda devem ser entregues aos compradores. Um governo não pode trabalhar apenas com fins eleitoreiros. 
Esse recado, de certa forma, vale para o novo governo. Deve-se dar prosseguimento às obras iniciadas e aos serviços que estiverem sendo eficientemente prestados pela atual gestão. A atividade pública deve ser contínua e eficiente. 

Entrevista de Raul Belém ao Gazeta do Triângulo

O jornal Gazeta do Triângulo prestou um importante serviço à sociedade, publicando uma entrevista com o prefeito eleito de Araguari, Raul Belém. Cabe a cada cidadão guardar essa entrevista, juntando-a aos panfletos de campanha e ao programa de governo, para acompanhar a gestão do prefeito recém eleito. Em breve, falarei sobre alguns pontos dessa entrevista. Por ora, a reproduzo na íntegra:

Entrevista: Raul José de Belém, prefeito eleito de Araguari




Em entrevista concedida ontem, o prefeito eleito afirmou que sai do processo eleitoral sem mágoas e que seu governo será composto por aqueles que têm condições de contribuir com Araguari
rbAos 30 anos, o jovem Raul José de Belém foi eleito no último domingo, dia 7, para governar a Prefeitura de Araguari nos próximos quatro anos. Ao lado do vice Werley Macedo, ele obteve 50,12% dos votos válidos, vencendo o pleito com a diferença de 2.221 votos.

E é com a sua entrevista que a Gazeta do Triângulo inicia uma série de reportagens que, no decorrer dos próximos dias, serão realizadas com os candidatos eleitos.

Em sua fala, Raul Belém discorreu sobre a emoção da vitória, o desgaste do processo eleitoral, as alianças e as perspectivas para o seu governo. Por questão de espaço, uma parte das colocações feitas durante a entrevista será publicada oportunamente.

Confira:

GT: Como você acompanhou a apuração dos votos e qual a emoção de receber o resultado?
Eu acompanhei a apuração em minha casa. Na verdade, não acompanhei o tempo todo. Orei muito, pedi a Deus para que nosso projeto desse certo e quando haviam sido apuradas 90% das urnas, eu tive a certeza da eleição. Foi uma grande felicidade por tudo que nós passamos, pelo que enfrentamos, por ter sido uma campanha muito modesta... Nós trabalhamos muito para alcançar o nosso objetivo. Uma verdadeira batalha.

GT: Como você analisa o período eleitoral que, de certa forma, foi muito desgastante não só para os candidatos como também para os eleitores?
Eu procurei fazer uma campanha junto com as pessoas. Meu plano de governo só saiu no último mês de campanha porque foi baseado em cima daquilo que nós ouvíamos das pessoas, das necessidades da população. Foram mais de 30 tendas em Araguari, espécies de comícios mais modestos, onde caminhávamos no bairro e depois de um bate-papo com a população fazíamos nossos pronunciamentos. Então, vejo que a minha campanha foi de muita proximidade com as pessoas, especialmente com aquelas de menor poder aquisitivo. Desde o início percebia a insatisfação popular no que se referia ao atendimento do governo municipal, pois, quem depende mesmo dos serviços públicos (SUS, creche, escolas municipais) sofria muito com o tratamento recebido.

Quanto ao acirramento que houve na campanha, nós percebemos nitidamente que uma parte da imprensa, especialmente televisiva, tentava fazer com que o resultado fosse outro. Não falo isso com mágoa, mas, infelizmente, muitas coisas foram lançadas sem que fossem devidamente apuradas. Mas, graças a Deus venceu a verdade e eu faço questão de, mesmo o povo tendo nos isentado através da nossa vitória, refutar todas aquelas mentiras e reiterar o meu desejo de fazer um governo de união. Asseguro ao restante da população, de quem eu não tive o voto, que vou trabalhar para mostrar que tudo aquilo que sempre preguei era verdade.

GT: Um dos temas mais polêmicos em torno de sua campanha foi a verdadeira coalização partidária em torno do seu nome, pois, pela primeira vez na história do município, 16 legendas fecharam em torno de uma única candidatura. O que você tem a dizer a respeito disso? 
Pelo descrédito total da política, as pessoas sempre imaginam uma política do “toma lá, dá cá”: apoio aqui, mas quero isso em troca. Mas, não foi o que houve em relação a essa união de partidos em torno da minha candidatura. Primeiro, sempre apareci muito bem nas pesquisas, melhor do que todos os pré-candidatos de outros partidos. Estava muito nítido que as pessoas, especialmente da oposição, caminhavam para que o meu nome fosse escolhido e foi exatamente isso que aconteceu. Além disso, a falta de habilidade do atual governo acabou contribuindo, pois, era muito mais fácil trazer apoios para a situação do que para a oposição. Mas, isso não ocorreu. Então, nós tivemos a felicidade de conseguir arregimentar essas forças não em cima de compromissos políticos, mas, sim, de um projeto de união em favor de Araguari. É claro que nós sabemos que não há como fazer política sem questão partidária. Sabemos que precisamos muito valorizar os partidos que estiveram conosco. Agora, é imprescindível que eles ofereçam bons nomes para que possam compor um futuro governo. E partido que não tiver nome com capacidade, condições de fazer um bom trabalho, de cumprir metas, não terá outra forma de participar deste governo que precisa cumprir metas. Nós precisamos viver um momento novo em Araguari, de colocar pessoas ao nosso lado e à frente da nossa cidade de Araguari por competência e qualidade.

GT: Sobre a escolha do seu vice Werley Macedo e o trabalho realizado ao longo da campanha, o que você tem a dizer?
Enquanto nós dois tivemos a oportunidade de ser vereadores juntos, eu sempre tive grande admiração pelo Werley. A partir dessa convivência, houve uma aproximação maior e percebi que ele é como eu: uma pessoa que combate as injustiças. Nós lutamos muito contra o novo Código Tributário, que foi um exagero e que nós vamos corrigir, pois, muita gente foi injustiçada. Então, o Werley sempre foi um grande companheiro nessa eleição e não tenho dúvida de que será um grande parceiro, uma pessoa de trabalho. É importante dizer que ele não está em campanha para nada, o que faz grande diferença porque está aí para ajudar Araguari. Então nós queremos aumentar nossa cumplicidade, de modo que ele não seja mero figurante, mas, sim, um vice-prefeito ativo, mesmo porque é da personalidade dele ser uma pessoa participativa. Tenho muita confiança nele e acredito que nós dois juntos, com a nossa equipe, vamos fazer uma grande administração em Araguari.

GT: Quais os motivos, além da articulação política certeira, a que você atribui a vitória e, claro, a constante popularidade do seu nome?

As pessoas têm sempre muita esperança na mudança, na renovação e eu acredito que através das minhas qualidades como homem, como político e como pessoa pública, especialmente a de ouvir e de ser acessível às pessoas, tenham contribuído. O apoio do governador do Estado a uma cidade que não tem deputado estadual e nem federal também gera a esperança de que Araguari será melhor, terá mais investimentos, e conseguiremos trazer indústrias, empregos, mais cursos profissionalizantes. Acredito que tivemos a felicidade de ser a candidatura de esperança do povo de Araguari. Me lembro de uma frase que meu pai sempre dizia: “sonhar é um direito. Ter esperança um dever”. Então, o povo de Araguari cumpriu o seu dever em ter esperança. Agora, cabe a nós, concretizar e materializar essa esperança do povo de Araguari em mim depositada através do nosso trabalho.

GT: Falando no seu pai, você acredita que o fato de ser filho de Raul Belém tenha influenciado? 

Sem dúvida. Quando eu nasci, meu pai já era deputado federal e, com isso, tenho a oportunidade de conviver com vários políticos importantes. Também tive a oportunidade de atuar nesse meio, inclusive sendo assessor na representação de Minas em Brasília do governador Itamar Franco, um dos homens mais íntegros, corretos e decentes que existiram na política do nosso país. E mantenho essas relações até hoje. Por exemplo, o senador Aécio Neves, o vice-governador Alberto Pinto Coelho, o próprio governador Anastasia cuja ligação comigo é mais recente até porque ele sempre foi mais técnico e menos político, mas, nós trabalhamos muito esses elos, essas afinidades e isso tudo pela nossa cidade, para conseguir benefícios. Analisando meu mandato como vereador, é possível perceber que eu consegui muita coisa para Araguari que, talvez, não tenha sido aproveitada pela atual administração por inoperância.

GT: Como o governo do estado recebeu a notícia da sua vitória e a derrota na cidade de Uberlândia? 

Infelizmente o governo do estado não fez a Prefeitura de Uberlândia, mas, por outro lado, fez a de Araguari. A nossa vitória foi uma alegria para o estado. Quando liguei para o governador, ele estava sabendo e disse da sua felicidade. O governador Anastasia é um grande republicano. Com certeza não deixará de investir em Uberlândia com Gilmar Machado prefeito, mas, sem dúvida, maiores possibilidades se abrem para Araguari que terá um prefeito aliado, de base. Creio que o governo de Minas vai querer fazer da nossa cidade uma grande vitrine no Triângulo Mineiro. Nós temos a oportunidade de, em quatro anos, crescer e nos transformar imensamente, com investimentos pesados do governo estadual que pode nos tornar exemplo para o Brasil.

GT: Passada a fase da comemoração, quais são os próximos passos de seu grupo político? As reuniões para a definição da Comissão de Transição começaram?
A Lei diz que 45 dias antes da posse do prefeito eleito, o atual deve baixar um decreto para que possamos ter acesso ao governo. Mas, eu espero do prefeito Marcos Coelho que ele nos dê esse acesso antes porque acho importante começarmos imediatamente um trabalho nesse sentido. Na minha conversa com o governador eu pedi a ele apoio da Fundação João Pinheiro para que nós pudéssemos ter um panorama completo, uma consultoria, em relação aos contratos vigentes e que estão por vencer. Precisamos ter uma real noção do que estaremos assumindo e para que não haja prejuízo na prestação dos serviços públicos. Assim, conto muito com o bom senso do prefeito e espero que nós possamos ter uma relação muito respeitosa pelo bem de Araguari.

GT: Qual é a primeira coisa que você pretende fazer quando assumir a Prefeitura de Araguari?
Pretendo ter uma audiência com o ministro da Saúde Alexandre Padilha para resolvermos de vez a questão do Hospital Municipal. A população espera isso. Houve trapalhada de um governo e de outro e as pessoas não querem apenas o apontamento dos erros. A comunidade quer solução e a questão do Hospital Municipal é um problema que incomoda muito a população porque projetou a cidade de forma negativa em âmbito nacional. Se ele vai funcionar como hospital não posso responder agora, mas o meu desejo é que aquele prédio não seja derrubado de forma alguma como ocorreu com o antigo Pronto-Socorro. Nós precisamos dar proveito a ele: seja para abrigar os pacientes da Saúde Mental que estão sofrendo na Santa Casa, seja para abrigar uma clínica de dependentes químicos, visto que o espaço é excelente.

GT: Em relação às empreiteiras, sempre muito combatidas pelos candidatos em período eleitoral, como você pretende administrá-las no seu governo?

Em primeiro lugar, nós temos que cobrar o cumprimento dos contratos. Esse é o grande problema. Não vejo mal algum em terceirizar serviços, desde que sejam prestados.

GT: Mas e os excessos? Os favorecimentos e as obscuridades que cercam esse assunto? Pois, além de não prestar o serviço como está descrito, nos últimos anos, essa questão sempre foi polêmica, vista de maneira escandalosa, inclusive, pelo excesso de ordens de serviço.  

A fiscalização da Prefeitura tem que funcionar muito bem em relação a isso. Eu não quero falar mal de A ou B, mas, sabe-se que onde deveriam existir 10 pessoas trabalhando de determinada empreiteira, geralmente tem apenas uma. Uma pessoa que ganha mal e sem condições adequadas de trabalho. Então, em nosso governo, nós vamos contratar as empreiteiras a partir do certame da licitação, porém, sem deixar de fiscalizá-las para prestar um serviço de qualidade e sem excesso. A nossa intenção é enxugar esses excessos para ter condições de investir em outras áreas, entre elas, no funcionalismo. Hoje os maiores credores da Prefeitura são as empreiteiras, com valores exorbitantes e nós precisamos rever isso.

GT: Como você disse, competência é um dos critérios para a escolha do secretariado. Quando você pretende anunciá-lo? E os membros da Comissão de Transição?
A Comissão de Transição deve ser nomeada no início de novembro, visto que começamos a falar sobre ela, pois, sabemos que precisamos de um suporte jurídico e de pessoas da nossa confiança e com competência no assunto. Quanto ao secretariado, devo anunciar os nomes provavelmente depois da solenidade de posse.

GT: Que mensagem você gostaria de deixar para os araguarinos?   
Em primeiro lugar quero agradecer a Deus e pedir a Ele que eu possa ser um instrumento dele para transformação da nossa cidade. Também quero agradecer à minha esposa, que é minha grande companheira, à minha filhinha que, embora tenha apenas três aninhos, entendeu a nossa ausência nos meses de campanha; à minha mãe, minhas irmãs, aos meus amigos, todos os apoiadores e as pessoas que trabalharam diretamente conosco, desde o trabalho mais simples até ao mais complexo. Mas, agradeço principalmente ao povo araguarino por ter nos dado esse voto de confiança, inclusive as crianças que foram uma parte muito importante na campanha. Mesmo não sendo eleitores, as crianças renovavam as nossas forças com seus abraços e sorrisos, os quais nos traziam novas energias, reavivam a vontade de lutar por eles e de querer dar um futuro melhor a cada uma. Também preciso agradecer os jovens, à “Diferença Jovem”, que fizeram um trabalho excelente, demonstrando o renascimento da juventude que milita e transforma um país, uma cidade. Agradeço ainda as pessoas da terceira idade. Nosso trabalho agora é de união em torno da cidade. Nós queremos conversar com todo mundo, ouvir todo mundo. Não existe mágoa nenhuma. Está na hora de Araguari ter a maturidade de descer do palanque e de trabalharmos juntos pelo bem da cidade. Quem quiser isso, seja muito bem-vindo. Eu continuo sendo um empregado do povo, não sou o dono da razão, quero ouvir as pessoas e o espaço está aberto para todos aqueles que têm condições e querem ajudar a cidade de Araguari.

Transcrito do Gazeta do Triângulo, 10/10

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