Rádio Viola - Araguari-MG - 100% caipira!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ainda, a criação de cargos nos PSFs



Assumindo o erro pela incorreta informação de que havia sido aprovado o projeto de lei do Executivo, criando mais PSFs (ESFs), com os respectivos cargos, quero retomar o assunto.
Primeiro, mesmo me penitenciando, quero questionar a falta de transparência do Executivo e do Legislativo araguarinos, que não disponibilizam na internet os textos dos projetos de leis e das leis e atos normativos em geral. Navegando nos respectivos sites, verifiquei que apenas algumas leis são divulgadas. Talvez o Aloísio possa nos ajudar nessa tarefa de dar maior publicidade e, portanto, maior transparência à gestão.
Segundo, embora não editada ainda a lei, é possível saber o que se avizinha. Ao que tudo indica, a nova lei irá reproduzir as mesmas falhas da Lei Complementar nº 054/09, que trata da criação do Departamento de Distribuição de Medicamentos e da criação de cargos na Secretaria de Saúde. Pois bem, essa nova lei vai se valer do mesmo expediente: criar empregos de médicos e de profissionais na área de saúde, mas não irá provê-los mediante concurso público, valendo-se, uma vez mais, da contratação temporária (sem concurso, obviamente).
Diante disso, algumas perguntas precisam ser respondidas pela Administração:
1º se havia o planejamento de criar novos PSFs, por que não foi feito o concurso público com antecedência?
2º se existem, como afirmado pela Rádio Onda Viva, concursados nessa área aguardando nomeação, por que não foram chamados?
3º se a Lei nº 054/09 foi editada há quase cinco meses, por que ainda não foi lançado o concurso público para o preenchimento dos empregos de médico clínico geral (6), médico generalista (4), médico ginecologista (2), cardiologista, pediatra e neurologista (1 de cada) e auxiliar administrativo (12)?
4º se há, ainda, a intenção de criar novos PSFs (ESFs) nos próximos anos, por que não convocar o concurso imediatamente, criando uma espécie de cadastro de reserva?
Bem, são essas as questões. Outras poderiam ser feitas, a exemplo da absurda estrutura do Departamento de Distribuição de Medicamentos, criado pela Lei nº 054/09, que tem um diretor e cinco chefes de divisão para comandar 12 auxiliares administrativos. É muito cacique não concursado para poucos índios, também não concursados.
Enquanto isso, quem leva a sério os estudos, mas não tem padrinho, fica de fora do aquário municipal. Será que os nossos mandatários já ouviram falar em isonomia?

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Hospital ou campo de concentração nazista?

Aconteceu no Rio de Janeiro, mas poderia ter sido na Alemanhã totalitária.
Três senhoras grávidas procuraram o Hospital Municipal Miguel Couto,no Rio de Janeiro, que, embora situado num bairro dito nobre, atende (ou deveria fazê-lo) o pessoal da Favela da Rocinha. Era o caso dessas três pacientes.
Pois bem, diante da inexistência de leitos na Obstetrícia, o médico afirmou que elas não poderiam ser atendidas ali. Diante, também, da falta de ambulâncias disponíveis, o "doutor", em ato parecido com a marcação de gado ou dos judeus no campo de concentração, escreveu nos braços delas o nome do hospital que deveriam procurar e o número da linha de ônibus que deveriam utilizar para, enfim, serem atendidas.
Aconteceu o óbvio. Como o ônibus não é o transporte adequado para pessoas nessas condições (próximas ao parto), uma das mulheres sofreu descolamento da placenta e perdeu o filho. Em suma, atendida, marcada e transportada como gado, a pobre coitada e o seu filho não tiveram assegurados, respectivamente, o direito à maternidade e à vida. Mais que isso, um agente público vestido de branco assinou o próprio atestado de incompetência sob a forma de uma sentença de morte.
Apesar disso, fiquemos tranquilos. A direção do hospital irá realizar uma sindicância para apurar o ocorrido. Alguém se atreve a advinhar o resultado?

Araguari mudou?

Os erros continuam acontecendo em Araguari. Na sessão extraordinária de sexta-feira, 3 de julho, a Câmara de Vereadores aprovou projeto de lei do Executivo, criando mais dois PSFs, agora denominados ESFs.
Aumentar a rede de atendimento da saúde pública, em tese, é sempre bom. Entretanto, em Araguari, o buraco é sempre mais embaixo.
Embutido no projeto, temos a maliciosa criação de cargos públicos a serem preenchidos, obviamente, pelos apadrinhados. Parece que é proibida a realização de concurso público em Araguari. Tanto isso é verdade que há três meses foi editada outra lei criando cargos a serem preenchidos mediante contratação temporária (aposto que até hoje não foi dado um passo para realizar o concurso referido nessa lei). Se falar em concurso público, os políticos araguarinos empolam...
Os pecados desse projeto, contudo,não se resumem à grave fuga ao concurso público. Vão além. Primeiro, antes de se criar PSFs, é preciso fazer funcionar satisfatoriamente os já existentes. Pelo que ouço falar e, pessoalmene, constato no PSF do Bairro Goiás, o atendimento está longe de satisfazer às necessidades mínimas da população. Segundo, a questão do Hospital Muncipal ainda não está resolvida (nenhum prejuízo foi reparado e o hospital não está funcionando). Terceiro, se o governo afirmou que está muito perto de ultrapassar o limite de gastos com pessoal, por que contratar mais servidores?
Em suma, é isto: aprovaram um projeto de lei burlando a Constituição para, ao que tudo indica, acomodar, no aquário municipal, alguns "peixes".
Agora, o pior: a Câmara de Vereadores curva-se à vontade do Executivo, a população assiste a tudo isso com a paciência de monge budista e o Ministério Público, fiscal da lei, finge nao ver o que está acontecendo. Quem poderá nos defender?

domingo, 5 de julho de 2009

Disparidades

Enquanto em Araguari e na maioria dos municípios a saúde vai de mal a pior, no Senado são gastos, em média, 50 milhões de reais com a saúde dos Senadores e servidores da Casa. Não tenho números, mas é possível supor que o Senado gaste mais, nesse setor, do que a esmagadora maioria dos municípios brasileiros. Pior: se compararmos esses gastos com os dos municípios com 23 mil habitantes (a quantidade de beneficiários do Senado), aí é que estará caracterizado o absurdo.
A reportagem da Folha de S Paulo escancara essa desigualdade:
O Senado gastou entre 2006 e 2008 uma média de R$ 50 milhões por ano com atendimento médico-hospitalar, mostram dados oficiais divulgados pela primeira vez pela Casa. O valor representa 42% de todos os pagamentos feitos a empresas no período, segundo reportagem da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
O Senado paga as despesas de senadores, ex-senadores, servidores ativos e inativos, além de seus dependentes. A cobertura abrange cerca de 23 mil pessoas, quase todas vivendo na capital federal. Foram gastos em média R$ 2.200 por ano para cada servidor.
Segundo levantamento feito pela Folha na base de dados disponibilizada, o Senado gastou R$ 46 milhões só com pagamentos a hospitais. Também foram gastos R$ 12 milhões com exames laboratoriais. A média anual de de R$ 50 milhões equivale aos recursos necessários para manter um hospital de médio porte.

Neverland é logo ali.


sábado, 4 de julho de 2009

Tricolor no mundo virtual



Além da iminente volta aos gramados do futebol profissional, o Tricolor do Bosque já está presente na internet. Num site muito bem bolado, a atual diretoria do Flu começa a demonstrar a seriedade e a competência do trabalho que vem realizando para recolocar o clube e a cidade no lugar que merecem no cenário futebolístico nacional.

Querendo ser apresentado ao novo Flu? Vá ao estádio, mas, enquanto a bola não rola, faça uma visita ao http://www.fluminensearaguari.com.br/

Saudações tricolores!!!!

Finalmente vão duplicar a rodovia....

Peraí, não é rodovia que estão pensando... Estou falando da BR-060, que liga Goiânia a Jatai, no Sudoeste de Goiás. Sabem por que lá as coisas funcionam? É porque a iniciativa privada, a maior interessada na melhoria da malha viária, irá bancar o projeto executivo da obra.
Já imaginaram se os empresários araguarinos e uberlandenses resolvessem tirar o escorpião do bolso e adotar medida semelhante em relação à BR-050, muito mais movimentada e importante que a 060?
Vejam mais informações sobre convênio firmado entre a Federação das Indústrias do Estado de Goiás e o Departamento Nacional de Infra-estrutura em Transportes:

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Paulo Afonso Ferreira, e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), Luz Antônio Pagot, assinaram nesta segunda-feira, 29 de junho de 2009, convênio para duplicação e restauração da BR-060, no trecho entre Abadia de Goiás e Jataí. O objetivo é elaborar e doar projetos de engenharia para a duplicação e restauração da BR-060. Um grupo de empresas, que utiliza o trecho entre Abadia e Jataí, no Sudoeste Goiano, arcará com os custos do projeto executivo para a duplicação. Os recursos serão repassados à Fieg, que coordenará a contratação da empresa especializada para elaboração do projeto.

O restante do texto está disponível em:
http://www.centroeste.com.br/noti/layout/mostra_noticia.asp?Id_Noti=22997

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