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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Olhos vendados

Abre aspas para a coluna de Dejair Flávio de Lima no Correio de Araguari, edição de 07/07:
"Outro assunto que não me causou espécime foi o fato divulgado pela mídia nacional relativamente ao famigerado mamógrafo. A imprensa opositora que se dizem Araguarinos galhofou da notícia e como prato cheio culpou o Executivo, como se ele fosse o responsável por toda a saúde no Brasil, que sem dúvida alguma, tal como aqui ali e acolá não vai bem. O vereador que quer ser Prefeito esparramou a parte ruim da notícia como se tivesse descoberto o ovo de Colombo e, a imprensa de Uberlândia, que sabidamente não gosta de Araguari, produziu a matéria com a meia verdade e, a fez veicular em rede nacional.

Entretanto, a notícia veiculada não informou em momento algum que o equipamento estava montado e funcionando no PS, e que depois de uma fiscalização foi lacrado e retirado do local por ordem da ANVISA. Que o equipamento estava embalado e armazenado no depósito da Prefeitura Municipal, lugar este que recebe bens do imobilizado técnico da PM para ser guardado até a sua destinação final. Que quem danificou o lacre e parte da embalagem foi o vereador/gerente que deu uma de Sherlock Holmes, entendendo ser vereador e, que pudesse tudo. E, por último fica a informação para os desinformados: - ninguém ficou sem realizar o exame de mamografia por causa deste episódio, sendo todos os exames bancados pelo Município/SUS e ponto final, logo onde está a tragédia do evento? Fato que podemos deduzir que está só na cabeça da oposição que não consegue enxergar além do próprio umbigo, assim como na cabeça incoerente de quem se diz coerente."
Pitaco do blog
Mais uma vez, um dos integrantes do governo vem a público falar sobre o tal mamógrafo. Uma vez mais, traduz bem o pensamento do Chefe do Executivo. Para o prefeito, a maior preocupação é com a repercussão da notícia e não com o fato em si mesmo. Não seria melhor esquecer a oposição e governar para toda a cidade?
Além disso, me preocupa a alienação do articulista. Parece não querer ver a realidade. Ao afirmar que "ninguém ficou sem realizar o exame", ele demonstrou não saber o que se passa na sua cidade. Ora, estão sendo negados às pessoas não somente o exame de mamografia, mas também outros bem mais simples, como raio-X ou exame de sangue. Isso já aconteceu com alguns familiares e amigos meus. Se o douto procurador olhar ao redor, verá que tal fato (a não-realização de exames básicos) é fato corriqueiro na saúde pública da cidade, atrasando diagnósticos, dificultando recuperações e causando mortes.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Marcão, o ilusionista

Um mesmo fato pode ser visto sob vários prismas. Fala-se, então, em fato político, fato jurídico, fato social, etc.
A nosso  ver, o governo atual, em especial, o senhor prefeito, vem tentando distorcer a realidade fática ao tratar dos assuntos de interesse coletivo. As opiniões do alcaíde tentam imputar à oposição a culpa por todos os problemas da cidade. Atuando dessa forma, ele comete pelo menos três erros. Primeiro, reduz tudo à política, esquecendo-se, por exemplo, do lado social das questões. Segundo, num absurdo reducionismo, divide a cidade entre situação (os bons) e oposição (os maus, aqueles que não querem que a cidade deslanche). Terceiro, tenta desviar o foco da atenção para problemas periféricos, olvidando-se dos problemas reais da população.
Exemplos disso não faltam. Em 2009, Marcão culpou a oposição pelos buracos nas avenidas Belchior de Godoy e Mato Grosso. Autorizada a obtenção do empréstimo (Projeto Somma), já se passou mais de uma ano e até agora as avenidas não foram revitalizadas.
Outro exemplo? O mamógrafo parado. O problema é obviamente o não-funcionamento do equipamento, com todas as suas graves consequências. Contudo, o prefeito vem a público dizer que a culpa é da oposição. Claro: no raciocínio do Chefe do Executivo, o problema a ser enfrentado não é o fato em si (ausência do mamógrafo), mas sim a sua repercussão na mídia. Para ele, ao que tudo indica, mulheres podem morrer de câncer desde que não exponham na imprensa a má prestação do serviço público de saúde.
Último exemplo: IPTU. Sempre que possível, o prefeito atribui à oposição a culpa pelo imbróglio jurídico em relação ao pagamento do imposto. Na visão palaciana, o problema se resume em não poder receber os valores que o município está cobrando da população. Mais um desvio de foco. A culpa pela celeuma é toda do Executivo. Desde o início, sabia-se que o novo Código Tributário fora irregularmente aprovado e que o aumento era ilegal. Em vez de corrigir rumos, revogando o Código, o prefeito optou pelo embate e por tentar iludir a população, causando essa insegurança jurídica.
Com todo respeito, senhor prefeito, não lhe cai bem o personagem de ilusionista. Agindo dessa forma, o senhor abusa da nossa inteligência e nos faz, até mesmo, duvidar da sua.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Foi dito

Abre aspas para Dejair Flávio de Lima, Correio de Araguari, edição de 10/02/2011:
"É muito fácil fazer oposição a um executivo dócil, ético e honesto..."

Muita autopromoção e pouca publicidade

Hoje, uma ouvinte questionou, na Rádio Vitoriosa, o fato de crianças não terem recebido a vacina contra a gripe enquanto doses dessa mesma vacina perdiam a validade nos depósitos da Secretaria de Saúde. A expiração da validade dessas vacinas foi confirmada pela própria titular da Pasta, Iara  Borges, em entrevista ao âncora Luiz Humberto Borges.
A questão é interessante. Apesar de serem sobras da campanha de vacinação, fica evidente, a meu ver o desperdício de dinheiro público. Se ainda existia demanda, conforme demonstra a manifestação da ouvinte, a função do município era atendê-la, não deixando vacinas perderem o prazo de validade.
Nesses momentos, me vem à cabeça o excesso de propaganda enaltecendo os feitos do governo, inclusive aquele estranho "convênio" firmado com a Rede Integração. Em vez de gastar dinheiro para se autopromover, era melhor o Poder Executivo investir dinheiro em publicidade de inegável interesse social, como é o caso da prorrogação do prazo de vacinação. Caso semelhante, aliás, pode ser visto na fraca divulgação das pré-conferências de saúde realizadas pelo município nos bairros da cidade. Salvo a divulgação feita pelo Secretário-Adjunto da Saúde, Ronaldo César Borges, em uma emissora de rádio, não se viram peças publicitárias incentivando a participação popular nesses eventos. Nem mesmo o Correio Oficial, veículo de comunicação com a sociedade, tocou no assunto.

Novas praças

Fomos informados de que o município poderá ganhar duas novas praças. A primeira, com projeto já em andamento, é a Praça dos Esportes e da Cultura, a ser construída no Conjunto Monte Moriá. Segundo o Governo Federal, parceiro dos municípios nessa iniciativa, as praças vão integrar no mesmo espaço físico ações das áreas de cultura, esportes, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços socioassistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital.
A segunda será a praça Pedro Chagas, que fica em frente ao Chicão do Caldo. Para tanto, a Secretaria de Planejamento, Thereza Christina Griep, informou que o município já se cadastrou no Programa Academia da Saúde, do Ministério da Saúde. De acordo com o Portal da Saúde, essas academias "são espaços públicos construídos para o desenvolvimento de atividades como orientação para a prática de atividade física; promoção de atividades de segurança alimentar e nutricional e de educação alimentar; práticas artísticas (teatro, música, pintura e artesanato)".
Quem quiser maiores detalhes sobre esses programas do Governo Federal, basta acessar os seguintes links:
Praças dos Esportes e da Cultura
Programa Academia da Saúde

terça-feira, 5 de julho de 2011

Araguari: mamógrafo está guardado porque não há sala adequada para realizar exames

de Araguari

Situação foi mostrada nessa segunda-feira (04) no Jornal Nacional



O Jornal Nacional começou a exibir nessa segunda-feira (04) uma série de reportagens que vai investigar uma dívida do país com as mulheres: porque ao mesmo tempo em que as autoridades da saúde recomendam a proteção contra o câncer de mama por meio de exames preventivos, o Brasil deixa milhares de cidadãs sem condições de se proteger? Em Araguari, por exemplo, o mamógrafo está guardado porque não tem uma sala adequada para realizar os exames.
Confira aqui a reportagem do Jornal Nacional
A situação mostrada na reportagem do Jornal Nacional não surpreendeu os moradores de Araguari. O produtor do MGTV tentou marcar uma mamografia para a mãe, mas o aparelho não está funcionando.
Por quatro anos a mamografia era feita no pronto-socorro. Mas em maio do ano passado a Vigilância Sanitária Estadual interditou o serviço. Segundo eles, o local não era adequado já que o exame, considerado eletivo, era feito no mesmo ambiente onde são atendidos casos de urgência e emergência.

O mamógrafo está guardado em uma sala da Policlínica. Segundo a secretária de Saúde, Iara Borges, depois da interdição foram feitas tentativas para arrumar um espaço para fazer os exames. Mas o custo de adequação seria alto demais para uma medida paliativa.
 
A solução definitiva, a nova Policlínica, deve ficar pronta até janeiro de 2012. Durante esse ano, sem o mamógrafo da Prefeitura, convênio com duas clínicas particulares atenderam alguns pedidos. E com o fim desses contratos uma nova licitação está em andamento.

Transcrito do Megaminas

Pitaco do Blog
A situação é absurda. Equipamento parado. Pessoas na fila aguardando um exame fundamental para evitar a doença que é a segunda maior causadora de morte nas mulheres. Dinheiro público indo para clínicas particulares sem licitação.
Pior: esse quadro repete-se em relação a outros serviços.
Mas, acalmem-se. Estamos aguardando a inauguração da Policlínica. Como se a doença tivesse hora marcada.

Governo pagou R$ 14,4 mi por internação de pacientes mortos

"Brasília - O governo federal gastou R$ 14,4 milhões para custear procedimentos de alta complexidade e internações de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que já estavam mortos. Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) identificou 9 mil casos de pagamentos indevidos em todo o país entre junho de 2007 e abril de 2010. Outros 860 procedimentos, referentes a pacientes que morreram durante a internação, foram pagos.
O relatório do TCU mostra que boa parte das hospitalizações ocorreu, mas em períodos distintos do informado no boleto de cobrança. A estratégia seria usada por administradores de hospitais para driblar o limite de reembolso mensal fixado pelo governo. Atingido o teto, eles empurravam as cobranças para o mês seguinte, alterando, assim, a data dos procedimentos.
Os casos somente foram identificados por causa da incoerência entre datas dos procedimentos e da morte dos pacientes. Por isso, o relator do processo, ministro José Jorge, alerta que o problema pode ser ainda maior, porque não são considerados dados de pacientes que sobreviveram. "Existe uma clara possibilidade de que casos semelhantes tenham ocorrido, mas não detectados", avalia.
Hospitais apresentaram uma justificativa para a cobrança. Segundo eles, isso ocorreria em razão da entrega antecipada de medicamentos em locais distantes, onde a troca de informações é demorada. Isso faria com que, muitas vezes, a notícia da morte do paciente demorasse a chegar ao serviço de saúde.
"Essa justificativa pode explicar parte das ocorrências verificadas, mas não a sua totalidade", disse Jorge. Para ele, os dados reunidos na investigação feita mostram haver também casos pontuais em que há indícios de cobranças indevidas.
A diretora do departamento de regulação, avaliação e controle de sistema do Ministério da Saúde, Maria do Carmo, afirmou que as recomendações do TCU já são adotadas pela pasta. "O sistema de AIH (autorização de internação hospitalar) é antigo. Criamos de forma sistemática amarras para evitar fraudes. Mas, como em todas as áreas, embora o sistema seja permanentemente aprimorado, há o componente humano, a criatividade das pessoas que estão dispostas a fraudar", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo."

Transcrito do Uol.

Postagem em destaque

Enterro da PEC da Blindagem